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Chegou a hora de pensar em seven-a-side, porque vai começar nessa sexta-feira a Série Mundial de Sevens Masculina, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Enquanto o torneio feminino rola quinta e sexta, com o Brasil em campo, o masculino ganha lugar sexta e sevens no imponente estádio The Sevens, com seus 50 mil lugares, abrindo a temporada 2015-16, tão aguardando por dar um sabor de Jogos Olímpicos aos próximos meses. Favoritismo? Olho em Fiji, campeão de 2014-15, Nova Zelândia, a maior campeã da história do circuito, e reforçada para esta temporada, e na África do Sul.
O Dubai Sevens masculino contará com 16 seleções, sendo as 15 seleções fixas do circuito, que disputarão todas as etapas, e o Japão, rebaixado na temporada passada e convidado para o torneio inaugural desta temporada. Com isso, em Dubai todas as 11 seleções que já se garantiram no Rio 2016 estarão em campo. Olho agora em Samoa, Canadá e Rússia, que iniciam a temporada sabendo que em junho de 2016 terão a última chance de carimbarem vaga nos Jogos Olímpicos, no Pré-Olímpico Mundial. Portugal é a única seleção em campo que já não tem mais chances de ir ao Rio 206, ao passo que Gales, Escócia e Inglaterra jogarão como uma seleção só, a da Grã-Bretanha, no Rio de Janeiro.
As finais do torneio de Dubai serão exibidas pelo BandSports no sábado (horários a confirmar).
A temporada 2015-16
A Série Mundial de Sevens 2015-16 deverá ser a mais bem sucedida da história. O circuito, que vai de dezembro a maio, contará com dez torneios ao redor do mundo, uma a mais que em 2014-15, mas novas cidades entraram para a temporada, mudando a cara do circuito, cada vez mais baseado em cidades globais. As novidades são a Cidade do Cabo, que substituirá Porto Elizabeth como a sede sul-africana; Sydney, substituindo Gold Coast no torneio australiano; Vancouver, inaugurando o torneio canadense; Cingapura, substituindo Tóquio; e Paris, recriando a etapa francesa, no lugar de Glasgow.
A temporada contará com 15 seleções fixas, que disputarão todos os torneios, e o primeiro colocado na soma dos pontos ao final das dez etapas será o campeão, ao passo que o último colocado será rebaixado. Nos dias 8, 9 e 10 de abril, Hong Kong receberá, além da competição principal do circuito, o torneio da segunda divisão, reunindo 12 seleções, duas de cada continente, que jogarão pelo título e promoção à condição de seleção fixa de 2016-17. Na América do Sul, o torneio qualificatório para Hong Kong acontece em Viña del Mar, no Chile, nos dias 16 e 17 de janeiro, com o Brasil atrás da vaga.
O que esperar do Dubai Sevens 2015?
Com o caminho para o Rio 2016 no visor, é hora de saber o que esperar de cada time para o primeiro torneio. No Grupo A, Fiji aparece como o grande favorito e muita atenção se volta ao time do técnico Ben Ryan, campeão de 2014-15. Kolinisau, capitão do título, segue no time, assim como os artilheiros Kunatani e Rawaqa.
Correndo por fora vem Canadá, campeão dos Jogos Pan-Americanos, mas que falhou em obter a vaga antecipada ao Rio 2016, e Argentina, que decepcionou no Pan. Os canadenses depositam grande importância no circuito para preparar a equipe para a chance derradeira de ir aos Jogos Olímpicos, e contarão com cinco atletas que jogaram a Copa do Mundo de XV: John Moonlight, Harry Jones, Phil Mack, Conor Trainor e Nathan Hirayama. A Argentina, por sua vez, do técnico Santiago Gomez Cora, terá um misto de experiência e juventude, com sete atletas medalhistas de prata no Pan e cinco debutantes. O Japão completa o grupo e tem menos chances, apesar de toda a evolução do time de XV.
No Grupo B, as atenções estão sobre a vice-campeã mundial África do Sul, que parece ainda mais forte nesta temporada, em busca de ganhar confiança para o Rio 2016. Apesar de sempre estar entre as favoritas, a África do Sul vem decepcionando nas temporadas, começando bem, mas “morrendo na praia”. Para Dubai, os Springboks terão dois nomes bem conhecidos do XV, François Hougaard e Juan de Jongh, já de olho nos Jogos Olímpicos. Eles se juntam a Werner Kok, eleito o melhor do mundo de 2015 no sevens, ao capitão Kyle Brown, Cecil Afrika, Kwagga Smith, Seabelo Senatla, Chris Dry, entre outros nomes de confiança do técnico Neil Powell. Ausência para o lesionado Branco du Preez e o veterano Frankie Horne.
Escócia e Samoa correm por fora, com Samoa buscando recuperar a boa forma para jogar em junho por vaga nos Jogos Olímpicos. Os samoanos vem acumulando campanhas decepcionantes, a última sendo o Oceania Sevens, quando perderam por 41 x 0 para Tonga, que não tem tradição no jogo reduzido. Já os escoceses evoluíram muito na última temporada e não têm a pressão da preparação para o Rio 2016. A Rússia, recém promovida à elite do sevens masculino, completa o grupo e tem muita expectativa em cima de si, pois em ano olímpico os russos estão investindo.
