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ARTIGO COM VÍDEOS – Brasil e Estados Unidos irão se encarar nesse sábado, 22h00 (hora de Brasília), com transmissão ao vivo da ESPN+, pela segunda rodada do Americas Rugby Championship. Ambos são lideres do torneio, com uma vitória e 4 pontos na primeira rodada, e se enfrentam pela primeira vez em solo norte-americano, com Round Rock, subúrbio de Austin, capital do Texas, recebendo o duelo crucial para os dois lados.
No Ranking, o favoritismo é todo dos Estados Unidos, atuais 17ºs do mundo, ao passo que o Brasil é o 34º. No entanto, no ano passado o Brasil já havia provado que o Ranking fica de lado em campo, vencendo os estadunidenses no primeiro e único jogo na história entre os dois times, 24 x 23, na Arena Barueri, considerada a maior vitória da história dos Tupis. Naquela oportunidade, as Águias vieram a São Paulo com uma equipe recheada de atletas que atuavam no rugby do próprio país, apostando na rotação de seu elenco. A aposta saiu pela culatra e o Brasil venceu, chocando o mundo.
Em 2017, o neozelandês John Mitchell, técnico dos EUA, novamente não terá seus atletas de maior destaque que atuam profissionalmente na Europa, mas contará com alguns bons nomes profissionais. O segunda linha Nick Civetta, do Newcastle, da Premiership inglesa, foi confirmado no time titular, assim como Tony Lamborn, asa que atuou na Mitre 10 Cup, o Campeonato Neozelandês, por Hawke’s Bay. Na reserva, Mitchell terá a opção ainda do primeira linha Chris Baumann, que também jogou a Mitre 10 Cup, por Wellington, e de Cameron Dolan, terceira linha do Cardiff Blues, de Gales, do PRO12, que começará sendo poupado. Além deles, o veterano Todd Clever, ex Super Rugby, também começará no banco.
Mitchell fez um total de 7 trocas com relação ao time que bateu o Uruguai, liberando seus dois principais nomes daquela partida, AJ MacGinty, do Sale Sharks, e Blaine Scully, do Cardiff Blues. Com relação ao time derrotado em Barueri, simplesmente nenhum dos 15 titulares daquele jogo estará em campo em Austin. Apenas dois atletas que estavam no banco em 2016 voltarão a encarar os Tupis, Eloff e Te’o. Os EUA também apostaram em dois nomes que atuam no exterior para a primeira linha, o capitão Hilterbrand (do Manly, equipe amadora da Austrália) e Waldrem (do Blackrock College, clube também amador, mas muito tradicional, da Irlanda), ao lado de Ben Tarr, pensando em reverter a vantagem que os Tupis tiveram no ano passado no scrum. Destaques ainda para o asa John Quill, que joga no rugby amador da Irlanda, e para Will Magie, o abertura que brilhou contra os Tero, ganhando a titularidade.
O Brasil, por sua vez, terá 3 mudanças com relação à equipe titular que derrotou o Chile no Pacaembu. Monstro ganhou seu lugar na segunda linha no lugar de Diegão, que irá para o banco, ao passo que Cruz será o scrum-half titular, ganhando a posição de Beukes, que também será opção na reserva. Cruz fará com Josh a dupla de 9 e 10 do Jacareí, campeão da Taça Tupi, com mais agilidade esperada. Dos 15 titulares selecionados, Rodolfo Ambrosio manteve quatro nomes da linha que venceram os EUA: Daniel e Felipe Sancery, Stefano (a linha de trás toda) e Moisés, que foi abertura em 2016 e será primeiro centro agora.
A outra novidade estará na primeira linha, com Chabal começando como titular no posto de Texugo, que não foi relacionado para a partida. Troca de juventude por experiência para esse embate na primeira linha. No ano passado, o Brasil “colocou patins” no scrum norte-americano, com Nelson, Yan e Abud começando na primeira linha e Chabal entrando no segundo tempo, com Monstro e Bruxinho na segunda linha. Agora, caberá novamente a Nelson, Yan e Chabal, com Monstro e Bruxinho juntos atrás de novo, garantirem a evolução do scrum brasileiro, que “balançou” contra o Chile. Com a manutenção também da mesma terceira linha que fora titular em Barueri em 2016, o Brasil terá basicamente o mesmo pack do 24 x 23.
