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ARTIGO ATUALIZADO – Nesse sábado, o Rugby Championship chegará à sua última rodada podendo ser brindado com um recorde mundial. Caso a Nova Zelândia derrote a África do Sul em Durban, os All Blacks, que já são os campeões do torneio, alcançarão o feito de 17 vitórias consecutivas em partidas oficiais. A marca de 17 vitórias é o recorde mundial para partidas entre seleções do primeiro escalão mundial e já foi alcançada na história pela Nova Zelândia duas vezes, entre 1965 e 1969 e entre 2013 e 2014, e uma vez pela África do Sul, entre 1997 e 1998. O que significa que os sul-africanos buscarão inclusive impedir que os neozelandeses superem sua própria marca. Apenas uma seleção conseguiu mais vitórias seguidas, o Chipre, que enfileirou 24 vitórias entre 2008 e 2014, mas jogando contra adversários muito mais fracos. Além do recorde, os All Blacks ainda podem alcançar o feito inédito de vencerem o Rugby Championship com 100% de aproveitamento de pontos, somando 6 vitórias bonificadas em 6 jogos, caso batam os Springboks fazendo mais de três tries que o oponente. Em 2012 e 2013, a Nova Zelândia foi campeã invicta, mas não conseguiu bônus em todos os jogos.

 

Na sequência do clássico entre All Blacks e Springboks quem entrará em campo serão Pumas e Wallabies, que pela primeira vez na história farão uma partida do Rugby Championship na Europa, com os argentinos optando por mandarem o jogo em Twickenham, Londres. A partida poderá valer o vice campeonato da competição, caso dos Springboks caiam contra os All Blacks. Para a Argentina, o segundo lugar seria inédito.

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O maior clássico do mundo valendo recorde

Para muitos, o confronto entre Nova Zelândia e África do Sul é o maior clássico do mundo do rugby, independente da fase pela qual os dois times estejam passando. No momento, a vantagem é claramente toda dos All Blacks, não apenas pelo nível de rugby impecável que estão jogando os homens de preto, como também pela fragilidade atual dos Boks. Nos últimos 10 duelos entre neozelandeses e sul-africanos foram somente duas vitórias sul-africanas, a última quatro jogos atrás, em 2014. Para o alento do torcedor dos Boks, no entanto, a última vez que os dois países se enfrentaram no “Shark Tank”, em Durban, a vitória foi sul-africana, 31 x 19, em 2009. Porém, o jogo deste ano, em solo neozelandês, provou que há hoje um imenso abismo entre os dois times, com os All Blacks triturando por 41 x 13.

 

Para buscar o recorde, a Nova Zelândia não terá o scrum-half Aaron Smith, que foi suspenso pela comissão técnica após comportamento que foi entendido como “incondizente com um All Black” (Smith foi pego com uma mulher no banheiro do aeroporto na viagem da equipe da Argentina para a África do Sul). Sem Smith, Perenara segue como o camisa 9 da equipe jogando ao lado de Beauden Barrett, fazendo a dupla campeã do Super Rugby com os Hurricanes. Ao todo, o técnico Steve Hansen operou quatro mudanças no XV titular que venceu os Pumas no sábado passado. No pack, Sam Whitelock voltará a ser titular após ser poupado, enquanto a dupla de asas serão toda diferente, com Jerome Kaino voltando ao time e Matt Todd ganhando sua oportunidade, ambos deixando no banco Liam Squire e Ardie Savea, titulares na Argentina. Por fim, na linha Waisake Naholo ganhou a posição de Julian Savea na ponta, ao passo que no banco McKenzie, após erro crasso em sua estreia, ficou de fora dos 23, com Moala voltando ao grupo.

 

Já o técnico sul-africano Alister Coetzee fez apenas duas trocas no time que venceu os Wallabies, sendo que ambas foram por lesões. Faf de Klerk voltará a ter a camisa 9 no posto de Paige, ganhando a chance de provar que tem condições de ser o genuíno substituto de Fourie Du Preez para a 9 verde e ouro, o que dele tanto se espera. Damian de Allende, por sua vez, volta ao time substituindo Kriel. Com isso, Coetzee manteve sua aposta em um “velho jeito” sul-africano de se jogar, como fórmula para tentar reaver vitórias, já que o processo de reformulação da equipe vem sendo tortuoso. A receita de jogo físico, forte defesa, pressão nos rucks (a única estatística que os Springboks lideram no torneio é sucesso em rucks) e vitória na base dos chutes pode ter servido contra os Wallabies, mas os All Blacks estão em outro nível de intensidade, velocidade do jogo e precisão nas formações que a África do Sul precisará mostrar muito mais para não ser presa fácil, mesmo em casa.

 

Londres, casa também do Championship

Em busca de um grande público e receitas gordas, a Argentina escolheu mandar seu jogo contra a Austrália na Inglaterra, apostando que a comunidade de imigrantes dos dois países na Terra da Rainha faça lotar Twickenham. A expectativa, no entanto, é de que haja mais australianos no estádio do que argentinos, já que há mais de 400 mil australianos morando na Inglaterra.

 

Para a partida, o técnico Daniel Hourcade efetuou três mudanças no elenco derrotados pelos All Blacks, com Lucas Noguera entrando como pilar no lugar de Nahuel Tetaz e Leonardo Senatore ganhando o posto de oitavo no lugar no lesionado Facundo Isa. Na linha, Nicolás Sánchez e Manuel Montero seriam escalados, mas foram cortados neste sexta-feira, com Moyano permanecendo na ponta e Iglesias ganhando a 10 titular. Já Matías Orlando entrará no lugar de Cordero. Hernández segue de fora do grupo.

