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ARTIGO COM VÍDEO – Para muitos o maior feito da história dos Pumas. E ele foi relembrado nesta semana pela combinação de um motivo triste e de um motivo bom. Em novembro de 1985, no Estádio do Ferro Carril Oeste, em Buenos Aires, a Argentina pela primeira e única vez em sua história foi capaz de segurar a Nova Zelândia no rugby. Um jogo épico encerrado em 21 x 21, que teve o maestro Hugo Porta chutando 4 penais e 3 drop goals para garantir o empate aos argentinos.
Aquela era a primeira gira dos All Blacks à Argentina que os neozelandeses consideraram oficial, atribuindo caps aos jogos, o que não havia sido feito na gira neozelandesa à América do Sul em 1976. Logo no primeiro jogo em solo argentino, os All Blacks sentiram a força dos Pumas, que acabavam de vencer naquele mesmo ano a França pela primeira vez na história. Os neozelandeses, que contavam com John Kirwan como um de seus grandes craques levaram a partida ao intervalo vencendo por 18 x 9, mas viu os pés de Porta e o poderoso pack argentinos reverterem a situação no segundo tempo. E, na última bola, um knock-on tirou a chance do triunfo histórico, quando o scrum argentino levava vantagem.
A lembrança do jogo épico de 1985 veio, naturalmente, de forma feliz pela expectativa de mais um confronto em Buenos Aires entre os dois países. Mas, também pela notícia triste do falecimento na última quinta-feira, aos 84 anos, de Ángel “Papuchi” Guastella, ex jogador do Pueyrredón e lendário treinador argentino, que comandou a seleção naquela oportunidade. A carreira de Papuchi como treinador dos Pumas vai muito mais além do empate com os All Blacks. Era ele também, ao lado de Alberto Camardón, que comandava a Argentina na famosa gira à África do Sul de 1965, quando a seleção argentina ganhou o apelido de Pumas. Papuchi também esteve à frente dos Pumas na primeira Copa do Mundo, em 1987.
Foto: http://www.mdzol.com/nota/331088-el-dia-que-los-pumas-estuvieron-a-centimetros-de-vencer-a-los-all-blacks/