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Em entrevista ao jornal argentino La Nación, o ex-Puma e diretor da União Argentina de Rugby, Agustín Pichot, assegurou que a Argentina e Cingapura são os mais novos integrantes do Super Rugby em 2016, quando a competição passará a contar com 18 equipes – as 15 equipes atuais, uma sexta equipe sul-africana, e os dois novos membros.
O anúncio da aceitação de uma equipe argentina pela SANZAR já havia sido feito em fevereiro, mas a entrada oficial da equipe argentina, possivelmente mantendo o nome Pampas XV, ainda necessitava da assinatura final dos três membros da SANZAR: União Sul-Africana de Rugby (SARU), União Australiana de Rugby (ARU) e União Neozelandesa de Rugby (NZRU). De acordo com Pichot, que esteve em viagem por África e Oceania no último mês, todas as entidades envolvidas já confirmaram o aceite da entrada argentina não apenas no Super Rugby, mas como uma quarta sócia da SANZAR, a entidade que organiza The Rugby Championship e Super Rugby – até pelo menos 2020.
O diretor argentino revelou que a União Argentina de Rugby terá controle de 51% da nova franquia do país no Super Rugby, com 49% sendo da iniciativa privada. O time será todo formado por atletas argentinos, que deverão ser a base dos Pumas, com 40 atletas diretamente contratados pelo UAR.
A outra novidade revelada por Pichot foi a entrada no Super Rugby de uma equipe baseada em Cingapura, o Asia-Pacific Dragons, completando 18 integrantes. A entrada de Cingapura na liga atende aos interesses de expansão do mercado atingido pela competição, que incorporará o país com maior renda per capta de todo o Leste da Ásia e o oitavo com maior renda per capta do mundo. Com cerca de 5,4 milhões de habitantes e próxima da Austrália, Cingapura é uma cidade-Estado que, apesar do poderio econômico, não conta com grandes equipes esportivas. A inauguração de um moderno estádio para 55 mil pessoas na cidade – que deverá receber alguns jogos da Copa do Mundo de 2019 – alimentou a busca por uma equipe que levasse a Cingapura eventos de alto nível e sua equipe no Super Rugby deverá representar o rugby de toda a zona da Ásia-Pacífico. Pelo fato da seleção de rugby de Cingapura ser fraca, ocupando apenas a 55ª posição do ranking mundial, o novo Asia-Pacific Dragons deverá contar com atletas de países mais fortes da região, como Japão, Fiji, Samoa e Tonga, assim como de australianos, neozelandeses e mesmo argentinos.
O anúncio oficial da entrada dos dois times só será feito em junho, uma vez que a SANZAR ainda não definiu qual será o novo formato de disputa do Super Rugby com 18 equipes.
Fonte: Argentina 2023
FIRA-AER afirma não ter recebido contato da organização da nova Champions Cup
Já na Europa, com o anúncio oficial da criação da nova Rugby Champions Cup, a nova entidade organizadora do rugby internacional de clubes do continente, a EPRC, estabeleceu que a Challenge Cup, a segunda competição europeia, destinará duas vagas a equipes vindas de uma terceira competição a ser criada, o chamado Torneio Qualificatório, que seria disputada em setembro envolvendo representantes dos países que disputam o Europeu de Nações, como Geórgia, Romênia, Rússia, Espanha e Portugal, além de incorporar equipes do Eccellenza italiano. De acordo com a EPRC, o Torneio Qualificatório seria organizado pela FIRA-AER, a Associação Europeia de Rugby, organizadora de todas as competições de seleções do continente abaixo do Six Nations. Entretanto, em nota oficial, o presidente da FIRA-AER, Octavian Morariu, afirmou que a entidade não recebeu qualquer contato da EPRC, afirmando também que qualquer competição que pretenda se dizer europeia não poderia prescindir da entidade da única entidade que representa todas as 48 uniões/federações de rugby do continente (a FIRA-AER). Alfinetada de boas-vindas e garantia de mais negociações.
Fonte: FIRA-AER