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Os dois primeiros grandes duelos do sábado envolveram Inglaterra x Nova Zelândia e Gales x Argentina, com os resultados esperados se confirmando.
All Blacks sofrem, mas vencem Inglaterra
Os All Blacks seguem sua excursão de fim de ano pela Europa e, neste sábado, cumpriram mais um compromisso: desta vez enfrentaram a Inglaterra em seu templo, o belo e cheio estádio de Twickenham. Foi um jogo árduo, mas os All Blacks venceram e permanecem invictos em sua turnê pelo velho continente.
Logo no início do jogo em uma bela jogada tramada pelos All Blacks, Read realizou um perfeito offload e deixou Savea livre para anotar o primeiro try da partida. Try convertido por Carter. A partir daí o jogo endureceu e ficou extremamente disputado, com as equipes pontuando apenas em penais. Um penal para a Inglaterra com Farrell e para a Nova Zelândia, marcou Dan Carter. Placar 10 x 3 para os All Blacks.
Aos 17 minutos, em outra bobeada grande da defesa inglesa, Read anotou outro try para a equipe da Oceania e ampliou a vantagem: Inglaterra 3 x 17. Sete minutos depois, em um scrum que invadiu o ingoal maori, Lauchburry apoiou a bola anotando o try da Inglaterra. Farrell converteu e a equipe inglesa encostou no placar. Mais 8 minutos e penal para a Nova Zelândia em que Twelve trees atuou em impedimento. Penal que Cruden converteu. Inglaterra 10 x 20 Nova Zelândia.
Aos 33 minutos, Read por entrar pelo lado em um ruck dentro dos 22m de sua defesa e de maneira inapropriada, foi amarelado. A partir deste momento a torcida que enchia Twickenham se animou e viu a oportunidade de ver os XV da Rosa crescer no jogo. Mas a inglaterra não conseguiu anotar outro try, mesmo com um jogador a mais. Conseguiu duas penalidades ainda no primeiro tempo encostando no placar. Sempre com Farrell, Inglaterra 16 x 20 Nova Zelândia.
Inglaterra voltou para o segundo tempo animada e empurrada pela sua torcida, conseguia conter os avanços ofensivos dos All Blacks e encaixar boas jogadas de ataque, mas não conseguiu converter em tentos de 5 pontos. Mas isso não é problema para quem tem Farrell em tarde inspirada, aos 13 e aos 20 minutos, em duas penalidades, a Inglaterra virou o placar. Inglaterra liderava por 22 x 20.
Mas a alegria de Twickenham durou apenas 4 minutos. O poder de reação dos All Blacks é arrasador: em bela jogada de Nonu, Savea ficou livre para o terceiro try dos All Blacks.
Os ingleses lutaram bravamente, mas não conseguiram romper a firme defesa neozelandesa e ainda cometeram mais um erro: uma penalidade convertida por Cruden que deu os números finais ao placar do jogo. Inglaterra 22 x 30 Nova Zelândia.
Este foi um verdadeiro test match para os ingleses e mostrou uma das melhores atuações dos XV da Rosa neste ano, apesar do placar reverso.
Com este resultado, o trofeu Hillary Shield, trofeu criado pela Rugby Union da Nova Zelândia em homenagem ao explorador neozelandês Edmund Hillary voltou pra casa após um ano de permanência no Reino Unido, desde a vitória inglesa no ano passado. Este troféu é colocado em disputa nestes confrontos de fim de ano entre Inglaterra e Nova Zelândia desde 2008.
No próximo fim de semana a Nova Zelândia vai até a Irlanda e os jogadores da Inglaterra retornam aos seus clubes. Jogo oficial para a Inglaterra somente em 2014, na estréia dos Six Nations contra a França, na França
22 30
Inglaterra 22 x 30 Nova Zelândia, em Londres
Árbitro: Craig Joubert (África do Sul)
Inglaterra:
Try: Launchbury
Conversão: Farrell
Penais: Farrell (5)
15 Mike Brown, 14 Chris Ashton, 13 Joel Tomkins, 12 Billy Twelvetrees, 11 Ben Foden, 10 Owen Farrell, 9 Lee Dickson, 8 Billy Vunipola, 7 Chris Robshaw (c), 6 Tom Wood, 5 Courtney Lawes, 4 Joe Launchbury, 3 Dan Cole, 2 Dylan Hartley, 1 Joe Marler.
Suplentes: 16 Tom Youngs, 17 Matt Mullan, 18 David Wilson, 19 Geoff Parling, 20 Ben Morgan, 21 Ben Youngs, 22 Toby Flood, 23 Alex Goode.
