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Outubro será mês de rugby league de desenvolvimento na Austrália, com a inovadora Copa do Mundo de Nações Emergentes, o Mundial de Desenvolvimento que rolará entre os dias 1 e 13. A América Latina será representada pelo Latin Heat, uma seleção de atletas em sua maioria australianos de nascimento com ascendência de nacionalidades latino americanas. E o time será capitaneado pelo único brasileiro convocado: ninguém menos que Matt Gardner, ex atleta da seleção brasileira de rugby sevens, inglês de nascimento.
Filho de mãe brasileira, Matt Gardner defendeu o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 2015, mas seu sucesso maior foi jogando na Super League, o Campeonato Inglês de Rugby League, onde defendeu equipes importantes como Huddersfield Giants e Castleford Tigers.
Aproveitando a notícia, a Confederação Brasileira de Rugby League ainda revelou que planeja que o Brasil dispute a competição com sua própria seleção em 2022.
O torneio de 2018 terá duas competições paralelas: uma entre países e outra entre regiões/continentes. O Latin Heat enfrentará o torneio de regiões contra os combinados do Mediterrâneo, Sudeste Asiático e África.
Rugby League Emerging Nations World Championship – Sydney 2018
Grupo A: Malta, Filipinas e Niue
Grupo B: Grécia, Hungria e Vanuatu
Grupo C: Hong Kong, Japão, Turquia, Ilhas Salomão e Polônia
Torneio de Regiões: América Latina, Mediterrâneo, Sudeste Asiático e África
O que é o Rugby League?
O Rugby League é uma modalidade do rugby que nasceu em 1895 no Norte da Inglaterra. Na época, o rugby (o Rugby Union) proibia o profissionalismo no mundo todo, mas um grupo de clubes ingleses se opôs à proibição de pagamentos a jogadores e romperam com a federação inglesa, formando uma liga independente. A fim de mudar a dinâmica do jogo e torná-lo mais aberto, a liga passou a promover mudanças nas suas regras, criando uma modalidade distinta, jogada com regras diferentes e organizada por entidades distintas do Union. O League, no entanto, se difundiu fortemente apenas no Norte da Inglaterra e na Austrália, onde é mais popular que o Union. O esporte ganhou popularidade ainda na Papua Nova Guiné (país da Oceania onde é o League e não o Union que reina) e, em menor dimensão, na Nova Zelândia e em algumas partes da França, onde segue bem abaixo do Union.
Quais as principais diferenças do League para o Union?
- O League é jogado por 2 times de 13 jogadores cada, com 4 reservas, sendo que um atleta que foi substituído poderá retornar a campo;
- No League, o try vale 4 pontos, a conversão 2, o penal 2 e o drop goal (chamado também de field goal) 1 ponto;
- Não é usado sistema de pontos bônus nas tabelas de classificação. A vitória vale 2 pontos, o empate 1 e a derrota 0;
- Não existem rucks. Quando um atleta sofre o tackle, é seguro e vai ao chão o jogo é parado. O atleta com a bola é liberado, rola a bola com os pés para trás e o jogo é reiniciado. É o chamado “play the ball”;
- Cada equipe tem direito a realizar 5 vezes o play the ball e, na sexta vez que um atleta é derruba, a posse da bola troca de equipe. É a chamada “Regra dos 6 tackles”. Com isso, é comum após o 5º tackle a equipe com a posse da bola chutá-la;
- Se a equipe defensora tocar na bola entre um play the ball e outro a contagem de tackles é zerada. Quando uma equipe com a posse de bola comete um erro de manuseio e a bola troca de posse o primeiro tackle é considerado “tackle zero” e a contagem se inicia apenas após ele;
- Não há lineouts. A reposição da bola que saiu pela lateral é feita a partir de um scrum. Penais chutados para a lateral são cobrados com free kick;
- Na prática, os scrums não possuem disputas, pois a equipe que introduz a bola na formação pode introduzi-la diretamente no pé de sua segunda linha. Porém, a equipe sem a bola pode tentar empurrar a formação para roubar a bola (o que é raro de acontecer);
- Não existe o mark. Com isso, chutes no campo ofensivo são frequentes;
- Um chute dado atrás da linha de 40 metros do campo de defesa que saia pela lateral após a linha de 20 metros do campo ofensivo é chamado de “40/20” e premia a equipe chutadora com a manutenção da posse da bola e com a contagem de tackles zerada;
- A numeração dos atletas no League muda. Os números mais altos são para os forwards e os números menos são para a linha. O fullback é o camisa 1 e o pilar o 13, por exemplo;