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Retorna a Série Mundial de Sevens! O circuito mundial masculino de seven-a-side volta às disputas nesse fim de semana com sua penúltima etapa em Glasgow, na Escócia, país criador da modalidade.
O Glasgow Sevens de 2013 será decisivo: ao final da etapa, as três piores seleções da classificação geral da temporada serão relegados à disputa contra o rebaixamento na próxima e última etapa, em Londres, nos dias 11 e 12 de maio. Os três piores da temporada enfrentarão Zimbábue, Geórgia, Rússia, Tonga e Hong Kong em um torneio paralelo – o chamado Torneio Qualificatório – valendo três vagas na elite do sevens mundial da próxima temporada.
Além da luta contra a degola, o torcedor que comparecer ao Scotstoun Stadium, casa do Glasgow Warriors, poderá ver o título da temporada sendo definido com um torneio de antecedência, caso a Nova Zelândia some termine ao menos em 9º lugar, isto é, campeão do Plate. Ou seja, se os All Blacks se garantiram entre os dois primeiros colocados de seu grupo já serão automaticamente campeões da temporada 2012-13 da Série Mundial de Sevens.
O torneio terá transmissão ao vivo do BandSports no domingo. Para conferir os horários, clique aqui.
Para seguir sonhando com o título
O Grupo A é o grupos mais equilibrado do torneio e colocará à prova três das melhores seleções do mundo. Desfalcado de dois de seus grandes astros, Cecil Afrika e Branco Du Preez, a África do Sul vai à Escócia em busca de um milagre. Vice-líder da classificação geral, a África do Sul tem como obrigação se sagrar campeã do Glasgow Sevens para ainda ter alguma chance de título. Porém, as chances são quase nulas, já que para isso ocorrer a Nova Zelândia não poderá se garantir nas quartas-de-final do torneio. O que jamais ocorreu. Ainda assim, os Blitzboks, campeões da etapa do Japão, jogam em nome da honra e apostam no matador Cornal Hendricks e no retorno de Paul Delport para superaram os rivais samoanos e quenianos no grupo.
Samoa aparece como a segunda força, ocupando hoje a quarta posição da classificação geral. Apesar de ter um elenco forte no papel, com grandes nomes, os samoanos decepcionaram no torneio de Tóquio, em março, e buscam a reabilitação. Competindo em igualdade com os samoanos vem a seleção do Quênia, que, à semelhança de Samoa, fez ótimas campanhas até aqui, mas fracassou na etapa passada, terminando com a péssima 12ª posição. Completando o grupo vem o Canadá, 13º colocado em Tóquio, mas munido do maior pontuador da temporada, Nathan Hirayama.
Para levantar a taça
A Nova Zelândia vai à terra natal do sevens para levantar seu 11ª título da Série Mundial de Sevens e o 3º consecutivo. As chances dos All Blacks perderem a taça são ínfimas: a equipe precisa somente terminar entre os dois melhores do Grupo B. Com 32 pontos de vantagem sobre a vice-líder África do Sul, a vida da Nova Zelândia está ainda mais tranquila por conta do modelo de disputa do sevens de Londres, que garante no mínimo 5 pontos ao último colocado do torneio principal, que contará com somente 12 times. Em Glasgow, os neozelandeses, que serão capitaneados por Tim Mikkelson, são favoritos absolutos no grupo, mas terão pela frente três times que já lhes complicaram algumas partidas: Inglaterra, Escócia e Portugal.
Os três times que concorrem com os All Blacks vão mal no campeonato. Porém, ninguém tem dúvidas do potencial dos ingleses, de Dan Norton e Lewis-Pratt, dois dos cinco maiores pontuadores até aqui da temporada, que contam com o retorno de Tom Mitchell, recuperado de lesão. Junto dos ingleses, os escoceses aparecem na briga para frustrar os neozelandeses, e vem de uma boa sexta posição conquista em Tóquio. Para a Escócia, além do estímulo da torcida, o maior incentivo no torneio é escapar do Torneio Qualificatório de Londres. Para tal, os escoceses precisam terminar o torneio à frente dos Estados Unidos. Assim, a classificação às quartas-de-final se torna um objetivo de sobrevivência. Por fim, Portugal nutre poucas esperanças de fugir do Qualificatório de Londres, mas busca uma boa campanha em Glasgow, sobretudo por contar com força máxima para o torneio.
Para finalizar em alta
Já praticamente sem chances de título, Fiji vai à Escócia querendo encerrar bem a temporada, de preferência com mais um título, para terminar 2012-13 com mais conquistas de torneios do que os neozelandeses, prováveis campeões do circuito. Os fijianos contarão com o retorno de atletas de renome, como Lepani Botia e Setefano Cakau. Na briga direta com Fiji estão Austrália e Argentina, que fizeram campanhas regulares ao longo da temporada. Os australianos, no entanto, foram muito bem em Tóquio, terminando em terceiro lugar, o que lhes garante certa vantagem sobre os Pumas, que fizeram fraca campanha no Japão. Para reforçar os Thunderbolts, os Allan Fa’alava’au e Jordon Tuapou retornam de lesão. Os argentinos, por sua vez, também contarão com retornos, de Joaquín Díaz Bonilla, Francisco Merello, Diego Palma e Ignacio Pasman. O que significa que os sul-americanos terão sangue renovado para termnarem em alta a temporada. Por fim, a Espanha, última colocada do circuito, já se pensa no torneio de Londres, e usará Glasgow como preparação para se manter na elite mundial.
Pensando no futuro
O Grupo D contará com três seleções que já pensam na Copa do Mundo de Sevens e uma que se foca em sua salvação no circuito. Os Estados Unidos irão à Escócia pensando justamente em se livrar do Torneio Qualificatório de Londres e frustrar a torcida local, por ter justamente como principal concorrente a Escócia. Estadunidenses e escoceses somam o mesmo número de pontos na classificação geral e um estará de olho no outro nessa briga direta. Os Estados Unidos fizeram um grande torneio em Tóquio e venceram a Escócia na inesperada disputa pelo quinto lugar, para chegarem com moral a Glasgow. A sorte das Águias é de terem caído em um grupo acessível, que tem como principais forças França e Gales, de muitos altos e baixos ao longo da temporada.
Os galeses fizeram uma campanha terrível em Tóquio, terminando no último lugar, após terem sido vice-campeões em Hong Kong. Para renascer em Glasgow, os galeses apostam nos garotos Knoyle e Warren que entram na equipe. Já os franceses, que terminaram na quarta posição em Tóquio, buscam uma nova grande campanha para ganharem moral até a Copa do Mundo, que desde já é seu grande objetivo. O retorno do maestro Terry Bouhraoua será imprescindível para a campanha dos Bleus. Fechando o grupo, a Rússia é a convidada da etapa, e vai ao torneio com a cabeça na etapa de Londres e no Mundial, que será realizado em Moscou. O time russo mostrou muito potencial em Hong Kong e encara Glasgow como uma preparação para seus dois grandes desafios do ano: subir para a elite da Série Mundial de Sevens e fazer um bom papel na Copa do Mundo. Olho neles.
Glasgow Sevens – 8ª etapa da Série Mundial de Sevens 2012-13 – em Glasgow, Escócia
Grupo A: África do Sul, Samoa, Quênia e Canadá
Grupo B: Nova Zelândia, Escócia, Inglaterra e Portugal
Grupo C: Austrália, Fiji, Argentina e Espanha
Grupo D: França, Estados Unidos, País de Gales e Rússia
Estádio: Scotstoun Stadium (capacidade: 15,000 espectadores)
