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Western Sydney será o palco nesse fim de semana para a Austrália receber a Argentina no jogo final da edição 2020 do Tri Nations – com transmissão ao vivo da ESPN. A partida definirá o título da competição e tudo leva a crer que a Nova Zelândia – que não entra em campo – será a campeão. O motivo é simples: Austrália precisa vencer por 101 pontos para ser campeã e a Argentina por 93 pontos. De outro modo, os All Blacks serão campeões. O último confronto entre Wallabies e Pumas terminou em empate de 15 x 15.
Quem vencerá sábado pelo jogo final do Tri Nations, 🇦🇺Austrália ou Argentina🇦🇷? #rugbynaespn
— Portal do Rugby (@portaldorugby) December 3, 2020
A Argentina chega ao jogo tendo ido do céu da vitória histórica sobre os All Blacks no primeiro encontro do ano com os kiwis para o inferno de uma crise em nível nacional deflagrada após a morte de Maradona. Por conta de declarações discriminatórias que foram trazidas à luz, Pablo Matera (capitão dos Pumas) e Guido Petti, dois dos jogadores mais importantes da Argentina, não entrarão em campo nesse sábado. Para piorar, esta será a quarta partida consecutiva dos Pumas, o que certamente impõe desgaste físico imenso para o elenco, para além do desgaste psicológico da última semana. A Austrália, por outro lado, folgou no fim de semana passado.
Após a derrota técnico Mario Ledesma apostou em dar a titularidade ao jovem asa Santiago Grondona para o posto de Matera e em recolocar Rodrigo Bruni como oitavo, com Facundo Isa trocando a camisa 8 pela 7. Marcos Kremer, que foi asa diante dos All Blacks, passou a ser o substituto de Petti na segunda linha, fazendo dupla com Alemanno. Para a primeira linha, Ledesma manteve o hooker Montoya, mas trocou os dois pilares, recolocando como titulares Kodela e Tetaz Chaparro.
Na linha argentina, por outro lado, houve outra três mudanças: Delguy substitui Moyabno numa ponta, ao passo que Mallía foi trocado por Orlando como segundo centro. Por sua vez, Boffelli foi deslocado de fullback para a outra ponta, tomando a posição de Cordero e abrindo espaço para a volta de Carreras com a camisa 15. Jerónimo de la Fuente foi mantido como camisa 12 e ganhou a capitania, ao passo que Nico Sánchez continua como o abertura e Felipe Ezcurra foi mantido como o scrum-half.
A Austrália, por sua vez, celebrou o retorno do abertura referência James O’Connot como titular, para fazer dupla com o scrum-half Nic White. Petaia e Paisami foram outra vez escolhidos como a dupla de centros, ao passo que Reece Hodge , que estava no time titular como abertura, foi deslocado para ser o fullback titular. Na pontas, Wright ganhou a vaga para fazer dupla com o matador Koroibete.
Para os forwards australianos, o técnico Dave Rennie não surpreendeu, apostando outra vez em Hanigan para formar o trio da terceira linha com o capitão Michael Hooper e com o jovem incontestável Harry Wilson. Philip e Simmons seguem como a dupla de segundas linhas preferidos, ao passo que Paenga-Amosa e Sio mantiveram a titularidade na primeira linha. A única novidade no pack é na camisa 3 com Alaalatoa.
Com poucas mudanças no elenco, com o retorno de seu cérebro criativo (O’Connor) e com tempo para ajustarem-se, os Wallabies vão ao duelo como favoritos por conta de tudo o que envolve o duelo, mas é justamente na dificuldade que os Pumas podem emergir ainda mais capazes de promoverem uma surpresa. No fim, o grande vencedor do jogo deverá ser quem não estará em campo: os All Blacks.
Dia 05/12 – 05h40 – Austrália x Argentina, em Sydney – ESPN AO VIVO / Reprises: 19h00
Árbitro: Ben O’Keefe (Nova Zelândia)
Histórico: 33 jogos, 25 vitórias da Austrália, 6 vitórias da Argentina e 2 empates. Último jogo: Austrália 15 x 15 Argentina, em 2020 (Tri Nations);
Austrália: 15 Reece Hodge, 14 Tom Wright, 13 Jordan Petaia, 12 Hunter Paisami, 11 Marika Koroibete, 10 James O’Connor, 9 Nic White, 8 Harry Wilson, 7 Michael Hooper (c), 6 Ned Hanigan, 5 Matt Philip, 4 Rob Simmons, 3 Allan Alaalatoa, 2 Brandon Paenga-Amosa, 1 Scott Sio;
Suplentes: 16 Folau Fainga’a, 17 Angus Bell, 18 Taniela Tupou, 19 Lukhan Salakaia-Loto, 20 Rob Valetini, 21 Jake Gordon, 22 Irae Simone, 23 Tom Banks;
Argentina: 15 Santiago Carreras, 14 Emiliano Boffelli, 13 Matías Orlando, 12 Jerónimo de la Fuente (c), 11 Bautista Delguy, 10 Nicolás Sánchez, 9 Felipe Ezcurra, 8 Rodrigo Bruni, 7 Facundo Isa, 6 Santiago Grondona, 5 Marcos Kremer, 4 Matías Alemanno, 3 Francisco Gómez Kodela, 2 Julián Montoya, 1 Nahuel Tetaz Chaparro;
Suplentes: 16 José Luis González, 17 Mayco Vivas, 18 Juan Pablo Zeiss, 19 Lucas Paulos, 20 Francisco Gorrissen, 21 Gonzalo Bertanou, 22 Domingo Miotti, 23 Santiago Chocobares;
País | Apelido | Jogos | Pontos | |
---|---|---|---|---|
Nova Zelândia | All Blacks | 4 | 11 | |
Argentina | Los Pumas | 4 | 8 | |
Austrália | Wallabies | 4 | 8 |
Só para esclarecer mais um pouco sobre as “declarações” de Matera, Petti e Socino. Não foram declarações, mas postagens no Twitter em 2011 e 2012, quando eles tinham por volta de 18 e 19 anos, totalmente racistas e condenáveis, mas pelas quais eles já se desculparam. A UAR suspendeu as punições, mas em comum acordo com o Ledesma eles serão poupados e não estão relacionados para a partida contra os Wallabies
Ficou incompleto sim, são declarações feitas por meio de redes sociais no passado. Noticiamos o caso em outros artigos, de todo modo.