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Nesse fim de semana, dias 9 e 10, Glasgow, na Escócia, receberá a penúltima etapa da temporada 2014-15 da Série Mundial de Sevens Masculina. A briga pelo título, o Rio 2016 e o rebaixamento estão na ponta do lápis das seleções nacionais, que fazem suas contas do que precisam nas últimas etapas do circuito. As finais terão transmissão do BandSports.
A luta pelo título é a melhor desde 2011-12, quando Nova Zelândia e Fiji brigaram pela primeira posição até o fim. Desta vez, são três seleções que chegam brigando ponto a ponto pela conquista da temporada. A liderança é da África do Sul, que tem apenas 4 pontos de frente sobre o vice-líder Fiji e 9 de vantagem sobre os All Blacks. A vantagem dos Boks poderia ser maior, mas três terceiros lugares seguidos e um vice fizeram os sul-africanos, que não venceram nenhuma etapa neste ano, verem o crescimento de Fiji, campeão de duas das quatro etapas jogadas desde o Ano Novo, e da Nova Zelândia, que largou mal na temporada, mas chegou a três das últimas quatro finais, garantindo um título.
Em Glasgow, será, no entanto, a seleção da Nova Zelândia, campeã das últimas quatro temporada do circuito, que vai à penúltima etapa precisando de qualquer jeito da vitória para manter suas chances. Caso a África do Sul termine na frente da Nova Zelândia na Escócia, os All Blacks já podem dar adeus ao título. Caso Fiji termine em vantagem sobre ambos, a Nova Zelândia também estará muito distante da conquista, praticamente resumindo a disputa a Fiji e África do Sul. Os fijianos só dependem de si para conquistarem a temporada, assim como os sul-africanos. Caso Fiji vença as duas próximas etapa a taça será sua, mesmo que os Boks acabem com a segunda colocação em ambos. A África do Sul tem a vantagem de poder terminar uma etapa um pouco abaixo de Fiji e ainda assim só dependerá de si para faturar o circuito.
A luta pelo Rio 2016 também está emocionante. Os quatro primeiros colocados do circuito garantirão vaga antecipada nos Jogos Olímpicos e só um desastre tire neozelandeses, fijianos e sul-africanos do Brasil. A quarta vaga é aquela que está em disputa, com Inglaterra e Austrália lutando diretamente pela classificação. A vantagem, contudo, é toda da Inglaterra, que está prestes a classificar a Grã-Bretanha ao Rio (uma vez que a Inglaterra não disputa os Jogos Olímpicos como nação separada de Escócia e Gales). Os ingleses abriram 9 pontos de frente sobre a Austrália graças ao título da etapa de Tóquio, torneio no qual a Austrália teve campanha desastrosa, acabando em décimo lugar. Os aussies têm a missão de fazerem uma campanha grandiosa em Glasgow para seguirem com chances de classificação, enquanto os ingleses terão certamente muitos torcedores nas duas últimas etapa (já que depois de Glasgow o circuito vai a Londres).
Na luta contra o rebaixamento, o Japão renasceu em Tóquio ao fazer boa campanha e reduzir para “humanos” 8 pontos sua desvantagem para o penúltimo colocado Portugal. Com isso, japoneses e portugueses vão às duas últimas etapas lutando diretamente contra o 15º lugar, já que o último colocado entre as seleções centrais terá decretado seu rebaixamento e será substituído pela Rússia na próxima temporada.
E em Glasgow, o que esperar?
O torneio de Glasgow de 2015 poderá ser o última na Escócia, pois o World Rugby deverá anunciar nos próximos dias sua substituição por Paris. O pequeno Scotstoun Stadium, casa do Glasgow Warriors, com capacidade para 15 mil pessoas, 15 mil pessoas, tem esperado bom público para se despedir dos grandes do sevens mundial – e para apoiar a Escócia, que vem fazendo boa campanha no circuito, com o sétimo lugar no momento.
A Escócia caiu no Grupo C e terá como principal oponente pela liderança Fiji. O grupo não é complicado, e conta ainda com Gales, que fraca campanha, e Portugal, desesperado. Fiji manterá o grupo vice-campeão no Japão com apenas a troca do lesionado Veremalua pelo debutante Dowai. O time é franco favorito e, dos concorrentes ao título, é o que melhor vem jogando, tendo o maior pontuador da temporada, Kolinisau, e o segundo e terceiro maiores anotadores de tries, Rawaqa e Kunatani. A Escócia também manteve seu time e comemorará o feito de Collin Gregor, que virará o quarto atleta no mundo com mais torneios da Série Mundial de Sevens, além de buscar a melhor classificação final da história do time escocês.
