Tempo de leitura: 6 minutos
O Rugby Championship chegará ao fim nesse sábado, com a última rodada do campeonato que já tem a Nova Zelândia como campeã. O que resta então para ser disputado? A resposta é: o ano que vem.
Clique aqui para conferir a programação da TV.
Por 2015
Na primeira partida da jornada, o maior clássico do rugby mundial será realizado no mítico Ellis Park, em Joanesburgo, na África do Sul, onde os Springboks recebem os All Blacks. Nesse mesmo estádio, palco também da final da Copa do Mundo de 1995 entre esses mesmos dois times, os neozelandeses venceram o último confronto em solo sul-africano, em 2013, por 38 x 27, em partida épica. Na verdade, nas últimas três partidas realizadas em Joanesburgo a vitória ficou com a Nova Zelândia, sendo que a última vitória dos Boks contra os All Blacks nesse estádio ocorreu em 2004. Aliás, desde 2011 os sul-africanos não batem os neozelandeses, quando venceram por 18 x 5 em Porto Elizabeth, pelo antigo Tri Nations.
Se o título está perdido para os sul-africanos, uma vitória sobre os All Blacks renovaria as expectativas da equipe para a Copa do Mundo, e é em busca dessa confiança para 2015 que os verdes vão a campo. Sem a pressão buscarem uma vitória bonificada, os Boks não precisarão ir com tudo para o ataque, podendo armar a melhor estratégia simplesmente para bater os All Blacks por qualquer placar. Com isso, a grande arma neozelandesa, seu fulminante contra-ataque, poderá não ter espaço nessa partida. O técnico neozelandês Steve Hansen já previu que a partida terá no scrum seu principal campo de batalha, sobretudo na terceira linha, onde Heyneke Meyer ainda não definiu se terá Schalk Burger ou Duane Vermeulen. Seja como for, a África do Sul terá muita força no breakdown e nos rucks para jogar de frente com a galática terceira linha neozelandesa, de McCaw, Read e Kaino, a melhor do mundo. A perda de Retallick para os All Blacks na segunda linha poderá dar vantagem aos Boks, que terão Matfield ao lado de Etzebeth. Na primeira linha, muita preocupação dos kiwis para enfrentarem os irmãos Du Plessis e Mtawarira, obrigando Hansen a mais uma vez apostar no veterano Mealamu.
Na criação, os dois times serão surpresas, pois contarão com dois jovens abertura: Beauden Barrett, no lugar do indisciplinado Cruden, do lado kiwi, apostando na qualidade de seus chutes táticos (sobretudo na altitude de Jo’Burg), e Handré Pollard, que mostrou grande evolução e qualidade na distribuição do jogo dos Boks na última partida. A África do Sul tem dúvidas a mais pela camisa 9, com Hougaard buscando se firmar numa posição que é assombrada pelo fantasma de Fourie Du Preez. Na linha, a combinação de centros é a grande atração dos dois lados, cabendo vantagem a quem souber melhor se defender das tentativas de quebra de linha. Pelos verdes, a juventude de Serfontein e a experiência de De Villiers vem dando frutos, enquanto da parte preta Fekitoa entrou muito bem ao lado de Conrad Smith. Nas pontas, se a Nova Zelândia combina as passadas e agilidade de Ben Smith com a força de Savea, a África do Sul tem a velocidade dos dois lados, com os brilhantes definidos Hendricks e Habana. Por fim, os camisas 15 exibem qualidade irretocável dos dois lados, prometendo grande duelo entre Le Roux e Dagg. É muita gente boa junto dos dois lados.
Em busca de quebrar o tabu
No segundo e último jogo do campeonato, os Pumas recebem no sopé dos Andes, em Mendoza, os Wallabies, em jogo que vale a primeira vitória em três anos de competição entre os grandes do Sul para os argentinos. Nos oponente do Championship, a Austrália é a única que já perdeu para a Argentina, mas a última vez foi em 1997.
Os Wallabies foram à terra dos vinhos e já começaram mal a estadia, com os velhos problemas da “noite” assolando o time, que não terá mais Beale, novamente por indisciplina. Beale, no entanto, não vinha entrando no XV titular e os australianos seguem com uma forte linha, de Phipps, Foley (que ainda precisa se firmar), Toomua, Kuridrani, Tomane, Ashley-Cooper e Folau, uma combinação que dará muitos problemas à Argentina. Os Pumas seguem com problemas com a camisa 9 e voltam a apostar no instável Landajo para a posição. Pelo menos Sánchez vive boa fase e colocará o jogo de chutes a favor dos sul-americanos.
