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Foram várias as mexidas das 5 franquias de Super Rugby da Nova Zelândia, que trocaram alguns jogadores entre si, sendo que a maioria dos reforços provieram das equipas das federações locais (as que actuam na Mitre 10 Cup) e neste artigo damos conta de quem ingressou para a 2ª temporada do Super Rugby Aotearoa 2021.
CRUSADERS
New arrivals: Fletcher Newell (ex-Canterbury), Tamaiti Williams (ex-Canterbury), Isaiah Punivai (ex-Canterbury) e Chay Fihaki (ex-Canterbury)
Contratação/Contratações Estrela: nenhuma a assinalar
Reforço a ter debaixo de olho: Chay Fihaki (ex-Canterbury)
Os campeões em título do Super Rugby Aotearoa não se mexeram muito para reforçar um plantel luxuoso, assinando contrato com algumas das estrelas/novidades de uma das equipas mais vencedoras a nível de províncias na Nova Zelândia, Canterbury.
Quatro contratações, foi este o breve pecúlio “resgatado” por Scott Roberston que garantiu dois nomes bastante interessantes para duas posições diferentes: Tamaiti Wiliams (primeira-linha) e Chay Fihaki (ponta/centro). Tamaiti Williams é uma das maiores promessas do rugby kiwi para a primeira-linha, apresentando sempre aquele físico invejável (1,93 metros e 137 kilos) combinado com uma qualidade técnica de bela qualidade, que na lógica de jogo dos Crusaders vai certamente fazer a diferença a curto-prazo, garantindo assim uma escolha mais que necessário para o lugar de nº3.
Contudo, o reforço mais sonante é Chay Fihaki, um virtuoso 3/4’s de 20 anos que deu claras mostras de merecer esta “chamada” para o Super Rugby, devido ao seu poder macabro para correr com a oval, que detém também um jogo ao pé variado e de alto valor, sendo o típico jogador procurado por Scott Robertson.
19 years old & as cool as ice.
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— Mitre 10 Cup (@Mitre10Cup) November 15, 2020
BLUES
New arrivals: Nepo Laulala (ex-Chiefs), James Lay (ex-Auckland), Soane Vikena (ex-Auckland), Sam Darry (ex-Canterbury), Dillon Hunt ex-Highlanders), Taine Plumtree (ex-Wellington), AJ Lam (ex-Auckland), Jone Macilai-Tori (ex-Northland), Zarn Sullivan (ex-Auckland) e Jacob Kneepkens (ex-Taranaki)
Contratação/Contratações Estrela: Nepo Laulala (ex-Chiefs) e Dillon Hunt (ex- Highlanders)
Reforço a ter debaixo de olho: AJ Lam (Auckland)
Comecemos por falar do reforço a ter em atenção… AJ Lam (22 anos)! Ponta de extrema qualidade, foi um dos melhores jogadores da Mitre 10 Cup 2020, com 7 ensaios e 2 assistências, sem esquecer os vários momentos extraordinários que protagonizou, movendo-se ágil e velozmente pelo flanco direito, sempre pronto para explorar o jogo ao pé ou com um atenção apontada para as intercepções, podendo a vir a ser um dos nomes em destaque dos Blues já nesta temporada.
Para além do já citado AJ Lam, os Blues mexeram-se no mercado no sentido de obterem jogadores credenciados para o pack de avançados, que chegaram na forma de dois All Blacks: Nepo Laulala e Dillon Hunt. O primeiro é considerado um dos actuais melhores primeiras-linhas do Hemisfério Sul, onde a solidez nas fases-estáticas e o envolvimento intenso e positivo no jogo corrido garantem uma unidade activa e compacta; já Hunt vem sendo um dos melhores placadores e defesas da Nova Zelândia, tendo mesmo somado mais de 100 placagens na edição anterior do SR Aotearoa, para além dos 7 turnovers realizados, intensificando a luta na 3ª linha (Akira Ioane, Blake Gibson, Dalton Papalii, Tom Robinson e Hoskins Sotutu).
