Tempo de leitura: 3 minutos

O dia 8 de agosto e o estádio de Deodoro entram de vez para a história do rugby nacional. E sobretudo para o rugby feminino. No terceiro dia de jogos do Rio 2016 a Seleção Brasileira Feminina conquistou o seu grande objetivo no torneio em uma vitória que pode ser considerada a mais importante da existência da equipe – e de todo o rugby brasileiro. Na decisão do 9º lugar do torneio olímpico, o Brasil não deu chances para o azar e conquistou um 33 x 05 sobre o Japão que garantiu ineditamente o Brasil como seleção central da Série Mundial de Sevens Feminina para a temporada 2016-17.

 

A partida começou dura para as brasileiras. Okuroda no começa da disputa correu na ponta para o primeiro try asiático, abrindo 5 x 0. Mas, logo o Brasil se recompôs e Baby arrancou, quebrou o tackle e fez um try crucial, em resposta imediata para colocar o Brasil na frente, 7 x 5. O Japão sentiu e pouco antes do intervalo Nakamura recebeu amarelo, em lance que se tornou capital. Logo na cobrança do penal, Luiza foi para o contato e rompeu a defesa nipônica para o segundo try brasileiro, abrindo 12 x 7.

- Continua depois da publicidade -

 

No segundo tempo, o Brasil soube enxergar a maior falha japonesa. Raquel viu a fragilidade do fundo japonês e chutou para Paulinha disparar, apanhar a bola e correr para o try que deu a vantagem necessária para o Brasil matar o jogo. Logo depois, outra vez Raquel chutou para o fundo, Tatá disputou a bola e Haline finalizou o quarto try brasileiro. E no fim Izzy entrou e também usou os pés, colocando a bola no in-goal para fechar o marcador a favor dos Yaras. Raquel chutou a última conversão e a festa foi toda da casa. Brasil 33 x 05! Terceira vitória olímpica em cinco jogos para o Brasil.

 

O resultado consolidou o Brasil no Top 10 do mundo e assegurou a participação das Yaras em todas as etapas da próxima temporada do circuito mundial. Até hoje, o Brasil havia participado do circuito somente na condição de convidado, o que torna ainda mais significativo o feito. Baby, jogando em casa, terminou o torneio como a maior artilheira de tries do Brasil, com quatro.

 

“Alcançamos um dos nossos objetivos nos Jogos. Foi uma grande conquista não só para nós da Seleção, mas sim para o rugby feminino no Brasil. As próximas gerações vão ser beneficiadas com a nossa presença na Série Mundial de Sevens”, disse Paulinha, capitã da Seleção. “Isso mostra que a Olimpíada não é um sonho só nosso e não é um ponto final. A gente quer continuar, chegar amanhã e dizer ‘qual o próximo desafio?’. Teremos o Circuito Mundial. Então não acabou a missão. Está provado para todo mundo que merecemos estar lá”, complementou.

 

Na decisão do 11º lugar, o Quênia derrotou a Colômbia por 22 x 10, mas as Tucanas celebram seus primeiros tries olímpicos, com Acevedo e Medina.

 

rio 2016

Rio 2016 – Jogos Olímpicos – Torneio de Rugby Sevens

Torneio Feminino

SeleçaoJogosPontos
Grupo A
Samoa215
Fiji210
Uruguai207
Zimbábue200
Grupo B
Espanha214
Namíbia210
Estados Unidos208
Hong Kong200

 

Brasil: 2 – Luiza Campos, 8 – Beatriz “Baby” Futuro Muhlbauer, 13 – Mariana Ramalho, 4 – Edna Santini, 5 – Paula Ishibashi (C), 7 – Haline Scatrut, 10 – Raquel Kochhann; 1 – Juliana “Juka” Esteves, 6 – Taís “Tata” Balconi, 9 – Amanda Araújo, 11 – Isadora “Izzy” Cerullo, 12 – Cláudia Teles. Técnico: Chris Neill.

2 COMENTÁRIOS