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Vai começar a liga que todo mundo curte assistir: o Super Rugby! Máxima liga do Hemisfério Sul, o Super Rugby conta com 15 franquias – 5 da Nova Zelândia, 4 da Austrália, 4 da África do Sul, 1 da Argentina e 1 do Japão – e reúne grandes craques das mais poderosas seleções do planeta.
O pontapé inicial é nesse dia 15 de fevereiro e todos os jogos terão transmissão ao vivo para o Brasil pelo Watch ESPN.
Como funciona o Super Rugby?
- 3 conferências com 5 equipes cada;
- Cada equipe faz 16 partidas na temporada regular, sendo:
- 8 jogos contra equipes de sua conferência (ida e volta contra cada oponente);
- 8 jogos contra equipes de outras conferências (4 jogos contra uma conferência e 4 jogos contra outra);
- Os 3 campeões das conferências avançam às quartas de final junto dos 5 melhores times na classificação geral;
- A grande final está marcada para o dia 6 de julho;
As equipes e os favoritos
Cada vez mais o Super Rugby vem sendo dominado pelos times da Nova Zelândia. O atual Crusaders, do capitão dos All Blacks Kieran Read, entra na competição de novo como o maior favorito, ao passo que os Hurricanes, do craque Beauden Barrett, se apresentam como seus maiores concorrentes. Correndo por fora, estarão outros neozelandeses, Chiefs e Highlanders, assim como os sul-africanos do Lions, atuais vices, que seguem sendo os principais aspirantes de fora da terra dos All Blacks.
Os Jaguares argentinos cresceram de patamar na competição no ano passado, ao passo que os Waratahs seguem como o time australiano melhor cotado.
A dúvida que paira sobre a temporada é: com a Copa do Mundo chegando e com tamanha superioridade, os All Blacks vão fazer seus principais atletas repousarem em boa parte do Super Rugby? E isso pode alterar os prognósticos?
Super Rugby chegando! Quem será o campeão? Palpite antecipado! #watchespn @ESPNagora Começa nessa sexta
— Portal do Rugby (@portaldorugby) 12 de fevereiro de 2019
Argentina
Jaguares
Cidade: Buenos Aires
2018: 7º lugar / Quartas de final
2019: Os Jaguares deram um passo adiante em 2018 avançando às quartas de final, graças a um grande trabalho de Mario Ledesma, que acabou lhe rendendo o emprego nos Pumas. Com isso, a responsabilidade de seguir fazendo o time argentino evoluir é agora do experiente Gonzalo Quesada, que foi campeão do Top 14 francês em 2015 como treinador do Stade Français, contra os prognósticos.
A base dos Jaguares é a seleção argentina e o que for feito no Super Rugby ressoará na Copa do Mundo. A perda do abertura Nico Sánchez e a aposentadoria de Hernández são sentidas, com o sistema criativo do time sendo problema para Quesada, que ainda tem que arrumar os problemas defensivos de um time que falha muitos nos tackles.