No Grupo C, quem comanda é a poderosa Nova Zelândia, do técnico Sir Gordon Tietjens, duodecacampeã do circuito. Os All Blacks não tiveram uma grande temporada em 2014-15 e mostraram certo declínio com o Rio 2016 no horizonte. Maus presságios? Não necessariamente, ainda mais que os neozelandeses agregaram bons nomes ao elenco, como Augustine Pulu, que jogou o Super Rugby pelos Chiefs. Scott Curry será o capitão da primeira etapa, mas os veteranos vencedores DJ Forbes e Tim Mikkelson seguem no time. Sonny Bll Williams e Liam Messam estão de férias após o Mundial e deverão integrar o elenco apenas no ano que vem.
O grande concorrente do Grupo C parecem ser os Estados Unidos, que terminaram a temporada 2014-15 de forma esplêndida, conquistando o título inédito do torneio de Londres. Às vésperas do Rio 2016, as Águias estavam voando, mostrando uma condição física fabulosa, no nível de um time campeão. Mas, no Pan, a equipe não repetiu a atuação de Londres e ficou só com o bronze. Madison Hughes segue como o capitão, com nomes como Perry, Baker, Isles, Niua e Test entre os destaques. A França é a terceira força, indo a mais uma temporada com o sentimento de que ainda não atingiu todo o seu potencial. Os Bleus foram bem no Grand Prix europeu, faturando o título, mas o elenco é o mesmo que está devendo na Série Mundial. Por fim, Portugal completa o grupo e é o time mais cotado para ser rebaixado no circuito, estando em decadência após sequer conseguir vaga para o Pré-Olímpico Mundial.
No Grupo D, Austrália e Inglaterra são as grandes forças. Os ingleses, capitaneados por Tom Mitchell, mantiveram a base da seleção que mostrou evolução na última temporada, garantindo o quarto lugar geral e a vaga no Rio 2016. Já a Austrália se reforçou para dar um salto de qualidade, trazendo o ponta Henry Speight, dos Wallabies e dos Brumbies. Gales e Quênia correm por fora completando o grupo após temporadas decepcionantes. Gales terá novo capitão, Luke Treharne, e joga sem pressão de se preparar para o Rio 2016, enquanto o Quênia comemorou o retorno de Willy Ambaka, o “Lomu Queniano”. O veterano Collins Injera segue liderando o time.
Dubai Sevens – 1ª etapa da Série Mundial de Sevens Masculina 2015-16 – em Dubai, Emirados Árabes Unidos
Grupo A: Fiji, Argentina, Canadá e Japão
Grupo B: África do Sul, Escócia, Samoa e Rússia
Grupo C: Nova Zelândia, Estados Unidos, França e Portugal
Grupo D: Inglaterra, Austrália, Gales e Quênia
Sexta-feira, dia 4 de dezembro
*Das 03h00 às 15h00, hora de Brasília
Fiji x Canadá
Argentina x Japão
África do Sul x Samoa
Escócia x Rússia
Nova Zelândia x França
Estados Unidos x Potugal
Inglaterra x Gales
Austrália x Quênia
Fiji x Japão
Argentina x Canadá
África do Sul x Rússia
Escócia x Japão
Nova Zelândia x Portugal
Estados Unidos x França
Inglaterra x Quênia
Austrália x Gales
Fiji x Argentina
Canadá x Japão
Samoa x Rússia
África do Sul x Escócia
França x Portugal
Nova Zelândia x Estados Unidos
Gales x Quênia
Inglaterra x Austrália
Sábado, dia 5 de dezembro
*Das 03h30 às 13h40, hora de Brasília
Finais
Série Mundial de Sevens Masculina 2015-16
Etapa 1 – Dubai (Emirados Árabes) – 4 e 5 de dezembro
Etapa 2 – Cidade do Cabo (África do Sul) – 12 e 13 de dezembro
Etapa 3 – Wellington (Nova Zelândia) – 30 e 31 de janeiro
Etapa 4 – Sydney (Austrália) – 6 e 7 de fevereiro
Etapa 5 – Las Vegas (Estados Unidos) – 4 a 6 de março
Etapa 6 – Vancouver (Canadá) – 12 e 13 de março
Etapa 7 – Hong Kong (China) – 8 a 10 de abril
Etapa 8 – Cingapura – 16 e 17 de abril
Etapa 9 – Paris (França) – 14 e 15 de maio
Etapa 10 – Londres (Inglaterra) – 21 e 22 de maio
Pontuação:
Campeão da Taça Ouro “Cup” (1º lugar): 22 pontos;
Vice-campeão da Taça Ouro “Cup” (2º lugar): 19 pontos;
3º lugar da Taça Ouro “Cup” (3º lugar): 17 pontos;
4º lugar da Taça Ouro “Cup” (4º lugar): 15 pontos;
Campeão da Taça Prata “Plate” (5º lugar): 13 pontos;
Vice-campeão da Taça Prata “Plate” (6º lugar): 12 pontos;
Semifinalistas da Taça Prata “Plate” (7º/8º lugar): 10 pontos;
Campeão da Taça Bronze “Bowl” (9º lugar): 8 pontos;
Vice-campeão da Taça Bronze “Bowl” (10º lugar): 7 pontos;
Semifinalistas da Taça Bronze “Bowl” (11º lugar): 5 pontos;
Campeão da Taça Estímulo “Shield” (9º lugar): 3 pontos;
Vice-campeão da Taça Estímulo “Shield” (10º lugar): 2 pontos;
Semifinalistas da Taça Estímulo “Shield” (11º lugar): 1 ponto;
Lista de campeões da Série Mundial de Sevens
1 – Nova Zelândia – 12 títulos (2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011, 2012, 2013, 2014)
2 – Fiji – 2 títulos (2006 e 2015)
3 – África do Sul – 1 título (2009)
Samoa – 1 título (2010)
será transmitido em algum canal?