Nova Zelândia:
Tries: Savea (2), Read
Conversões: Carter (2), Cruden
Penais: Carter, Cruden (2)
15 Israel Dagg, 14 Charles Piutau, 13 Ben Smith, 12 Ma’a Nonu, 11 Julian Savea, 10 Daniel Carter, 9 Aaron Smith, 8 Kieran Read, 7 Richie McCaw (c), 6 Liam Messam, 5 Samuel Whitelock, 4 Brodie Retallick, 3 Owen Franks, 2 Keven Mealamu, 1 Tony Woodcock.
Suplentes: 16 Dane Coles, 17 Wyatt Crockett, 18 Charlie Faumuina, 19 Luke Romano, 20 Steven Luatua, 21 Tawera Kerr-Barlow, 22 Aaron Cruden, 23 Ryan Crotty.
Gales atropela cambaleante Argentina
Em Cardiff, a Argentina voltou a mostrar um fraco desempenho, ainda não recuperada da crise que a envolveu após a saída do técnico Santiago Phelan. Sem conseguir fazer o time jogar, Daniel Hourcade assistiu a mais uma dura derrota de seu time. Gales, por sua vez, voltou a comemorar um grande desempenho, retornando às vitórias.
Os galeses não demoraram a abrir o placar, com Halfpenny anotando 3 x 0 com penal aos 6′. Aos 9′, a falah na cobertura da defesa argentina foi fatal. Mike Phillips encontrou o espaço e correu para fazer o primeiro try do jogo. Os Pumas logo tiveram a chance de reduzir, com Tipuric levando cartão amarelo. Sánchez, no entanto, arrematou na trave o penal de Tipuric e a Argentina foi incapaz de aproveitar a superioridade numéricas. Novo penal aos 13′ permitiu a Halfpenny ampliar o placar para 13 x 0. E, aos 18′, mesmo com 14 em campo, Gales chegou a seu segundo try, com George North, rompedor, recebendo do rápdio Phillips – que, mesmo depois de ser demitido do Bayonne, segue bem na seleção – e correndo para anotar mais um try vermelho.
Somente aos 29′ os Pumas conseguiram reduzir a desvantagem, com penal chutado por Sánchez. 20 x 3. A pressão galesa não tardou a ser a tônica da partida e Tuculet, em tarde desastrosa, cedeu penal para Halfpenny levar o jogo ao intervalo em 23 x 3 para os Dragões.
Logo após o reinício da partida, os erros se seguiram do lado sul-americano e Bustos cometeu novo penal, que Halfpenny não perdoou. 26 x 3, aos 44′. Sánchez reduziu com novo penal pouco depois, mas qualquer chance de reação argentina foi por água abaixo com o terceiro try dos anfitriões, marcado aos 57′ por Faletau, após grande corrida de Liam Williams. 33 x 6.
Abatida, a Argentina buscou diminuir o prejuízo, mas, aos 67′, Ken Owens fez o quarto try celta, rompendo a defesa e comprovando a superioridade dos avançados galeses no jogo. 40 x 6, placar final da primeira vitória de Gales em um amistoso de novembro desde 2009, afastando o jejum.
No próximo dia 22, Gales recebe Tonga, enquanto a Argentina visita a Itália no dia 23, em busca do fim da crise.
4006
País de Gales 40 x 6 Argentina, em Cardiff
Árbitro: John Lacey (Irlanda)
Gales
Tries: Phillips, North, Faletau, Owens
Conversões: Halfpenny (4)
Penais: Halfpenny (4)
15 Leigh Halfpenny, 14 George North, 13 Cory Allen, 12 Scott Williams, 11 Liam Williams, 10 Dan Biggar, 9 Mike Phillips, 8 Toby Faletau, 7 Justin Tipuric, 6 Sam Warburton (c), 5 Alun Wyn Jones, 4 Bradley Davies, 3 Rhodri Jones, 2 Richard Hibbard, 1 Gethin Jenkins.
Suplentes: 16 Ken Owens, 17 Paul James, 18 Samson Lee, 19 Luke Charteris, 20 Ryan Jones, 21 Lloyd Williams, 22 James Hook, 23 Ashley Beck.
Argentina
Penais: Sánchez (2)
15 Joaquin Tuculet, 14 Horacio Agulla, 13 Marcelo Bosch, 12 Santiago Fernández, 11 Santiago Cordero 10 Nicolás Sánchez, 9 Martin Landajo, 8 Juan Martin Leguizamón 7 Julio Farias Cabello, 6 Pablo Matera, 5 Patricio Albacete, 4 Manuel Carizza, 3 Maximiliano Bustos, 2 Eusebio Guiñazú, 1 Marcos Ayerza.
Suplentes: 16 Santiago Iglesias, 17 Nahuel Lobo, 18 Matías Diaz, 19 Tomás Lavanini, 20 Leonardo Senatore, 21 Tomás Cubelli, 22 Gabriel Ascárate, 23 Lucas González Amorosino.