África do Sul
Bulls
Cidade: Pretória
2018: 12º lugar
2019: Os Bulls são os maiores vencedores entre os sul-africanos no Super Rugby, mas tiveram a pior campanha do grupo em 2018. A canteira do Bulls é famosa por revelar bons nomes e é cada vez mais importante para o time, mas os azuis contrataram o experiente hooker Schalk Brits e o aclamado oitavo Duane Vermeulen para liderarem a evolução da equipe de Pretória, que tem técnico novo, Pote Human;
Lions
Cidade: Joanesburgo
2018: 3º lugar / Vice campeão
2019: Os Lions vem sendo consistentemente os melhores da África do Sul nos últimos anos e, apesar de terem perdido atletas de destaque, como Franco Mostert e Jaco Kriel, seguem confiantes na força do conjunto e no sistema de jogo que o técnico Swys de Bruin conseguiu manter desde Ackermann (mais aberto e ofensivo que os demais sul-africanos). Olhos para a linha dos Leões, que sempre morde forte, com Dyantyi e Skosan como finalizadores, e para o poderio das formações, puxadas por Malcolm Marx e Warren Whiteley;
Sharks
Cidade: Durban
2018: 8º lugar / Quartas de final
2019: Os Sharks apresentaram ótimos jovens valores na temporada passada e têm aspirações de fazer frente aos Lions. O técnico Robert Du Preez confia no amadurecimento de seus filhos, Jean-Luc Du Preez na terceira linha e Robert Du Preez, abertura, que deu vida junto de Curwin Bosch ao sistema criativo do time. Bons valores podem crescer numa equipe com liberdade criativa e que foi a campeã de offloads na liga em 2018;
Stormers
Cidade: Cidade do Cabo
2018: 11º lugar
2019: Os Stormers foram a decepção sul-africana do ano passado e seguem pressionados para entregarem um desempenho melhor neste ano. O elenco do técnico Robbie Fleck tem bons nomes, liderados pelas máquinas Steven Kitshoff, Siya Kolisi, Eben Etzebeth e Piet-Steph Du Toit no pack e contando com atletas de linha de alto nível como Seabelo Senatla e Damian de Allende. Mas a equipe ainda tem problemas com seu plano de jogo, ironicamente em seu lateral e ainda sofre na criação. Chegar ao mata-mata já será boa evolução;
Nova Zelândia
Blues
Cidade: Auckland
2018: 14º lugar
2019: Pior equipe da Nova Zelândia em todas as temporadas desde 2012, os Blues estão mais do que nunca pressionados, sobretudo por serem o time de Auckland, a maior cidade do país. Sonny Bill Williams vai para sua última temporada na carreira e quer ajudar o time a sair da lama junto com o veterano Ma’a Nonu, que saiu da aposentadoria. O Blues é comandado pelo novo treinador (e ídolo dos All Blacks) Leon MacDonald (que fez grande trabalho comandando o pequeno Tasman na Mitre 10 Cup) e tem bons jovens valores, como os irmãos Akira e Rieko Ioane e o monstrinho Karl Tu’inukuafe na primeira linha. Voltar aos playoffs é o sonho em Auckland – mas um ainda difícil de ocorrer;
Chiefs
Cidade: Hamilton
2018: 4º lugar / Quartas de final
2019: Quem é a 3ª força neozelandesa, Chiefs ou Highlanders? A posição é interessante, pois garante menos pressão na busca por resultados. Os Chiefs do técnico Colin Cooper perderam muitos atletas (Messam, Ngatai, Nanai-Williams), mas seguem com um conjunto forte, sobretudo no pack com Brodie Retallick e o melhor scrum de 2018, mas também na linha com Damian McKenzie e Anton Lienert-Brown. A dúvida é se na hora das decisões a abundância de nomes decisivos a mais nos demais rivais neozelandeses não pesará contra o time de Hamilton;
Crusaders
Cidade: Christchurch
2018: 1º lugar / Campeão
2019: O melhor time do Super Rugby sem dúvida alguma e comandado pelo técnico mais badalado do momento, Scott “Razor” Robertson (ex Tupis). A base dos Crusaders é a mesma de 2018 e isso garante confiança para mais uma temporada vitoriosa. Kieran Read, Sam Whitelock, Joe Moody, Codie Taylor e Owen Franks seguem como referências entre os avançados, assim como o ascendente Scott Barrett, ao passo que jovens talentosos compõem uma linha de classe elevada, com Richie Mo’unga, Jack Goodhue, George Bridge e David Havili, junto de veteranos de peso como Israel Dagg e Ryan Crotty. Favoritaço.