No Grupo A, o confronto que todos esperavam acontecerá: Austrália e Inglaterra estão untos na mesma chave e a vitória poderá ser crucial para ambos na perseguição pelo Rio 2016. A presença da França no grupo apimenta ainda mais as disputas, uma vez que os franceses poderão tirar um dos dois da disputa pelas quartas de final, podendo decidir a quarta posição da temporada. Os ingleses terão um desfalque importante: Lewis-Pratt, mas contarão com Mitchell, Burgess e Norton. Já a Austrália contará com os retornos essenciais de Lewis Holland, James Stannard e Alex Gibbon, que fizeram falta em Tóquio. A França, por sua vez, não contarão com a força de Vakatawa. A Rússia completa o grupo e quer impressionar.
Já o Grupo B é o genuíno “grupo da morte”, com África do Sul, Nova Zelândia e Samoa, além do perigoso Quênia. Sul-Africanos e neozelandeses brigarão pela crucial primeira posição, mas também terão que tomar muito cuidado para não escorregaram contra Samoa, o que poderia custar não apenas uma vaga nas quartas de final, mas o desastre na luta pelo título da temporada. Os Boks terão duas mudanças com relação ao time terceiro colocado em Tóquio, com Philip Snyman e Stephan Dippenaar nos lugares de Carel du Preez e Justin Geduld. Os sul-africanos terão o quarteto Seabelo Senatla, Kwagga Smith, Cecil Afrika e Branco Du Preez para duelar com um forte time neozelandês, que manteve sua base dos últimos torneios, com DJ Forbes e Tim Mikkelson no comando de um poderoso time recheado por Scott Curry, Gilles Kaka, Sherwin Stowers, Joe Webber e Beaudine Waaka.
Por fim, o Grupo D é o mais fraco, para a sorte do Japão, que terá reais chances de dar um passo a mais em sua luta contra o rebaixamento. Os japoneses estarão ao lado de Canadá, Argentina e Estados Unidos, que já não têm aspirações no circuito, mas vão pensando na preparação para os Jogos Pan-Americanos. Na equipe dos Pumas, do técnico Santiago Gómez Cora, a novidade são os retornos de Gaston Revol e Santiago Cordero. Com 5 pontos a menos que os EUA, a Argentina ainda busca terminar como o melhor das Américas na temporada.
Glasgow Sevens – 8ª etapa da Série Mundial de Sevens Masculina 2014-15 – em Glasgow, Escócia
Grupo A: Inglaterra, França, Austrália e Rússia
Grupo B: África do Sul, Nova Zelândia, Samoa e Quênia
Grupo C: Fiji, Escócia, Gales e Portugal
Grupo D: Canadá, Japão, Estados Unidos e Argentina
*Horários de Brasília
Sábado, dia 9 de maio – das 06h30 às 12h00
Canadá x Estados Unidos
Japão x Argentina
Inglaterra x Austrália
França x Rússia
África do Sul x Samoa
Nova Zelândia x Quênia
Fiji x Gales
Escócia x Portugal
Canadá x Argentina
Japão x Estados Unidos
Inglaterra x Rússia
França x Austrália
África do Sul x Quênia
Nova Zelândia x Samoa
Fiji x Portugal
Escócia x Gales
Estados Unidos x Argentina
Canadá x Japão
Austrália x Rússia
Inglaterra x França
Samoa x Quênia
África do Sul x Nova Zelândia
Gales x Portugal
Fiji x Escócia
Domingo, dia 10 de maio – das 06h30 às 15h15
Finais
Clube | Cidade | Jogos | Pontos |
---|---|---|---|
Clermont | Clermont-Ferrand | 26 | 88 |
Toulon | Toulon | 26 | 82 |
Montpellier | Montpellier | 26 | 81 |
Racing | Paris | 26 | 81 |
Toulouse | Toulouse | 26 | 79 |
Castres | Castres | 26 | 71 |
Union Bordeaux-Bègles | Bordeaux | 26 | 67 |
Brive | Brive | 26 | 62 |
La Rochelle | La Rochelle | 26 | 54 |
Grenoble | Grenoble | 26 | 47 |
Pau | Pau | 26 | 46 |
Stade Français | Paris | 26 | 41 |
Agen | Agen | 26 | 26 |
Oyonnax | Oyonnax | 26 | 24 |
- Vitória com menos de 3 tries de diferença = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota por 5 pontos ou menos pontos = 1 ponto;
- 1º e 2º lugares = classificação direta às Semifinais e à Champions Cup;
- 3º ao 6º lugares = classificação às Quartas de final e à Champions Cup;
- 13º e 14º lugares = Rebaixamento