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Equipe do Patriotas, de Volta Redonda, Rio de Janeiro, começa a chamar atenção da mídia local, com essa matéria sobre as orignes e o momento atual do clube.
Enviado por Cassio Venturi
Montar uma equipe de rugby, esporte pouco conhecido no Brasil, não é tarefa das mais fáceis. Falta de locais para treinamentos e jogos, pouca divulgação e as costumeiras escoriações após as partidas são obstáculos para que o esporte seja mais popular no país. Mas nada disso desanimou o presidente do Patriotas Rugby Clube de Volta Redonda, Rafael Castilho, quando ele incentivou seus colegas do curso de Educação Física da FOA a montarem a equipe em 2008.
Quase dois anos após a fundação do time, em julho do mesmo ano, o Patriotas já faz parte da elite do esporte no Rio de Janeiro, tendo conquistado a Taça de Prata do Rio Beach Rugby Internacional em 2009 e o vice-campeonato do mesmo torneio em 2010, além de outros dois vice-campeonatos. O rápido desenvolvimento da equipe é fruto do empenho dos jogadores, segundo Castilho.
"Voltei de uma viagem ao Rio Grande do Sul com uma bola de rugby, e o pessoal da minha turma na faculdade topou a ideia de montarmos um time. Logo tivemos o apoio do Alexandre Terra, que mora em Resende e já havia praticado o esporte em Santa Catarina, o que foi muito importante para o desenvolvimento da equipe" – explicou Rafael, que também destacou a rápida divulgação do time entre os interessados no esporte na região.
Não demorou muito para a equipe fazer sua primeira partida, três meses depois, contra a equipe do Maxambomba, de Nova Iguaçu. Apesar da derrota, o placar apertado de 11 a 10 manteve o moral da equipe elevado, o que ficou comprovado com o primeiro título do Patriotas, no início de 2009, no Rio Beach Rugby Internacional, disputado nas praias de Niterói.
Em um torneio com as principais equipes do Rio e duas convidadas da Argentina, o time conquistou a segunda principal taça do torneio. E foi no mesmo ano que a equipe da Cidade do Aço conquistou o vice-campeonato da Série B do Estadual da modalidade, garantindo vaga na divisão principal este ano. Conquistas importantes, mesmo com a falta de estrutura que o rugby encontra em Volta Redonda.
"A falta de campos de treinamento prejudica a equipe, é nossa maior dificuldade. Conseguimos utilizar o campo localizado no Volta Grande nos finais de semana" disse o fundador da equipe, que também comemora a formação da equipe feminina, formada em 2009 e que disputou sua primeira partida este ano na modalidade seven, onde atuam apenas sete jogadoras.
O Patriotas volta a campo depois de amanhã para enfrentar o Niterói, principal equipe carioca e que disputa o Campeonato Brasileiro de rugby. A partida será no estádio do adversário, em Maricá. Na primeira rodada, em março, o Patriotas foi derrotada pelo atual vice-campeão da divisão principal, a equipe da UFF, por 26 a 21.
"Foi uma partida equilibrada, em que perdemos apenas no final porque contávamos com três jogadores a menos para as substituições. O time acabou cansando" – explicou, lembrando que os próximos jogos da equipe serão em Volta Redonda, nos dias 15 de maio e 20 de junho.
Castilho sabe que o esporte ainda tem muito para evoluir no país, mas acredita que os Jogos Olímpicos de 2016 serão um bom incentivo para o desenvolvimento do rugby. Ele destaca o crescente interesse pela modalidade em todo o Brasil, além da divulgação feita pelos próprios times. Ele vê com otimismo a criação de outra equipe (os Titãs) em Resende.
"Temos muito a oferecer, e acredito que estamos no caminho certo" – disse o líder do Patriotas, que espera ver o Brasil com capacidade para enfrentar no futuro a Argentina, grande força do continente, além dos gigantes da Nova Zelândia (os temidos all blacks), Austrália e África do Sul, principais forças mundiais.
Para quem se interessar pelo esporte, criado na Inglaterra no século 19, e quiser participar da equipe, os treinos são realizados aos sábados e domingos, às 15 horas, no campo do Volta Grande, localizado próximo ao posto de saúde do bairro.
Fonte: Diário do Vale