 

No time australiano, a novidade é o oitavo Lopeti Timani, que pela primeira vez começará como titular, substituindo o lesionado McMahon – que já substituía o também lesionado Pocock. Somente mais uma alteração foi feita no time que perdeu para os Boks, com Rory Arnold, de 2,08 metros, entrando na segunda linha no lugar de Rob Simmons. Jogando ao lado de Coleman, que tem 2,05 metros, Arnold produz a mais alta segunda linha da história dos Wallabies. O técnico Michael Cheika segue apostando no trio de 9, 10 e 12 formado por Will Genia, Quade Cooper e Bernard Foley, com Kerevi se fixando com a 13.

 

Tanto Pumas como Wallabies gostam de uma abordagem de jogo aberta, com os argentinos muito fortes no contra-ataque, enquanto os australianos, gostam do jogo de pressão no breakdown e de explorarem as quebras de linha. Hoje, a Austrália perde apenas para a Nova Zelândia em linhas quebradas  e metros ganhos e lidera as estatísticas de bolas carregadas (que tem a Argentina com o pior desempenho). Nos laterais, a Argentina hoje tem o segundo melhor desempenho, melhor que o australianos, mas perde para os Wallabies nos scrums, tendo estranhamento o pior desempenho nos scrums entre os quatro times do campeonatos (apenas 80% de sucesso). Os Wallabies, contudo, são hoje os mais indisciplinados do Championship. As alternativas que se apresentam para o jogo são interessantes, com o jogo completo em aberto após ser transferido para a Europa.

 

The Rugby Championship

The Rugby Championship

6ª rodada – sábado, dia 08 de outubro

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12h00 – África do Sul x Nova Zelândia, em Durban –ESPN AO VIVO

Árbitro: Jérôme Garcès (França)

 

África do Sul: 15 Patrick Lambie, 14 Francois Hougaard, 13 Juan de Jongh, 12 Damian de Allende, 11 Bryan Habana, 10 Morné Steyn, 9 Faf de Klerk, 8 Warren Whiteley, 7 Teboho Mohoje, 6 Francois Louw, 5 Pieter-Steph du Toit, 4 Eben Etzebeth, 3 Vincent Koch, 2 Adriaan Strauss (c), 1 Tendai Mtawarira;

Suplentes: 16 Bongi Mbonambi, 17 Stephen Kitshoff, 18 Julian Redelinghuys, 19 Lood de Jager, 20 Willem Alberts, 21 Jaco Kriel, 22 Lionel Mapoe, 23 Willie le Roux;

 

Nova Zelândia: 15 Ben Smith, 14 Israel Dagg, 13 Anton Lienert-Brown, 12 Ryan Crotty, 11 Waisake Naholo, 10 Beauden Barrett, 9 TJ Perenara, 8 Kieran Read (c), 7 Matt Todd, 6 Jerome Kaino, 5 Samuel Whitelock, 4 Brodie Retallick, 3 Owen Franks, 2 Dane Coles, 1 Joe Moody;

Suplentes: 16 Codie Taylor, 17 Wyatt Crockett, 18 Charlie Faumuina, 19 Liam Squire, 20 Ardie Savea, 21 Tawera Kerr-Barlow, 22 Lima Sopoaga, 23 George Moala;

 

Histórico: 92 jogos, 52 vitórias da Nova Zelândia, 35 vitórias da África do Sul e 3 empates. Último jogo: Nova Zelândia 41 x 13 África do Sul, 2016 (The Rugby Championship)

 

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15h30 – Argentina x Austrália, em Londres (Inglaterra) – ESPN AO VIVO

Árbitro: Mathieu Raynal (França)

 

Argentina: 15 Joaquín Tuculet, 14 Matías Moroni, 13 Matías Orlando, 12 Jerónimo De la Fuente, 11 Ramiro Moyano, 10 Santiago González Iglesias, 9 Martín Landajo, 8 Leonardo Senatore, 7 Javier Ortega Desio, 6 Pablo Matera, 5 Matías Alemanno, 4 Guido Petti, 3 Ramiro Herrera, 2 Agustín Creevy (c), 1 Lucas Noguera;

Suplentes: 16 Julian Montoya, 17 Santiago García Botta, 18 Enrique Pieretto, 19 Marcos Kremer, 20 Juan Manuel Leguizamón, 21 Tomás Cubelli, 22 Gabriel Ascarate, 23 Lucas González Amorosino.

 

Austrália: 15 Israel Folau, 14 Dane Haylett-Petty, 13 Samu Kerevi, 12 Bernard Foley, 11 Reece Hodge, 10 Quade Cooper, 9 Will Genia, 8 Lopeti Timani, 7 Michael Hooper, 6 Dean Mumm, 5 Adam Coleman, 4 Rory Arnold, 3 Sekope Kepu, 2 Stephen Moore (c), 1 Scott Sio;

Suplentes: 16 James Hanson, 17 Tom Robertson, 18 Allan Alaalatoa, 19 Kane Douglas, 20 Scott Fardy, 21 Leroy Houston, 22 Nick Phipps, 23 Tevita Kuridrani, 24 Sefa Naivalu;

 

Histórico: 26 jogos, 20 vitórias da Austrália, 1 empate e 5 vitórias da Argentina. Último jogo: Austrália 36 x 20 Argentina, 2016 (The Rugby Championship)

 

*Horários de Brasília

 

PaísJPPaísJP
Grupo AGrupo B
Austrália38Nova Zelândia39
Fiji37França37
EUA36Espanha35
Colômbia33Quênia33
Grupo C
Grã Bretanha39
Canadá37
Brasil35
Japão33Veja mais

 

Foto: Getty Images