Tempo de leitura: 4 minutos

ARTIGO COM VÍDEO – O estádio de Eden Park, em Auckland, é uma verdadeira fortaleza e real cemitério de seleções nacionais. Nesta quarta-feira, os British and Irish Lions fizeram sua segunda partida na Nova Zelândia e encararam seu primeiro oponente do Super Rugby, os Blues, hoje considerados os mais fracos entre os neozelandeses da competição. Ainda assim, o time da maior cidade da terra dos All Blacks não se acanhou contra o poderoso super selecionado britânico e caíram por 22 x 16, naquela que foi a primeira vitória da franquia dos Blues sobre o famoso adversário.

Os Lions tiveram a primeira chance com uma bola se perdendo pelo in-goal aos 3′, mas os Blues começavam fortes no breakdown e conquistando turnovers importantes, especialmente com Sonny Bill Williams. E, aos 7′, o ataque dos Blues funcionou na velocidade, com troca rápida de passes, com direito a lindo passe longo do abertura Stephen Perofeta alcançando o matador Rieko Ioane, que arrancou para o primeiro try do jogo. 5 x 0, sem a conversão.

A resposta foi rápida, com os Lions criando espaço até a ponta para Jared Payne finalizar o que seria o primeiro try do time vermelho, porém Perofeta aplicou um tackle salvador que fez Payne tocar na linha lateral antes de apoiar a bola no in-goal. Porém, a pressão dos Lions seguiu e com maul bem montado, aos 18′, CJ Stander guardou o primeiro try para os Leões, com Halfpenny convertendo e virando o marcador. 7 x 5.

- Continua depois da publicidade -

Os britânicos passaram a ter maior controle da bola e Halfpenny ampliou o marcador com penal aos 25′, 10 x 5. Aos 35′, os Lions passaram sufoco, com Rieko Ioane disparando para um try que acabou anulado, uma vez que o neozelandês apanhou a bola em posição de impedimento. O alerta estava dado e antes do intervalo Sonny Bill Williams voou no in-goal para apanhar chute de penal que acertara a trave. Try para desconcertar os Leões e 12 x 10 no placar para o time de Auckland.

Os Blues começaram com tudo o segundo tempo com Moala finalizando na ponta para o try, mas tocando a linha lateral com seu pé. Try invalidado, mas que já era um novo aviso para os Lions.

A pressão foi sendo sentida pelos visitantes, que passaram a ver os Blues crescerem no jogo e dominarem as ações. Aos 52′, Ihaia West entrou em campo e ampliou a vantagem com penal para 15 x 10. A situação se deteriorou para os Leões aos 56′, com Liam Williams recebendo cartão amarelo.

Houve um alívio momentâneo para os Lions, que resistindo com um homem a menos conquistaram um penal precioso aos 64′, que Halfpenny arrematou precisamente, reduzindo a distância para 15 x 13. E a virada veio, aos 69′, com Halfpenny chutando mais um penal depois do scrum britânico falar mais alto.

Entretanto, ao passo que o pack de forwards dos Lions teve um bom desempenho na partida e as formações, à exceção do lateral, tenham funcionado (95 de 97 rucks ganho pelos Lions e nenhum scrum perdido), e a posse de bola tenha favorecido os visitantes ao final do jogo, em 55%, o “Warrenball” britânico (o jogo físico e vertical de seu treinador Warren Gatland) produziu muito poucas variações e oportunidades no ataque. O resultado foi um time pouco criativo que não conseguiu achar os espaços na defesa azul no fim.

Foi justamente o persistente time de Auckland que brilhou mais com a bola em mãos e foi recompensado nos minutos derradeiros. Aos 74′, Luatua largou um offload no meio campo para Sonny Bill Williams, que serviu Ihaia West. O abertura disparou, costurou a defesa que fez o try da vitória dos Blues, explodindo o Eden Park. 22 x 16, sem reação para os Lions, que ainda tentaram no fim, desperdiçaram um lateral e lamentaram a apática derrota.

Os Lions voltarão a campo no sábado contra os Crusaders, o melhor time do Super Rugby até aqui e invicto em 2017.

 

22versus copiar16

Blues 22 x 16 British and Irish Lions, em Auckland

Árbitro: Pascal Gaüzère (França)

Blues

Tries: R Ioane, SB Williams e

Conversões: Perofeta (1) e West (1)

Penais: West (1)

15 Michael Collins, 14 Matt Duffie, 13 George Moala, 12 Sonny Bill Williams, 11 Rieko Ioane, 10 Stephen Perofeta, 9 Augustine Pulu, 8 Steven Luatua, 7 Blake Gibson, 6 Akira Ioane, 5 Scott Scrafton, 4 Gerard Cowley-Tuioti, 3 Charlie Faumuina, 2 James Parsons (c), 1 Ofa Tu’ungafasi;

Suplentes: 16 Hame Faiva, 17 Alex Hodgman, 18 Sione Mafileo, 19 Patrick Tuipulotu, 20 Kara Pryor, 21 Sam Nock, 22 Ihaia West, 23 TJ Faiane;

Lions

Try: Stander

Conversão: Halfpenny (1)

Penais: Halfpenny (3)

15 Leigh Halfpenny, 14 Jack Nowell, 13 Jared Payne, 12 Robbie Henshaw, 11 Elliot Daly, 10 Dan Biggar, 9 Rhys Webb, 8 CJ Stander, 7 Justin Tipuric, 6 James Haskell, 5 Courtney Lawes, 4 Maro Itoje, 3 Dan Cole, 2 Ken Owens (c), 1 Jack McGrath;

Suplentes: 16 Rory Best, 17 Joe Marler, 18 Kyle Sinckler, 19 Iain Henderson, 20 Peter O’Mahony, 21 Greig Laidlaw, 22 Johnny Sexton, 23 Liam Williams;