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Foi dada a largada do TOP 1, o Campeonato Brasileiro de Rugby League 13s em São José dos Pinhais, no Paraná, com jogos em tempo reduzido (2 tempos de 30 minutos cada).
A manhã começou com o esperado jogo entre os até então favoritos Bandeirantes Devils contra os anfitriões do Urutau, em um jogo que começou meteórico para os paranaenses com um try em menos de 1 minuto, eles abriram uma boa vantagem logo no primeiro tempo, na entrada do segundo tempo o Bandeirantes esboçou uma reação após o Urutau conceder vários penais seguidos, mas foi logo sucumbido por uma vitória contundente 32×10 e mais de 65% de posse de bola.
O Bandeirantes que deveria realizar o jogo contra o Maringá acabou desistindo da partida, terminando sua participação no campeonato com um W.O, mas isso não tirou o brilho da primeira rodada, que teve o jogo entre Maringá e Urutau, mesmo já classificados, decidindo quem ia em 1o lugar na chave da semifinal.
Um jogo emocionante, que poderia ser descrito apenas com uma palavra: Intenso. Com a chuva que cobriu metade da partida, o jogo ficou ainda mais fechado, com os dois times jogando com coração e raça, a partida teve diversas viradas de placar e foi decidido até o último momento, com uma vitória emocionante dos donos da casa, os classificados em 1o lugar do grupo, os invictos do Urutau, por 34×20. O Maringá Hawks vai forte para a fase final do Campeonato, com o MVP da rodada sendo o vice-capitão Fernando Mazon, que atuou na Seleção Brasileira “B” em 2018 e sobe para a principal em 2020.
A Confederação Brasileira de Rugby League ainda comentou alguns incidentes. “Infelizmente nem tudo é positivo, após diversas e variadas ações anti-desportivas contra adversários e a arbitragem, foi solicitado pelo árbitro da partida o banimento de um “atleta” do Urutau, e acatado pela diretoria da Confederação, a sanção com duração de 10 anos. Foi solicitado pelo árbitro que nenhuma penalidade fosse feita ao clube, dado que os valores da entidade não são condizentes com as ações isoladas do penalizado. Os valores do rugby, respeito a arbitragem e prática do esporte de maneira ética é inegociável, e é um forte pilar que colocamos desde o início da Confederação, e que sirva de exemplo para todos atletas e clubes em eventos futuros”.
No próximo sábado, dia 30, São Lourenço, em Minas Gerais, receberá os jogos do outro grupo, no mesmo modelo, com o clube da casa enfrentando os cariocas do Rio Warriors e o combinado All Golds (de atletas dos dois clubes).
TOP1 – Campeonato Brasileiro de Rugby League
Dia 23/11/2019 – Grupo Sul
08h00 – Urutau 32 x 10 Band Devils
12h00 – Band Devils 00 x 24 Maringá (W.O)
16h00 – Urutau 34 x 20 Maringá
Local: Campo da Polícia Ambiental – São José dos Pinhais, PR
O que é o Rugby League?
O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union quem reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França.
As entidades que organizam o Rugby League no mundo não têm ligações com as entidades do Rugby Union. A federação internacional do League é a International Rugby League (IRL) – Federação Internacional de Rugby League. No Brasil, a entidade que organiza o League é a CBRL – Confederação Brasileira de Rugby League.
Quais as principais diferenças do League para o Union?
- O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo. A modalidade reduzida principal é o Nines, de 9 jogadores de cada lado;
- No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
- Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
- Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derrubado, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
- Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
- Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
- Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
- Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
- Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
- A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;