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Entramos na semana da largada do Rio 2016! Quarta e quinta tem futebol, na sexta a abertura e no sábado já largam uma infinidade de competições, entre elas o nosso rugby sevens. Hoje, encerramos a nossa série de prévia do torneio masculino com o Grupo C, quem tem a poderosa Nova Zelândia, campeã da última Copa do Mundo de Sevens (2013) e maior campeã da Série Mundial, as fortes Grã-Bretanha e Quênia e o azarão Japão. Quais as chances de cada um? Descubra já!
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Nova Zelândia
Apelido: All Blacks Sevens
Classificação 2015-16: 3º lugar
Títulos mundiais: Copa do Mundo de Sevens de 2001 e 2013 / Série Mundial de Sevens de 1999-00, 2000-01, 2001-02, 2002-03, 2003-04, 2004-05, 2006-07, 2007-08, 2010-11, 2011-12, 2012-13 e 2013-14 / Ouro nos Jogos da Commonwealth de 1998, 2002, 2006 e 2010, Prata em 2014
Títulos de etapas: África do Sul (2000, 2001, 2004, 2006, 2007, 2009, 2010, 2011, 2012), Nova Zelândia (2003, 2004, 2005, 2008, 2011, 2012, 2014, 2015, 2016), Hong Kong (2000, 2001, 2008, 2011, 2014), Inglaterra (2001, 2002, 2007, 2013, 2014), Dubai (1999, 2000, 2007, 2009), Escócia (2007, 2008, 2012, 2014), França (2000, 2004), Japão (2001, 2008), Gales (2001, 2002), Singapura (2002, 2005), Estados Unidos (2005, 2008), Austrália (2013, 2016), Canadá (2016), Chile (2002), China (2002), Uruguai (1999), Fiji (2000) e Malásia (2002).
Técnico: Gordon Tietjens
Elenco: Scott Curry (c), Sam Dickson, DJ Forbes, Akira Ioane, Rieko Ioane, Gillies Kaka, Tim Mikkelson, Augustine Pulu, Teddy Stanaway, Regan Ware, Joe Webber e Sonny Bill Williams
Prévia: Potência hegemônica da Série Mundial de Sevens, com 12 títulos mundiais ao longo de 17 temporadas, além de atual campeã da Copa do Mundo de Sevens, a Nova Zelândia sempre será uma das grandes favoritas ao título de qualquer torneio. Os All Blacks, no entanto, não chegarão ao Rio em seu melhor, afinal, foi Fiji quem ficou com os títulos das duas últimas temporadas. Em 2015-16, os neozelandeses não brilharam tanto, terminar em terceiro lugar geral, mas venceram nada menos que três etapas, o mesmo número que o campeão Fiji. Isso prova que a Nova Zelândia segue sendo candidatíssima ao ouro. E seu elenco é fortíssimo, liderado pelo lendário técnico Sir Gordon Tietjens, campeão de tudo com a equipe, no cargo desde 1994 (22 anos!).
A capitania dos All Blacks no Rio ficará com Scott Curry, mas os líderes morais do time são seus capitães históricos DJ Forbes (com 78 torneios nas costas pela Nova Zelândia e melhor do mundo de 2008) e Tim Mikkelson (maior artilheiro de tries da história da equipe e melhor do mundo de 2013). A eles se somam outros dois remanescentes do título da Copa do Mundo de Sevens de 2013, Sam Dickson e Gillies Kaka. Entretanto, certamente, a imprensa internacional estará de olho em outro nome: Sonny Bill Williams, que pode ainda não ser o grande destaque do sevens neozelandês, mas é um superastro do esporte mundial, campeão do mundo com os All Blacks no XV em 2011 e 2015 (quando protagonizou a imagem do ano ao entregar sua medalha de campeão a um garoto que entrou no campo após a partida) e vice campeão mundial no Rugby League, além de boxeador de sucesso. SBW é uma maquina esportiva que vai em busca do título que não tem e que o colocaria como o único homem no mundo campeão da Copa do Mundo de Rugby (XV) e medalhista de ouro dos Jogos Olímpicos.
A Nova Zelândia ainda terá os jovens irmãos Rieko (de apenas 19 anos e maior artilheiro de tries dos All Blacks Sevens na temporada, com 28) e Akira Ioane (que brilhou no Mundial M20 de 2015) completam a lista de nomes a serem observados de muito perto no time preto. “Corpo mole”, “amarelão”, “crise”, “evolução dos rivais”, muito se tentou justificar o por que do terceiro da Nova Zelândia em 2015-16. Mas, com tantos títulos nas costas e tantos astros ninguém pode negar: eles vieram ao Brasil para subirem no lugar mais alto do pódio. Os olhos (e a pressão) estarão sobre eles, como sempre.
