Tempo de leitura: 5 minutos
O clube da Panasonic, em São José dos Campos, recebeu neste domingo a abertura do Campeonato Sul-Americano Juvenil (M19), que reúne as seleções de Brasil, Chile, Uruguai e Argentina. Na abertura da competição, o Brasil não conseguiu manter o bom primeiro tempo que realizou e caiu de produção, sucumbindo diante dos bons chilenos por 18 x 7. Já na sequência, a Argentina massacrou o Uruguai, como esperado: 84 x 0.
Brasil começa bem, mas cai diante do Chile
O jogo começou com os chilenos emplacando uma boa sequência de fases, revelando a boa forma de seu pack. A pressão inicial dos avançados chilenos resultou no primeiro try dos Condoritos, com o time andino ganhando um lateral e fazendo a rápida transição para a linha, que trabalhou bem a bola de um lado ao outro do campo até Felipe Neira finalizar pela ponta. A perda da conversão deixou o placar em 5 x 0.
Não tardou para o Brasil reagir e, depois da boa troca de passes da linha verde-e-amarela, Pablo “Insulina” investiu pelo meio e recebeu o penal, que Di Pilla, no entanto, não conseguiu converter em pontos. O Chile também seguiu trabalhando bem com sua linha, circuiando a bola com propriedade . Porém, o momento passou a pender a favor do Brasil, que conseguiu um grande momento com Bello escapando pela ponta e Cruz desferindo belo chute para as 22. Na sequência do ataque, Insulina finalizou quebrando os tackles chilenos pelo meio para correr para o primeiro try dos Curumins. Di Pilla converteu, virando o placar para 7 x 5.
O Chile voltou a pressionar, indo ao ataque com um bom jogo de chutes. Os Condoritos investiram com seu jogo de contato intenso, mas o Brasil resistiu com Bello aplicando um forte tackle para garantir o turnover. Os Tupis seguiram seguros na recepção dos chutes chilenos e seguiu tendo boas chances com a linha, que se mostrou superior à chilena. Insulina teve grande chance de try, mas derrubou a bola antes de finalizar. O Chile prevaleceu no jogo de fases, mostrando superiodade na primeira e segunda linhas. Antes do intervalo, Vallejos arrematou um penal para virar o placar para os vermelhos, 8 x 7. O saldo do primeiro tempo foi a boa forma de defesa brasileira e as boas ações de sua linha, mas as formações fixas se mostraram deficientes, com o Brasil perdendo 2 laterais que lançou e 1 scrum favorável.
O segundo tempo começou promissor para os brasileiros, que quase chegaram ao segundo try com grande ação de Zé pela ponta, que foi detido. Na sequência, JP cometeu knock on em cima da linha de try. O Brasil seguiu sofrendo com os volante do oponente e, em boa cadeia de fases, os Condoritos chegaram ao segundo try com Diego Diaz, finalizando após o pilar e capitão Fleishmann, o nome do jogo, romper a defesa brasileira. Sem a conversão, o placar ficou em 13 x 7.
O Brasil sentiu o golpe e o Chile repetiu a mesma jogada, com Neira quebrando a linha para cravar mais um try entre os pontas e os centros. Mais uma conversão foi perdida, mantendo o Brasil no páreo. 18 x 7. Os Tupis cresceram e Cruz puxou um grande contra-ataque, servindo Di Pilla, que foi detido a centímetro do try. O Chile recuperou a bola e o Brasil perdeu mais um try no detalhe. Antes de segunda pausa para hidratação, Laurent atacou novamente em velocidade, mas o Chile se segurou bem na defesa.
Na retomada da partida, Laurent puxou outra grande jogada da linha brasileira, que arrancou um scrum a 5 metros do try, mas, na abertura da bola, Di Pilla cometeu novo knock on na hora de definir. Sem conseguir capitalizar em cima dos bons momentos, o Brasil perdeu ritmo e sua linha passou a não responder mais com agilidade, carecendo de profundidade e apoio nas jogadas. O time retomou o controle das ações e garantiu a vitória sobre o aguerrido time brasileiro. 18 x 7.
Benjanin Fleischmann, do Chile. “Não sabiamos nada do Brasil, mas são ageis e bons no jogo aberto. Fomos bem, tivemos tranquilidade e agira o objetivo é o Uruguai”;
Di Pilla, do Brasil: “O Chile é muoto forte nos forwards. Pecamos nas formações e faltou foco. O sol também complicou. Pecamos em detalhes e temos que melhorar no lateral”;
Cruz, do Brasil: “Até conseguimos virar i placar, mas levamos o try no início do segundo tempo. Os forwards deles dominaram e agora é trabalhar forte pro Uruguai”;
Pablo Insulina, do Brasil: “Faltou o gás final pra definir as jogadas. E defensivamente faltou comunicação”.
Clique aqui para conferir as fotos da partida.
Argentina vence sem dificuldades
Como esperado, os Pumitas não tiveram problemas para se imporem sobre os Teritos. Muito superiores fisicamente e contando com 12 jogadores que estiveram no último Mundial Junior, os argentinos marcaram try após try, somando 12 o total, todos convertidos. 84 x 0 foi o placar, com 49 x 0 no intervalo, mostrando que os demais times terão muitas dificuldades pela frente.
Rodrigo Backing, Uruguai: “A Argentina tem uma equipe completa que não falta nada. Logo no primeiro tempo já foram 50 pontos e não tinha o que fazer. Agora é trabalhar a cabeça e esquecer jogo porque o que importa é Brasil e Chile”.
Sul-Americano Juvenil – em São José dos Campos
Argentina 84 x 0 Uruguai
Brasil 7 x 18 Chile
Brasil:
Try: Insulina
Conversão: Di Pilla (1)
1 Jhon, 2 Batatinha, 3 Nelson, 4 Andrioli, 5 Jow, 6 Bergo, 7 Loko, 8 Big Mike, 9 Sábados, 10 Di Pilla, 11 Insulina, 12 JP, 13 Zé, 14 Bello, 15 Cruz.
Suplentes: 16 Bolinha, 17 Crocop, 18 Gelado, 19 Tico, 20 Laurent, 21 Kallu, 22 Gutão, 23 Vitão, 24 Benê, 25 Gui Lira.
Chile:
Tries: Neira (2) e Diaz
Penais: Vallejos (1)
1 José Sanchez, 2 Marin Comas, 3 Filipo Borghi, 4 Benjamin Fleischmann, 5 Maximiliano Silva, 6 Luis Suarez, 7 Basilio Diaz, 8 Anton Hornauer, 9 Mario Mayol, 10 Arturo Seeman, 11 Inti Ubeda, 12 Ignacio Muñoz, 13 Cristobal Vallejos, 14 Joaquin Ricci, 15 Jose Maturana.
Argentina
Tries: Ramirez (2), Boffelli (2), Mazzoni (2), Lezana, Albornoz, Aguirre, Baronio,Riera, Ortega.
1 Gigena, 2 Arregui, 3 Ramirez, 4 Ortega, 5 Pagadizaval, 6 Lezana, 7 Montagner, 8 Mazzoni, 9 Bernardini, 10 Fernandez Fanit, 11 Cuyaube, 12 Boffelli, 13 Alvarez, 14 Albornoz , 15 Riera.
Uruguai
1 Arbelo, 2 Kessler, 3 Leites, 4 Soto, 5 Suarez, 6 Segredo, 7 Castro, 8 Correa, 9 Brum, 10 Blengio, 11 Rocco, 12 Bocking, 13 Banchieri, 14 Carrasco, 15 Pla.