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Mendoza testemunhou um dos maiores resultados da história do rugby argentino. Desde 2012 jogando entre os grandes do Hemisfério Sul no Rugby Championship, a Argentina ainda não havia sentido o gostinho de uma vitória, mas ela finalmente aconteceu. No mesmo palco do melhor resultado dos Pumas na competição até então, o empate de 2012 com os Springboks, os Pumas se impuseram, mostrando força de conjunto e dominaram os Wallabies por completo no pack de forwards, virando o placar, depois de sair perigosamente atrás no primeiro tempo. Como esperado, foi a Austrália a primeira seleção a ser derrotada pela Argentina. 21 x 17.
O primeiro try australiano saiu rápido, na primeira boa ação de mãos, após o erro de Hernández. Kuridrani achou espaço com muita facilidade entre o ponta e o centro argentinos, passou por Agulla e anotou, 7 x 0, sem delongas. A Argentina não entrou no jogo e seguiu com muitos erros no tackle, permitindo a Higginbothan anotar o segundo try aos 13′, rompendo pelo meio a defesa, 14 x 0.
A Austrália diminuiu seu ritmo e o pack argentino começou a ganhar terreno, com 95% de sucesso nos rucks, assegurando maior posse e território para os Pumas, mas sem grande inspiração. Aos 23, Sánchez poderia ter aberto o placar, mas errou penal. Enfim, aos 35′, a paciência argentina de fazer fase a fase nas 22 foi premiada, com rápida troca de passes até Senatore, na ponta, mergulhar para o primeiro try, mas sem conversão. No minuto final, Sánchez reduziu a diferença com penal para a Argentina, colocando 14 x 8 no placar.
O segundo tempo começou com prejuízo para a Austrália, com Phipps recebendo cartão amarelo. Sánchez arrematou com precisão o penal e colocou 11 x 14 no placar. Mesmo com um a menos, os Wallabies foram para cima e quase conseguiram seu try, com Foley tirando do ruck e mergulhando no in-goal, mas sem conseguir apoiar a bola no chão (com TMO sendo inconclusivo). Passado o susto, a Argentina voltou a ter suas chances, muito superior no jogo de contato. Controlando a bola no ataque, foi uma questão de tempo até a transição ser feita e a bola chegar rápida na ponta para Imhoff. Virada no placar, 18 x 17.
A situação se deteriorou contra a Austrália e Folau quase recebeu amarelo, com Nigel Owens voltando atrás de sua decisão de colocar o fullback para fora, pois, apesar de cometer o penal, o atleta fora empurrado ao derrubar no ar o jogador argentino. Sánchez teve pouco depois a chance de ampliar, mas perdeu o penal. Os Wallabies também tiveram chance com penal, crucial, aos 67′, mas Foley desperdiçou a chance de quase 50 metros. E repetiu o mau desempenho acertando a trave em penal fácil, aos 70′.
A Argentina também desperdiçou penal nos minutos derradeiros, com Bosch arriscando de 58 metros. As chances australianas minguaram com Hooper recebendo amarelo aos 73′. E Sánchez deu a cartada final com penal que deu 4 pontos de frente aos Pumas. Exausta depois de infindáveis horas de avião e muita pressão dos avançados sul-americanos, a Austrália sucumbiu no Estádio Malvinas Argentinas. 21 x 17, placar final, com os Pumas voltando a bater os Wallabies pela primeira vez desde 1997, quando pela última vez haviam vencido os aussies.
A Austrália ainda tem mais um desafio neste mês: enfrenta a Nova Zelândia, pelo terceiro jogo da Bledisloe Cup, no dia 18, em Brisbane. Depois, em novembro, a Austrália vai à Europa e enfrenta Barbarians, no dia 1, Gales, no dia 8, França, no dia 15, Irlanda, no dia 22, e Inglaterra, no dia 29. Já a Argentina vai à Europa para pegar a Escócia, no dia 8 de novembro, Itália, no dia 15, e França, no dia 22.
21
17 
Argentina 21 x 17 Austrália, em Mendoza
Árbitro: Nigel Owens (Gales)
Argentina
Tries: Senatore e Imhoff
Conversões: Sánchez (1)
Penais: Sanchez (3)
15 Joaquin Tuculet, 14 Juan Imhoff, 13 Horacio Agulla, 12 Juan Martin Hernández, 11 Lucas González Amorosino, 10 Nicolás Sanchez, 9 Martin Landajo, 8 Leonardo Senatore, 7 Benjamin Macome, 6 Rodrigo Baez, 5 Tomas Lavanini, 4 Mariano Galarza, 3 Nahuel Tetaz Chaparro, 2 Agustin Creevy (c), 1 Marcos Ayerza.
Suplentes: 16 Matias Cortese, 17 Bruno Postiglioni, 18 Ramiro Herrera, 19 Matias Alemanno, 20 Javier Ortega Desio, 21 Tomás Cubelli, 22 Marcelo Bosch, 23 Jeronimo De la Fuente.
Austrália
Tries: Kuridrani e Higginbothan
Conversões: Foley (2)
Penais: Foley (1)
15 Israel Folau, 14 Adam Ashley-Cooper, 13 Tevita Kuridrani, 12 Matt Toomua, 11 Joe Tomane, 10 Bernard Foley, 9 Nick Phipps, 8 Scott Higginbotham, 7 Michael Hooper (c), 6 Scott Fardy, 5 James Horwill, 4 Sam Carter, 3 Sekope Kepu, 2 Saia Fainga’a, 1 James Slipper.
Suplentes: 16 Josh Mann-Rea, 17 Benn Robinson, 18 Ben Alexander, 19 Will Skelton, 20 Jake Schatz, 21 Matt Hodgson, 22 Nic White, 23 Rob Horn.
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