De resto, as chegadas de James Lay (1ª linha), Sam Darry (2ª linha, veio de Canterbury e foi um dos jogadores que escapou ao radar dos Crusaders), Taine Plumtree (asa), Jone Macilai-Tori (o ponta chegou a ter algum destaque nos Crusaders entre 2015 e 2017), Jacob Kneepkens (das revelações da Mitre 10 Cup, esperem coisas interessantes deste ponto de 20 anos de idade) e Zarn Sullivan (defesa, bom jogo ao pé e um entendimento táctico de qualidade) vêm para conferir opções de qualidade a Leon MacDonald, que necessita de ter um número largo de escolhas para fazer frente aos Crusaders… e Highlanders.
Is there anything Salesi Rayasi can’t do?
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— Mitre 10 Cup (@Mitre10Cup) October 31, 2020
HURRICANES
New arrivals: Brayden Iose (ex-Manawatu), Luke Campbell (ex-Bay of Plenty), Simon Hickey (ex-Auckland), Pepesana Patafilo (ex-Wellington), Lolagi Visinia (ex-Hawke’s Bay), Julian Savea (ex-RC Toulon) e Ruben Love (ex-Wellington)
Contratação/Contratações Estrela: Julian Savea (ex-RC Toulon)
Reforço a ter debaixo de olho: Simon Hickey (ex-Auckland/Edinburgh)
Os Hurricanes sofreram com algumas saídas nos últimos meses e parecem não ter sido capazes de garantir os reforços necessários para fazer frente às ausências de TJ Perenara, Ben Lam, Kobus van Wyk, apesar de terem assinado contratos com alguns jogadores de interesse como o polivalente 3/4’s, Lolagi Visinia (realizou uma boa época por Hawke’s Bay, com 4 ensaios), o consistente e confiável nº10/15, Simon Hickey, e o inteligente formação, Luke Campbell (dos principais jogadores da equipa-surpresa da Mitre 10 Cup, Bay of Plenty).
A contratação mais sonante foi Julian Savea, que ainda chegou durante o Aotearoa passado mas sem a forma necessária para entrar logo nas escolhas de Jason Holland, e é agora um dos reforços mais importantes para esta temporada, já que não só traz experiência e conhecimento, como poderá apresentar uma evolução táctica e defensiva superior quando saiu da Nova Zelândia em 2018.
Vai ser uma época intensa para os lados de Wellington, ficando na dúvida quem vai surgir como nº9, sabendo de antemão que será Jackson Garden-Bachop a segurar a posição de abertura (atenção com Simon Hickey que poderá “roubar” o lugar num par de semanas), recordando ainda que no 5 da frente apresentam uma boa capacidade motora e física.
CHIEFS
New arrivals: Sione Mafileo (ex-Blues), Josh Lord (ex-Taranaki), Kaylum Boshier (ex-Taranaki), Simon Parker (ex-Waikato), Xavier Roe (ex-Waikato), Bryn Gatland (ex-Highlanders), Rivez Reihana (ex-Waikato), Jonah Lowe (ex-Hurricanes) e Chase Tiatia (ex-Hurricanes)
Contratação/Contratações Estrela: Bryn Gatland (ex-Highlanders);
Reforço a ter debaixo de olho: Jonah Lowe (ex-Hurricanes);
Devastador este processo de formatação dos Chiefs, que deixaram sair ou perderam 19 jogadores entre Agosto e Dezembro de 2020, forçando sérias alterações no seu plantel para esta época, havendo, no entanto, uma boa novidade: Clayton McMillan substituirá Warren Gatland por um ano (não ficou definido se o treinador dos Maori All Blacks vai ou não permanecer na equipa técnica dos Chiefs após esta temporada). Se uma boa parte das saídas foram de jogadores menos conhecidos como Robb Cobb, James Thompson, ouTiaan Falcon (esperava-se algo mais a nível exibicional do antigo nº10 dos sub-20 da Nova Zelândia), já o mesmo não se pode dizer em relação a nomes como Tyler Ardon, Michael Allardice, Nepo Laulala, Adam Thomson, Aaron Cruden ou Solomon Alaimalo (a maior perda na linha de 3/4’s, não há dúvidas disso), abrindo assim alguns problemas para montar uma equipa vencedora desde o 1º dia.
