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ARTIGO COM VÍDEOS – Neste sábado, Irlanda e África do Sul se encararam pela segunda vez em solo sul-africano e os Boks venceram de virada.

 

Já a Escócia venceu seu primeiro de dois jogos em solo japonês, 26 x 13, enquanto a Geórgia triunfou sobre Tonga, 23 x 20.

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África do Sul vence a Irlanda de virada num grande jogoPor Virgílio Neto

Mesmo com a derrota dos Boks na semana passada, o Ellis Park em Joanesburgo ficou lotado para ver o segundo jogo da digressão da seleção irlandesa em território sul-africano.

 

Os Springboks saíram na frente aos três minutos com um penal de Jantjies. Mas foi só isso no primeiro tempo. O que se viu a seguir foi uma África do Sul completamente desorganizada e indisciplinada taticamente. Off-sides, scrums colapsados e tackleador que não saía da formação, foram alguns penais que deram a chance de a Irlanda disparar no placar, com cobranças do camisa 10 Paddy Jackson. Somado o try de Toner e a conversão do abertura irlandês, os europeus fecharam o primeiro tempo com dezesseis pontos de vantagem, 3 a 19, com direito a vaias de todo o estádio para os Sul-Africanos quando se dirigiam ao vestiário.

 

Coetzee deve ter falado muito neste intervalo.

 

Por isso a segunda parte reservou grandes surpresas! Os Boks voltaram dispostos a reverter o marcador, mas isso só foi acontecer aos 16 minutos. O estreante Combrinck (Bok #871), que entrou no intervalo, pegou a bola no touch com poucos metros em seu campo de defesa, passou para Le Roux (#15) que, numa arrancada de cerca de 35 metros pela direita, devolveu a bola para Combrinck, que se livra da marcação e apoia a bola na área de meta para o seu primeiro try pela auri-verde! No entanto, a Irlanda reagiu rápido e depois de um lateral nos 5 metros, formação do maul e try de Jamie Heaslip. Silêncio no Ellis Park., que duraria pouco. Na jogada seguinte, Combrinck seria peça importante para o início dela que levaria a mais um try Bokke, desta vez do camisa 20, Whiteley. Numa luta contínua pela posse de bola, a intensidade do jogo sul-africano forçou o erro irlandês e, minutos mais tarde, JP Pietersen e Le Roux conseguiram importantes metros para o try de Du Toit, aos 29 minutos da segunda etapa. Faltando apenas 4 minutos, De Allende crava a virada depois de 9 fases em uma jogada que começou em um lateral roubado por Etzebeth. Um penal de Jantijies, já nos acréscimos, colocou números finais a esta que foi uma excelente partida. Vitória da África do Sul por 32 a 26.

 

 

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Foram duas histórias em apenas um jogo. Primeiro tempo irreconhecível da África do Sul. Lenta, desorganizada e descoordenada taticamente. Foram 10 tackles perdidos e quase 60% do período jogado em seu território durante o primeiro tempo. Inúmeros offsides e ruim na formação ordenada. A Irlanda se aproveitou do pé calibrado de Paddy Jackson.

 

Já o segundo tempo foi sublime, para os Sul-Africanos. Demorou um pouco para pontuarem (apenas aos 16 minutos), mas depois disso, a equipe se encontrou. Os irlandeses talvez pelo cansaço ou por não esperarem tal reação, nada puderam fazer. Na única chance que tiveram, try com Heaslip, mas nada que abalasse os Boks. Jogando muito bem com sua linha, viram grandes buracos na formação irlandesa. Quando preferiram o jogo de fases, os Boks não deram chances.

 

Excelente estreia para Ruan Combrinck, que foi eleito o melhor em campo. Sul-Africanos e Irlandeses voltam a campo no próximo fim-de- semana em Porto Elisabete, para o terceiro e último jogo.