Highlanders
Cidade: Dunedin
2018: 6º lugar / Quartas de final
2019: O Highlanders do técnico Aaron Mauger aparece como perigoso concorrente aos demais neozelandeses, com uma linha forte, liderada por Aaron Smith, Ben Smith e Waisake Naholo. A perda de Sopoaga, no entanto, traz dúvidas para a camisa 10, que tem como aspirante o jovem talentoso Bryn Gatland (filho do técnico dos British and Irish Lions e Gales, Warren Gatland), de 23 anos. Shannon Frizzell e Liam Squire ainda compõem uma terceira linha temível, mas a equipe ainda precisa evoluir no sistema de jogo e, apesar dos talentos, teve dificuldades em 2018 para quebrar as defesas adversárias;
Hurricanes
Cidade: Wellington
2018: 2º lugar / Semifinal
2019: Para muitos o maior concorrente dos Crusaders pelo título, os Hurricanes entram em 2018 comprometidos com uma evolução entre os forwards, que foi o que lhes faltou para encararem em igualdade os Crusaders, em especial nos laterais. Dane Coies, Vaea Fifita e Ardie Savea (de desempenho acima do comum em 2018) seguem como os principais nome nos avançados do time de Wellington. O desafio de evoluir os aurinegros está nas mãos de John Plumtree, que subiu de assistente para treinador principal. A linha, por outro lado, segue um terror para os oponentes, apesar da perda de Julian Savea. A combinação de TJ Perenara, Beauden e Jordie Barrett, Ngani Laumape, Salomon Alaimalo e Nehe Milner-Skudder é devastadora. Título é o objetivo claro;
Austrália
Brumbies
Cidade: Canberra
2018: 10º lugar
2019: Após uma temporada instável, os Brumbies aparecem como uma boa aposta de evolução entre os times australianos. O técnico Dan McKellar contará com líderes importantes como David Pocock, Pete Samu, Rory Arnold e Scott Sio no pack e Tevita Kuridrani na linha. O desempenho defensivo em 2018 foi bom, mas estrada é muito longa para o time de Canberra realmente impressionar;
Rebels
Cidade: Melbourne
2018: 9º lugar
2019: Decepção da temporada passada, o Melbourne Rebels disparou entre os melhores no inicio da temporada e falhou em obter vaga no mata-mata, que segue como a obsessão do time mais jovem da Austrália. O polêmico showman Quade Cooper, longe dos holofotes, é a contratação que mais chamou a atenção, mas a liderança criativa do time deverá ficar com um reforço mais confiável, Matt Toomua, ao lado de Will Genia. Reece Hodge e Haylett-Petty são nomes centrais para o rendimento da equipe, assim como o matador Marika Koroibete. Os Rebels têm elenco para brigarem pela ponta da Conferência Australiana, mas precisam ganhar força mental para isso, o que caberá ao técnico David Wessel resolver;
Reds
Cidade: Brisbane
2018: 13º lugar
2019: Os Reds foram os piores australianos em 2018 e seguem sob desconfiança. A vida não será fácil para o time do técnico Brad Thorn, mas o time tem jovens promissores e alguns nomes importantes da seleção Wallaby, como Samu Kerevi, Sefa Naivalu e Izack Rodda, além do “Thor” Taniela Tupou. Ainda assim, pouco se espera da equipe de Brisbane;
Waratahs
Cidade: Sydney
2018: 5º lugar / Semifinal
2019: No oapel os Waratahs são os melhores da Austrália em em 2018 lideraram o Super Rugby em linhas quebradas e metros corridos. O time do técnico Daryl Gibson perdeu o artilheiro Naiyaravoro, mas ainda conta com uma linha de grandes nomes, com Kurtley Beale, Bernard Foley, Nick Phipps, Adam Ashley-Cooper e do polêmico Israel Folau, que acaba de ganhar a companhia de seu irmão mais novo, Josh Folau. No pack, Michael Hooper é a liderança, apoiado por nomes como Sekope Kepu, Ned Hanigan, entre outros. Os ‘Tahs podem ir longe e se o fizerem poderá haver bons reflexos inclusivo para os Wallabies. Componente psicológico será central para o time de Sydney repetir uma semifinal e até pensar em decisão;