O maior problema para os Pumas está na terceira linha, com a ausência de Lobbe, Leguizamón e Matera. Sobrou para Senatore, Macome e Baez lidarem com Hooper, que deixa até McCaw em maus lençóis. Mas, no restante do scrum, a vantagem é alviceleste, em especial na primeira linha, onde a famosa “bajadita” faz muitos estragos. A Argentina pode vencer o jogo impondo pressão nas formações e garantindo a posse para Sánchez e Hernández criarem, mas caso o jogo de rucks seja dominado pelos aussies e sua linha seja devidamente municiada, os argentinos poderão passar novo ano sem vitórias entre os grandes do mundo.
The Rugby Championship 2014
*Hora de Brasília
Sábado, dia 4 de outubro
12h00 – África do Sul x Austrália, em Joanesburgo
Árbitro: Wayne Barnes (Inglaterra)
África do Sul: 15 Willie le Roux, 14 Cornal Hendricks, 13 Jan Serfontein, 12 Jean de Villiers (c), 11 Bryan Habana, 10 Handrè Pollard, 9 Francois Hougaard, 8 Duane Vermeulen/Schalk Burger, 7 Tebo Mohoje, 6 Marcell Coetzee, 5 Victor Matfield, 4 Eben Etzebeth, 3 Jannie du Plessis, 2 Bismarck du Plessis, 1 Tendai Mtawarira.
Suplentes: 16 Adriaan Strauss, 17 Trevor Nyakane, 18 Marcel van der Merwe, 19 Bakkies Botha, 20 Schalk Burger/Warren Whiteley, 21 Cobus Reinach, 22 Pat Lambie, 23 JP Pietersen.
Nova Zelândia: 15 Israel Dagg, 14 Ben Smith, 13 Conrad Smith, 12 Malakai Fekitoa, 11 Julian Savea, 10 Beauden Barrett, 9 Aaron Smith, 8 Kieran Read, 7 Richie McCaw (c), 6 Jerome Kaino, 5 Sam Whitelock, 4 Jeremy Thrush, 3 Owen Franks, 2 Keven Mealamu, 1 Joe Moody.
Suplentes: 16 Dane Coles, 17 Ben Franks, 18 Charlie Faumuina, 19 Steven Luatua, 20 Liam Messam, 21 Tawera Kerr-Barlow, 22 Colin Slade, 23 Ryan Crotty.
19h40 – Argentina x Austrália, em Mendoza
Árbitro: Nigel Owens (Gales)
Argentina: 15 Joaquin Tuculet, 14 Juan Imhoff, 13 Horacio Agulla, 12 Juan Martin Hernández, 11 Lucas González Amorosino, 10 Nicolás Sanchez, 9 Martin Landajo, 8 Leonardo Senatore, 7 Benjamin Macome, 6 Rodrigo Baez, 5 Tomas Lavanini, 4 Mariano Galarza, 3 Nahuel Tetaz Chaparro, 2 Agustin Creevy (c), 1 Marcos Ayerza.
Suplentes: 16 Matias Cortese, 17 Bruno Postiglioni, 18 Ramiro Herrera, 19 Matias Alemanno, 20 Javier Ortega Desio, 21 Tomás Cubelli, 22 Marcelo Bosch, 23 Jeronimo De la Fuente.
Austrália: 15 Israel Folau, 14 Adam Ashley-Cooper, 13 Tevita Kuridrani, 12 Matt Toomua, 11 Joe Tomane, 10 Bernard Foley, 9 Nick Phipps, 8 Scott Higginbotham, 7 Michael Hooper (c), 6 Scott Fardy, 5 James Horwill, 4 Sam Carter, 3 Sekope Kepu, 2 Saia Fainga’a, 1 James Slipper.
Suplentes: 16 Josh Mann-Rea, 17 Benn Robinson, 18 Ben Alexander, 19 Will Skelton, 20 Jake Schatz, 21 Matt Hodgson, 22 Nic White, 23 Rob Horn.
t.
E você ficou empolgado com a possibilidade de assistir aos grandes craques do rugby mundial direto do estádio? A Nascimento Turismo leva você! Saiba mais sobre tudo o que a Nascimento Turismo preparou para esse grande campeonato.