O Americas Rugby Championship está chegando: o que esperar do torneio?

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Sábado começa o mais importante torneio do rugby das Américas, o Americas Rugby Championship, envolvendo os 6 países mais fortes do continente! Argentina, Estados Unidos, Canadá, Uruguai, Brasil e Chile se enfrentarão, com jogos ao vivo na ESPN. Vamos passar a limpo a edição 2019?

Formato com mais descanso

• O Americas Rugby Championship conta com 6 seleções, que se enfrentam em turno único, totalizando 5 partidas por equipe, sendo 2 ou 3 em casa, alternando-se os mandos de um ano para o outro;
• A primeira rodada será no dia 2 de fevereiro e a competição terá seu encerramento no dia 9 de março;
• A novidade no calendário é a introdução de uma semana de descanso, não havendo rodada no fim de semana do dia 16 de fevereiro;
• A competição segue o modelo de pontos dos torneios do World Rugby: 4 pontos para a vitória, 2 para o empate, 1 para a derrota por até 7 pontos de diferença e mais 1 ponto extra para a equipe que marcar 4 ou mais tries em sua partida;

Histórico e favoritos

O Americas Rugby Championship 2019 é a 4ª edição da competição criada em 2016. A Argentina, país mais forte do rugby do continente, utiliza no torneio seu time de desenvolvimento, o Argentina XV, formado por atletas que atuam no rugby do próprio país, uma vez que os atletas da seleção principal jogam neste mesmo período o Super Rugby pela franquia dos Jaguares (o Super Rugby é a liga profissional com franquias de Nova Zelândia, Austrália, Japão, África do Sul e Argentina).

Com isso, os argentinos foram campeões da edição 2016, mas desde então o nível dos adversários subiu e quem se tornou o maior campeão do Americas Rugby Championship foram os Estados Unidos, campeões de 2017 e 2018.

Já o Brasil terminou em 5º lugar em 2016 (vencendo os Estados Unidos, em resultado histórico na Arena Barueri), em 4º (melhor colocação até hoje) em 2017 (ao vencer dois jogos no Pacaembu, contra o Chile e o Canadá, em outro resultado inédito) e em 5º novamente em 2018 (derrotando o Chile pela primeira vez fora de casa).

Ano	Campeão	Vice campeão	3º lugar	4º lugar	5º lugar	6º lugar
2016	Argentina XV	Estados Unidos	Canadá	Uruguai	Brasil	Chile
2017	Estados Unidos	Argentina XV	Uruguai	Brasil	Canadá	Chile
2018	Estados Unidos	Argentina XV	Uruguai	Canadá	Brasil	Chile
2019	Argentina XV	Uruguai	Estados Unidos	Brasil	Canadá	Chile
2020	-

E para 2019?

• A Argentina XV se renovou bastante e estreia treinador novo, Ignacio Fernández Lobbe, que tem a missão de fazer o time render após um ano bastante ruim, que teve, além de derrota para os EUA no ARC, derrota inédita para o Brasil no Sul-Americano;
• Os EUA estão mais fortes para este ano. O técnico sul-africano Gary Gold acaba de reforçar sua comissão técnica com seu compatriota Jacque Fourie (campeão do mundo em 2007) como treinador de defesa. Os Eagles ainda contam com atletas mais maduros dentro do profissionalismo da nova liga do país, a MLR, e contarão com força máxima, incluindo os atletas que jogam na Europa, pensando na Copa do Mundo. Favoritismo absoluto para os estadunidenses;
• O Uruguai aparece como a terceira força, ostentando uma histórica invencibilidade contra o Brasil (desde 1964). Os Teros venceram o Canadá no ano passado e estarão também com força máxima, pensando na Copa do Mundo;
• O Canadá é o time na corda bamba no momento. Os Canucks acumulam temporadas muito fracas e se classificaram no limite para a Copa do Mundo. Mas o time do técnico Kingsley Jones não terá seus principais nomes que atuam na Europa e conta com muitos novatos, o que significa a remontagem de um plantel às vésperas da Copa do Mundo. Os canadenses poderão sofrer muito neste torneio;
• O Brasil vai para o ARC 2019 fortalecido pelo ano grandioso que teve em 2018, após o título sul-americano e o bom jogo contra os Maori All Blacks. O técnico Rodolfo Ambrosio segue promovendo renovação no elenco, mas conta com a base do time do ano passado, o que garante acúmulo importante de experiência para a competição. Para os Tupis, o maior problema é ter que jogar fora de casa contra os oponentes mais fortes, mas vitórias em casa sobre o Canadá e o Chile são possibilidades reais e que recolocariam o Brasil em sua melhor colocação até hoje no torneio;
• De todos os concorrentes, o Chile segue sendo o mais frágil, focado no sevens antes de mais nada;

Tabela