Na comparação dos jogo da primeira rodada, a vantagem que o Brasil teve nos laterais sobre o Chile, somada a deficiência dos EUA contra o Uruguai no mesmo quesito, colocam vantagem aos Tupis nas formações. Porém, a qualidade mostrada pelos EUA na linha, em especial no uso de duas linhas de passe ofensiva para explorar os buracos de uma linha brasileira defensiva muito rasa poderá render frutos aos donos da casa, como mostra a análise do This is Americas Rugby. Formações brasileiras e de um lado, jogo de mãos estadunidense do outro. Aspectos importantes a serem observados em Austin.
22h00 – Estados Unidos x Brasil, em Round Rock/Austin – ESPN AO VIVO
Árbitro: Pablo de Luca (Argentina)
Estados Unidos: 1 Ben Tarr (Glendale Raptors), 2 James Hilterbrand (c) (Manly, Austrália), 3 Dino Waldren (Blackrock College, Irlanda), 4 Nate Brakeley (NYAC), 5 Nick Civetta (Newcastle Falcons, Inglaterra), 6 John Quill (Dolphin, Irlanda), 7 Tony Lamborn (Hawke’s Bay, Nova Zelândia), 8 Al McFarland (NYAC) 9 Shaun Davies (Life University), 10 Will Magie (Glendale Raptors) 11 Nate Augspurger (Old Blue), 12 JP Eloff (Chicago Lions), 13 Bryce Campbell (Indiana University), 14 Spike Davis (Columbus 1823), 15 Mike Te’o (Belmont Shore);
Suplentes: 16 Peter Malcolm (Wheeling Jesuit), 17 Chris Baumann (Wellington, Nova Zelândia), 18 Anthony Purpura (Boston RFC), 19 Cameron Dolan (Cardff Blues, Gales), 20 Todd Clever (Austin Huns), 21 Ben Cima (Rocky Gorge), 22 Peter Tiberio (Seattle Saracens), 23 Deion Mikesell (sem clube);
Brasil: 1 Jonatas Paulo “Chabal” (Band Saracens), 2 Yan Rosetti (CUBA, Argentina), 3 Wilton Rebolo “Nelson” (São José), 4 Luiz Vieira “Monstro” (Villefranche-sur-Saône, França), 5 Lucas Piero “Bruxinho” (Desterro), 6 João Luiz da Ros “Ige” (Desterro), 7 André Arruda “Buda” (Desterro), 8 Nick Smith (c) (SPAC), 9 Matheus Cruz (Jacareí), 10 Josh Reeves (Jacareí), 11 Stefano Giantorno (Niterói), 12 Moisés Duque (São José), 13 Felipe Sancery (São José), 14 De Wet van Niekerk (Band Saracens), 15 Daniel Sancery (São José);
Suplentes: 16 Daniel Danielewicz “Nativo” (Desterro), 17 Caíque Silva (Niterói), 18 Pedro Bengaló (Desterro), 19 Diego López (Pasteur), 20 Arthur Bergo (SPAC), 21 Beukes Cremer (Poli), 22 Luan Smanio (Desterro), 23 Guilherme Coghetto (Desterro);
Histórico: 1 jogo e 1 vitória do Brasil, 24 x 23, em 2016 (Americas Rugby Championship);
Equipe | Apelido | P | J | V | E | D | 4+ | -7 | PP | PC | SP |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estados Unidos | Eagles | 23 | 5 | 4 | 1 | 0 | 4 | 0 | 215 | 96 | 119 |
Argentina XV | Argentina XV | 22 | 5 | 4 | 1 | 0 | 3 | 0 | 228 | 62 | 166 |
Uruguai | Teros | 15 | 5 | 3 | 0 | 2 | 2 | 1 | 120 | 125 | -5 |
Brasil | Tupis | 8 | 5 | 2 | 0 | 3 | 0 | 0 | 63 | 179 | -116 |
Canadá | Canucks | 8 | 5 | 1 | 0 | 4 | 2 | 2 | 112 | 127 | -15 |
Chile | Cóndores | 0 | 5 | 0 | 0 | 5 | 0 | 0 | 51 | 200 | -149 |
2016:
Foto: Brasil x Estados Unidos 2016 – Bruno Ruas
Pra cima deles Brasil!!!! Amanhã Tupis caçarão as águias em Austin? Os condores já estão no embornal.
Pra cima deles Brasil!!!! Amanhã Tupis caçarão as águias em Austin? Os condores já estão no embornal.