A melhor maneira de limpar feridas? Contratar jogadores trabalhadores que estão mentalmente disponíveis para “sofrer”, que é o caso de Kaylum Boshier (irmão de Lachlan Boshier, também é asa), Xavier Roe (um “diamante” pronto a ser polido nos Chiefs), Jonah Lowe (poderá vir a ser um dos principais activos dos Chiefs, independentemente de jogar à ponta ou a centro), Chase Tiatia (saiu dos Hurricanes para tentar obter mais tempo de jogo) e Bryn Gatland, o abertura que tentará ser um dos líderes desta franquia em 2021.
Gatland não é um nº10 elétrico de fazer a diferença a correr com a bola nas mãos, sendo mais vocacionado para o trabalho táctico, no expandir o jogo através do jogo ao pé e de desenvolver os melhores processos ofensivos ou de transição para a equipa. A par do filho de Warren Gatland, Jonah Lowe é a grande novidade nos Chiefs, tendo tudo a seu favor para ser considerado uma das maiores ameaças na competição, fazendo valer os atributos técnicos (handling letal e um side-step primoroso) e físicos para abrir brechas no bloco defensivo contrário.
Bons reforços, mas demasiadas saídas de uma vez só…
HIGHLANDERS
New arrivals: Liam Squire (ex-NTT Red Hurricanes), Kazuki Himeno (ex-Toyota Verblitz), Vilimoni Koroi (ex-Otago), Connor Garden-Bachop, Sam Gilbert (ex-Otago), Fetuli Paea (ex-Crusaders), Billy Harmon (ex-Crusaders), Bryn Evans (ex-Hawke’s Bay), Josh Hohneck (ex-Otago), Jermaine Ainsley (ex-Rebels)e Solomon Alaimalo (ex-Chiefs)
Contratação/Contratações Estrela: Liam Squire (ex-NTT Red Hurricanes), Kazuki Himeno (ex-Toyota Verblitz) e Solomon Alaimalo (ex-Chiefs)
Reforço a ter debaixo de olho: Vilimoni Koroi (ex-Otago)
A franquia que melhor se reforçou… Highlanders. Desde o retorno de uma das suas principais estrelas dos últimos anos, Liam Squire, para ter trazido alguns dos melhores jogadores da Mitre 10 Cup, como Vilimoni Koroi ou Fetuli Paea, terminando na contratação de jogadores com estatuto nacional e internacional, casos de Kazuki Himeno (3ª linha polivalente que encantou tudo e todos no Mundial passado) e Solomon Alaimalo (um dos três-de-trás de maior qualidade da Nova Zelândia).
Ou seja, os Highlanders trataram de muscular uma equipa que cresceu de forma extraordinária em 2020 e, mesmo com algumas saídas como Dillon Hunt, Jesse Parete, Rob Thompson ou Josh McKay, têm neste momento um dos melhores plantéis das franquias do Super Rugby. Na 1ª linha trouxeram o experiente Josh Hohneck (vai ser uma das peças-chaves na formação estática) e Jermaine Ainsley (o internacional Wallaby saiu dos Waratahs para procurar evoluir tecnicamente e tacticamente), enquanto na 3ª reforçaram com três excelentes reforços, acrescentando fisicalidade, ritmo, experiência e agressividade a partir de Kazuki Himeno, Billy Harmon e Liam Squire, o que dará outra dimensão aos avançados dos landers.
Na linha de 3/4’s há três nomes a ter em atenção: Solomon Alaimalo, Fetuli Paea e Vilimoni Koroi. O primeiro conquistou direito a alguma atenção quando alinhou pelos Chiefs, com 19 ensaios marcados em 47 jogos, animando qualquer jogo através dos seus skills e velocidade explosiva. Fetuli Paea estreeou-se em 2020 pelos Crusaders, passando para a franquia dos Highlanders nesta nova época, e há que ter em atenção a este centro que foi um dos principais jogadores de Tasman, os bicampeões da Mitre 10 Cup, pulsando agressividade a cada entrada no contacto e placagem, e é o substituto ideal de Rob Thompson. Para terminar, Vilimoni Koroi, um dos maiores fantasistas do rugby de províncias da Nova Zelândia volta a ter uma oportunidade para brilhar numa franquia de Super Rugby, e isto deve-se à “magia” que coloca em cada novo sprint ou combinação de ataque.
No words. Just wow.
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— Mitre 10 Cup (@Mitre10Cup) October 30, 2020