Japão
Sunwolves
Cidade: Tóquio
2018: 15º lugar
2019: O único time japonês da competição é, mais uma vez, o maior candidato à lanterna. Mas os Sunwolves mostraram evolução recente e se largarem a última colocação já poderão festejar. A missão está nas mãos do técnico neozelandês Tony Brown, que conta com 23 atletas da seleção do Japão (que estarão pensando na Copa do Mundo mais do que tudo) e muitos estrangeiros. O ex All Black Rene Ranger é a novidade maior no time. Entre os japoneses, atenção no pilar Keita Inagaki, no asa Michael Leitch e no segunda linha Kazuki Himeno, destaques em 2018;
1ª rodada
15/02 – Chiefs x Highlanders
15/02 – Brumbies x Rebels
16/02 – Blues x Crusaders
16/02 – Waratahs x Hurricanes
16/02 – Sunwolves x Sharks
16/02 – Bulls x Stormers
16/02 – Jaguares x Lions
Histórico
Ano | FINAL (Mandante) | (Visitante) | Campeão | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Era Amadora | ||||||
1993 (Super 10) | Lions | 20 | X | 17 | Blues | Lions |
1994 (Super 10) | Sharks | 10 | X | 21 | Reds | Reds |
1995 (Super 10) | Lions | 16 | X | 30 | Reds | Reds |
Era Profissional | ||||||
1996 (Super 12) | Blues | 45 | X | 21 | Sharks | Blues |
1997 (Super 12) | Blues | 23 | X | 07 | Brumbies | Blues |
1998 (Super 12) | Blues | 13 | X | 20 | Crusaders | Crusaders |
1999 (Super 12) | Highlanders | 19 | X | 24 | Crusaders | Crusaders |
2000 (Super 12) | Brumbies | 19 | X | 20 | Crusaders | Crusaders |
2001 (Super 12) | Brumbies | 36 | X | 06 | Sharks | Brumbies |
2002 (Super 12) | Crusaders | 31 | X | 13 | Brumbies | Crusaders |
2003 (Super 12) | Blues | 21 | X | 17 | Brumbies | Blues |
2004 (Super 12) | Brumbies | 47 | X | 38 | Crusaders | Brumbies |
2005 (Super 14) | Crusaders | 35 | X | 25 | Waratahs | Crusaders |
2006 (Super 14) | Crusaders | 19 | X | 12 | Hurricanes | Crusaders |
2007 (Super 14) | Sharks | 19 | X | 20 | Bulls | Bulls |
2008 (Super 14) | Crusaders | 20 | X | 12 | Waratahs | Crusaders |
2009 (Super 14) | Bulls | 61 | X | 17 | Chiefs | Bulls |
2010 (Super 14) | Bulls | 25 | X | 17 | Stormers | Bulls |
2011 (Super Rugby - 15) | Reds | 18 | X | 13 | Crusaders | Reds |
2012 (Super Rugby - 15) | Chiefs | 37 | X | 06 | Sharks | Chiefs |
2013 (Super Rugby - 15) | Chiefs | 27 | X | 22 | Brumbies | Chiefs |
2014 (Super Rugby - 15) | Waratahs | 33 | X | 32 | Crusaders | Waratahs |
2015 (Super Rugby - 15) | Hurricanes | 14 | X | 21 | Highlanders | Highlanders |
2016 (Super Rugby - 18) | Hurricanes | 20 | X | 03 | Lions | Hurricanes |
2017 (Super Rugby - 18) | Lions | 17 | X | 25 | Crusaders | Crusaders |
2018 (Super Rugby - 15) | Crusaders | 37 | X | 18 | Lions | Crusaders |
2019 (Super Rugby - 15) | Crusaders | 19 | X | 03 | Jaguares | Crusaders |
2020 (Super Rugby - 15) | Cancelado | - | ||||
Resumo - Era Profissional | ||||||
10 títulos | Crusaders | Nova Zelândia | ||||
3 títulos | Blues | Nova Zelândia | ||||
Bulls | África do Sul | |||||
2 títulos | Brumbies | Austrália | ||||
Chiefs | Nova Zelândia | |||||
1 título | Highlanders | Nova Zelândia | ||||
Hurricanes | Nova Zelândia | |||||
Reds | Austrália | |||||
Waratahs | Austrália | |||||
Resumo - Era amadora | ||||||
2 títulos | Reds | Austrália | ||||
1 título | Lions | África do Sul |