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Amanhã terá início o mais jovem campeonato do Hemisfério Sul: o National Rugby Championship (NRC), o Campeonato Australiano. Com nove franquias e disputado em meio à Copa do Mundo, o NRC luta para se firmar. Com um total de nove rodadas na temporada regular, todas as equipes se enfrentam uma vez, além de terem uma rodada de folga, e as quatro primeiras colocadas se classificam às semifinais. A finalíssima será disputada no dia 31 de outubro, mesma data da final da Copa do Mundo, porém algumas horas mais cedo por conta do fuso horário.

 

A competição foi criada no ano passado para promover na Austrália o mesmo sistema piramidal aplicado na África do Sul e na Nova Zelândia, com um campeonato nacional disputado no segundo semestre e abaixo do Super Rugby, que ofereça um calendário maior aos atletas de Super Rugby que não forem convocados para os Wallabies e abra espaço para novos valores disputarem uma competição de nível profissional. No entanto, o NRC tem uma grande diferença com relação à ITM Cup neozelandesa e à Currie Cup sul-africana: suas equipes não se originaram das seleções provinciais. Elas são franquias, especialmente criadas para o torneio em 2014, e nem todas são diretamente filiadas aos times do Super Rugby. Enquanto o Rebels mantém o Melbourne Rising, o Force é dono do Perth Spirit e o Reds possui duas equipes, o Brisbane City, campeão de 2014, quando contou no elenco com Quade Cooper, e o Queensland Country, o Waratahs não tem vínculo direto com nenhum dos quatro times baseados na região de Sydney, todos criados por clubes amadores e tradicionais da cidade. O Sydney Stars foi formado pelo Sydney University e pelo pequeno Balmain RFC; o North Harbour Rays é ligado a Manly, Warringah, Gordon e Northern Suburbs; ao passo que o Greater Sydney Rams é de West Harbour, Penrith Emus, Parramatta Two Blues e Southern Districts. Já o NSW Country Eagles foi formado pelo Eastern Suburbs e pelo Randwick, além da NSW Country Rugby Union, mas manda boa parte de suas partidas fora de Sydney, com a intenção de ser o time do interior de Nova Gales do Sul, apesar de vinculado a dois times tradicionais da capital do estado. Por fim, o University of Canberra Vikings nasceu da parceria do Brumbies, com a Universidade de Canberra e do clube local Tuggeranong Vikings.

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Complexo? Um pouco, e até agora o torneio não convenceu o australiano, com formato de tiro curto, sem grandes nomes dos Wallabies, e equipes formadas “outro dia”, ainda sem laços sólidos com o torcedor e usando com frequência mais de um estádio (no caso de Queensland Country, Melbourne Rising, NSW Country Eagles e Greater Sydney Rams, um estádio diferente por partida). O resultado foram públicos pífios em 2014 (média de 2.249 torcedores por jogo), apesar de partidas empolgantes, de placares elásticos e muito equilíbrio e imprevisibilidade até o fim. Para 2015, as dúvidas sobre a viabilidade da competição permanecem, sobretudo com a concorrência dos jogos do Mundial.

 

Regras experimentais seguem no NRC

Em parceria com o World Rugby, a União Australiana de Rugby seguirá testando em 2015 algumas variações às Leis do Rugby, as mesmas que já foram testadas em 2014. São elas:

 

– Ponto-bônus na classificação para a equipe que marcar 3 tries a mais que seu oponente e vencer a partida (anulando a possibilidade de uma equipe perdedora fazer bônus ofensivo, igual o que já ocorre no Top 14 francês);

– As conversões terão o valor de 3 pontos, podendo elevar um try convertido a 8 pontos;

– Chutes de penais valerão 2 pontos;

Drop goals valerão 2 pontos;

– Com o tempo esgotado, uma penalidade poderá ser cobrada com um chute para a lateral e a cobrança do lateral será realizada (de acordo com a regra, o jogo terminaria com o chute para fora);

– Apenas 1 minuto será dado para a realização do chute de conversão e 45 segundos para o chute de penalidade;

– Apenas 30 segundos serão dados para a formação e um scrum;

– Nos scrums, o scrum-half não poderá entrar no espaço entre o asa e o oitavo, mesmo estando atrás da linha da bola;

– Um lateral poderá ser cobrado rapidamente, sem a formação das fileiras do line-out, independente da bola ter sido tocada por outro atleta;

– No lateral, caso a equipe que defende não disputar a bola, a mesma não precisará ser lançada no meio das duas fileiras, permitindo a “bola torta”;

– A cobrança rápida de um penal por free kick poderá ser batido de qualquer lugar atrás de onde a infração foi cometida.

 

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Brisbane City

Cidades/Estado: Brisbane – Queensland

2014: Campeão – 3º na 1ª fase

 

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Greater Sydney Rams

Cidades/Estado: Sydney – Nova Gales do Sul

2014: 5º lugar

 

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Melbourne Rising

Cidades/Estado: Melbourne, Geelong e Morwell – Vitória

2014: Semifinalista – 1º lugar na 1ª fase

 

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North Harbour Rays

Cidades/Estado: Sydney – Nova Gales do Sul

2014: 7º lugar

 

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NSW Country Eagles

Cidades/Estado: Sydney, Newcastle, Tamworth e Bathurst – Nova Gales do Sul

2014: Vice-campeão – 2º lugar na 1ª fase

 

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Perth Spirit

Cidades/Estado: Perth – Austrália Ocidental

2014: Semifinalista – 4º lugar na 1ª fase

 

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Queensland Country

Cidades/Estado: Gold Coast, Rockhampton, Sunshine Coast e Toowoomba – Queensland

2014: 8º lugar

 

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Sydney Stars

Cidades/Estado: Sydney – Nova Gales do Sul

2014: 9º lugar

 

University of Canberra Vikings

Cidades/Estado: Canberra – Território da Capital Australiana (ACT)

2014: 6º lugar