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ARTIGO OPINATIVO – Depois de falarmos naquelas promessas que têm assumido ou vão assumir um papel importante nas suas franquias e no rugby australiano em geral, é altura de falarmos daqueles que já são dados adquiridos e estrelas da companhia!
Quem então são as estrelas que têm direta influência nas equipas dos Waratahs, Brumbies, Reds, Rebels e Force?
MICHAEL HOOPER (WARATAHS)
É impossível fazer uma lista dos melhores jogadores do rugby australiano e não colocar Michael Hooper, um dos asas mais formidáveis do rugby mundial que conta já 144 jogos no Super Rugby e é uma das maiores referências de todo o sempre dos Waratahs. Um 3ª linha de nova geração, que por vezes mais se parece com um centro devido à taxa de participação nas combinações com os 3/4’s, sendo ele próprio um bom movimentador de bola, provando assim o quão essencial é na franquia de New South Wales. Fazendo uso de uma inteligência de alta qualidade, Hooper sabe fazer tudo bem, operando com exactidão e eficácia na defesa – tanto a comunicar como a placar – e com magia e sentido de risco no ataque, sem esquecermos a o espírito combativo e a alma extraordinária que tem como capitão.
Num período em que os Waratahs revelam problemas no tentar voltar ao seu melhor, o Wallaby por 85 ocasiões vai ter forçosamente um papel fulcral na campanha dos ‘tahs no Super Rugby AU, tanto a abrir espaços na defesa como a fazer aqueles “roubos” espectaculares no breakdown!
A genialidade de Hooper (00:19)
MARIKA KOROIBETE (REBELS)
Dá gozo ver jogar Marika Koroibete, um daqueles pontas que tanto é capaz de fazer um sidestep completamente enigmático e que deixa os seus mais próximos placadores pelo chão, como pode simplesmente decidir atropelar o primeiro adversário que tenta esboçar uma tentativa de paragem ao avanço do atleta dos Melbourne Rebels.
“Filho” do Rugby League, Koroibete foi daqueles jogadores que mudou de códigos com vista a se afirmar no Rugby Union e a verdade é que em 44 jogos no Super Rugby já chegou à módica quantia de 18 ensaios, todos por uma das franquias mais “frágeis” da competição de clubes mais importante do Hemisfério Sul. Poderoso a nível da fisicalidade, espectacular nos skills ofensivos e um defesa inteligente e com capacidade de fechar “espaços” na sua linha de defesa, o ponta vai ter uma importância vital em como os Rebels podem atingir outro patamar nos números no ataque.
LIAM WRIGHT (REDS)
Liam Wright é actualmente a maior referência dentro do jovem plantel dos Reds, devido à sua cultura de jogo, à capacidade de trabalho e sacrifício, à agressividade com que luta no breakdown (e um ladrão de categoria neste sentido) e na placagem, até aos detalhes e pormenores técnicos que tornam-no num dos atletas mais interessantes da actualidade australiana.
Estreou-se com 19/20 anos no Super Rugby e desde o primeiro momento percebeu-se que o 3ª linha (pode jogar a qualquer uma das posições) ia ser um caso sério, especialmente pela forma calma como lidava com qualquer situação, tendo crescido ao ponto que é o capitão mais novo de sempre da história dos Queensland Reds e mesmo de todas as franquias aussies. Fisicamente é um especimen que impõe respeito, fazendo mossa nas entradas na linha de defesa ou quando é chamado a colocar o seu ombro ao serviço da equipa, assumindo-se como um dos “monstrinhos” da competição regional australiana do Super Rugby.
PETER SAMU (BRUMBIES)
Foi um dos maiores erros dos últimos anos nos Wallabies, quando Peter Samu não mereceu a convocatória para fazer parte dos 31 Wallabies que iam disputar o Mundial de Rugby em 2019 e é facilmente perceptível porquê seja pela astúcia quando tem a bola nas suas mãos ou a categoria como rapidamente se lança ao ataque ao ruck depois de ter completado uma excelente placagem, revelando-se como um dos melhores asas neste momento do Hemisfério Sul.
Samu chegou em 2019 aos Brumbies provindo dos Crusaders e demonstrou desde o 1º momento que trazia uma nova panóplia de qualidades para a franquia de Canberra, desde o tempo de reação de soberba qualidade ao poder e capacidade de perfuração, evocando um reportório de excelentes exibições desde que chegou à Austrália. É dos atletas que maior impacto tem no jogo dos Brumbies e será portanto uma das peças-chave para que esta franquia chega ao título de campeão na Austrália!
KYLE GODWIN (FORCE)
É um regresso ao Super Rugby, depois de ter sido jogador pela Force entre os anos de 2012 e 2016, tendo dado o salto para os Brumbies onde conquistaria um lugar de importância na equipa de Canberra, para depois dar o salto para o Velho Continente. Devido ao fecho de fronteiras, Kyle Godwin foi um dos atletas que decidiu regressar ao seu país de origem e aceitou negociar um contrato de 5 meses com a equipa da Western Force, numa tentativa de também se mostrar a Dave Rennie, o seleccionador actual da Austrália.
O centro (ou ponta) é um jogador completo, formatado ao estilo do rugby australiano podendo assumir uma posição de importância na condução de bola ou impondo uma comunicação e postura de grande qualidade na linha defensiva, o que prova a sua categoria, sendo um das peças-chave do elenco da Western Force que regressa a uma competição que foi “expulsa” em 2016.