Grã-Bretanha
Apelido: –
Classificação 2015-16: 8º lugar (Inglaterra) / 10º lugar (Escócia) / 12º lugar (Gales)
Títulos mundiais: Copa do Mundo de Sevens de 1993 (Inglaterra) e 2009 (Gales) / Prata nos Jogos da Commonwealth de 2006 (Inglaterra)
Títulos de etapas (Inglaterra): Hong Kong (2002, 2003, 2004, 2006), Dubai (2004, 2005, 2010, 2011), Inglaterra (2003, 2004, 2009), Nova Zelândia (2009, 2013), Estados Unidos (2006), África do Sul (2003), Austrália (2002) e Japão (2015)
Títulos de etapas (Escócia): Inglaterra 2016
Técnico: Simon Amor
Elenco: Mark Bennett, Dan Bibby, Phil Burgess, Sam Cross, Alex Davis, James Davies, Ollie Lindsay Hague, Tom Mitchell (c), Dan Norton, James Rodwell, Mark Robertson e Marcus Watson;
Prévia: O técnico Simon Amor não teve uma temporada nada fácil com a Inglaterra na Série Mundial. Muitas lesões e péssimas atuações levaram os ingleses ao amargo 8º lugar geral da temporada, acima de Escócia e Gales, é verdade, mas sem nenhum brilho. A Inglaterra não venceu nenhuma etapa na temporada, ao contrário da Escócia, que brilhou em Londres e faturou um título inesperado, o primeiro de sua história no circuito. Ainda assim, Amor optou por fazer da Inglaterra a base de sua seleção e não convocou nenhum atleta daquela seleção escocesa vitoriosa. O único escocês chamado pelo treinador é talvez o nome mais famoso do time, mas que fez sua fama no XV, atuando brilhantemente pela Escócia na Copa do Mundo de 2015: Mark Bennett, eleito “a revelação” do Mundial. Dois galeses ainda completam o grupo (Sam Cross e James Davies) que tem nada menos que nove ingleses, com destaques para o ídolo Dan Norton, quarto maior fazedor de tries da história do circuito (210), o capitão Tom Mitchell e o bom Ollie Lindsay Hague, dos Harlequins.
Os britânicos mostraram sinais de evolução vencendo o Grand Prix Europeu, mas virão ao Brasil correndo por fora. No currículo, o time é grande, mas não vinha convenção até o momento.
Quênia
Apelido: –
Classificação 2015-16: 7º lugar
Títulos: Singapura 2016
Técnico: Benjamin Ayimba
Elenco: Biko Adema, Willie Ambaka, Andrew Amonde (c), Oscar Ayodi, Collins Injera, Humphrey Kayange, Augustine Lugonzo, Bush Mwale, Billy Odhiambo, Samuel Oliech, Dennis Ombachi e Oscar Ouma.
Prévia: Quênia é forte candidato a ser uma das sensações do Rio 2016, tendo em seu currículo um terceiro e um quarto lugar nas duas últimas edições da Copa do Mundo de Sevens (2009 e 2013), o que o credencia a correr por fora por ma medalha, com certeza. O time africano virou manchete neste ano vencendo pela primeira vez em sua história uma etapa da Série Mundial, ao subir no lugar mais alto do torneio de Singapura. Os quenianos, no entanto, foram muito irregulares em 2015-16, tendo acabado uma etapa (Vancouver) em último lugar e o último torneio (Londres) com o fraquíssimo 13º lugar.
No seu melhor, os quenianos têm nível para lutarem por pódio e assustarem todos os grandes candidatos, mas quando não estão bem despencam bruscamente. Para uma grande campanha no Rio, o time do técnico Benjamin Ayimba precisará de toda a experiência que seus grandes nomes têm, a começar pelo craque Collins Injera, que neste ano se tornou o maior anotador de tries da história do sevens mundial, superando a lenda argentina Santiago Gómez Cora. E o Quênia ainda tem o irmão de Injera, outro veterano e também máquina de tries Humphrey Kayange, além dos rodados Andrew Amonde (capitão), Oscar Ouma, Willie Ambaka e Oscar Ayodi, todos de grande experiência em competições grandes. O Quênia é forte, veloz, duro no contato. Será um páreo difícil e levará grandes problemas a neozelandeses e britânicos na busca pelas quartas de final. Para muitos, os quenianos são a segunda força da chave.
Japão
Apelido: –
Classificação 2015-16: 15º lugar
Títulos: Jogos Asiáticos de 2006, 2010 e 2014 / Torneio Qualificatório de Hong Kong (2ª divisão mundial) em 2014 e 2016
Técnico: Tomohiro Segawa
Elenco: Kameli Seojima, Yusaku Kuwazuru (c), Lote Tuqiri, Katsuyuki Sakai, Shohei Toyoshima, Lomano Lemeki , Masakatsu Hikosaka, Kazushi Hano, Teruya Goto, Yoshitaka Tokunaga, Kenki Fukuoka e Kazuhiro Goya
Prévia: Campeão do Qualificatório do Hong Kong Sevens, a 2ª divisão mundial, o Japão chega ao Brasil com poucas ambições, sendo a quarta força de seu grupo. Porém, a história recente do rugby japonês é de pura superação. Não é preciso lembrar da histórica vitória japonesa na última Copa do Mundo de Rugby (XV) contra a África do Sul (apenas um atleta daquele time está na seleção de sevens, Kenki Fukuoka), que já provou a evolução do rugby nipônico. Basta lembrar a campanha feita pelos japoneses nas etapas que foram convidados da última temporada. O Japão jogou a Série Mundial de Sevens como seleção central em 2014-15, mas foi rebaixado. O World Rugby convidou os japoneses para cinco torneios de 2015-16 e eles fizeram barulho em Las Vegas, tornando-se a primeira seleção convidada a alcançar as quartas de final de um torneio da elite no atual formato, acabando com o incrível sexto lugar geral, depois de empate com a Inglaterra e vitórias sobre Escócia e Quênia. Resultados mais do que importantes tendo justamente britânicos e quenianos pela frente. Lomano Lemeki, neozelandês de nascimento, Lote Tuqiri e Kameli Seojima, fijianos de nascimento, são os nomes de maior perigo do time asiático. Olho neles, pois a surpresa sempre pode vir do lado da Terra do Sol Nascente.
Jogos:
Terça-feira, dia 09 de agosto
12h00 – Grã-Bretanha x Quênia
12h30 – Nova Zelândia x Japão
17h00 – Grã-Bretanha x Japão
17h30 – Nova Zelândia x Quênia
Quarta-feira, dia 10 de agosto
12h00 – Quênia x Japão
12h30 – Nova Zelândia x Grã-Bretanha