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ARTIGO OPINATIVO – Em tempos normais, quando o mundo e o rugby não estavam sendo afetados pelo COVID-19, um brasileiro relatou ao Portal sua experiencia em terras uruguaias e nos conta a diferença entre as culturas de rugby dos países e seus desafios. Confira!
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Olá meu nome é Victor Veber e vou contar como é a experiência que estou tendo de jogar no Uruguai.
Final do ano passado eu vim ao Uruguai participar de uma gira uruguaia, organizada pelo Lobos Rugby Clube. Nesta ocasião, eu estava defendendo o clube São João Batista Rugby, onde tivemos ótimos jogos e saímos invictos. Nesta mesma ocasião apareceu a oportunidade de jogar pelo Lobos R.C. Aceitei, porém depois vieram as dúvidas. Pois bem, aqui estou.
Chegando em Punta del Este não tive moleza. Logo às 9h00, uma hora após desembarcar depois de 22 horas de estrada, estava na academia do clube. Às 15h00 academia novamente e às 19h00 treino no campo.
O clube tem cerca de 60 jogadores atuando sendo que 20 deles moram em Montevidéu, a 200 km de Punta. O treino estava lotado! O sistema de jogo uruguaio é rápido e eu não estava habituado a um jogo que os fowards correm tanto quanto os backs. Foi um choque! Mas consegui entender o sistema de jogo.
No sábado dia 29/02 foi minha estreia pelo Lobos contra o Carrasco Polo, um dos maiores campeões uruguaios. Era apenas um amistoso para começar a colocar em pratica o sistema de jogo implantado pelos 4 técnicos argentinos que comandam o Lobos.
Tivemos dois jogos contra eles: um com o time intermédio e um com o time principal. Obtivemos êxito com o time intermédio, vencendo por 14×00 e contra o time principal fomos derrotados por 31×21. Foram dois jogos fortes e acirrados, com muita técnica ao executar os tackles.
Minha atuação foi satisfatória. Joguei um tempo completo no intermédio tendo 9 tackles, 17 fases, 12 rucks seguros. No jogo dos times principais, joguei os últimos 10 minutos com 3 tackles, 5 fases, 3 rucks seguros.
Todos esses dados são fornecidos pelo time. Tem uma pessoa responsável em anotar todos os dados da partida.
No começo de março tive treino intensivo na academia, pois o fluxo de jogos aqui e maior todo sábado tem jogo, são sempre jogos duríssimos.
TEXTO: Victor Veber