 

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África do Sul 32 x 26 Irlanda, em Joanesburgo

Árbitro: Angus Gardner (Austrália)

 

África do Sul

 

Tries: Combrinck, Whiteley, Du Toit, De Allende

Convs: Jantjies 3

Penais: Jantjies

 

15 Willie le Roux, 14 JP Pietersen, 13 Lionel Mapoe, 12 Damian de Allende, 11 Lwazi Mvovo, 10 Elton Jantjies, 9 Faf de Klerk, 8 Duane Vermeulen, 7 Siya Kolisi, 6 Francois Louw, 5 Pieter-Steph du Toit, 4 Eben Etzebeth, 3 Frans Malherbe, 2 Adriaan Strauss (c), 1 Tendai Mtawarira.

Suplentes: 16 Bongi Mbonambi, 17 Trevor Nyakane, 18 Julian Redelinghuys, 19 Franco Mostert, 20 Warren Whiteley, 21 Rudy Paige, 22 Morne Steyn, 23 Ruan Combrinck.

 

Irlanda

 

Tries: Toner, Heaslip

Convs: Jackson 2

Penais: Jackson 4

 

15 Jared Payne, 14 Andrew Trimble, 13 Robbie Henshaw, 12 Stuart Olding, 11 Craig Gilroy, 10 Paddy Jackson, 9 Conor Murray, 8 Jamie Heaslip, 7 Rhys Ruddock, 6 Iain Henderson, 5 Quinn Roux, 4 Devin Toner, 3 Tadhg Furlong, 2 Rory Best, 1 Jack McGrath.

Suplentes: 16 Richardt Strauss, 17 David Kilcoyne, 18 Finlay Bealham, 19 Donnacha Ryan, 20 Sean Reidy, 21 Kieran Marmion, 22 Ian Madigan, 23 Tiernan O’Halloran


Escócia se impõe sobre indisciplinado Japão – Por Leandro Vieira

O Toyota Stadium lotou na considerada “revanche da copa”, a Escócia saiu vitoriosa na partida que o Japão abusou das faltas e Laidlaw do seu talento.

 

Graig Laidlaw abriu o placar aos 4 minutos com cobrança de penal. Os Brave Blossoms partiram para o ataque, ótima jogada de Harumichi Tatekawa que deixou Shota Horie em boa posição, apenas apoiando próximo ao centro do ingoal, conversão fácil para Yu Tamura. O ruck japonês funcionava bem e a lentidão na saída das formações por parte da Escócia deixava os nipônicos em condições favoráveis para pressionar os europeus no seu campo defensivo.

 

Matsushima teve de ser sacado do time e o novato universitário de Teikyo, Matsuda, fez sua estreia na seleção. Laidlaw colocou a Escócia na liderança depois de duas cobranças de penal, uma ação segura já que sua equipe não conseguia êxito nas descidas.

 

Yu Tamura colocou o Japão na frente após cobrança de penal. A Escócia teve domínio quase absoluto na posse de bola e os Blossoms, no desespero de segurar o placar, cometeram inúmeras irregularidades. Com dois jogadores amarelados, Hendrik Tui e Matsuda, a partida se tornou bem diferente do que os japoneses imaginaram.

 

No desespero de manter o equilibrio por parte dos japoneses, os azuis tiveram uma posse de bola de quase 70%. Todo maul formado era prejuízo para os vermelhos que sentiam falta de peças como Goromaru e Leitch, justamente os setores que menos seguravam a ofensiva escocesa. Em meio as falhas de cobertura deu-se um penaltry para a Escócia após boa troca de passes onde já havia a vantagem, Laidlaw converteu chute difícil.

 

O primeiro tempo terminou com um reequilíbrio forçado das ações por parte dos japoneses e Damian Hoyland cometeu um tackle faltoso. A chance do japão reagir veio com a cobrança de penal muito difícil, não deu para Tamura. Final do primeiro tempo, Escócia 16.a 10.

 

A segunda etapa começou com a Escócia pressionando muito nos primeiros 5 minutos. Um scrum formado após um knockon de Mafi culminou em mais um try, WP Neil, Laidlaw ainda acertou uma conversão difícil.

 

O placar foi construído pelos escoceses durante o embate de 15 contra 13, após o número igual de atletas o jogo ganhou novas emoções e equilíbrio. Sete minutos após boa cobrança de penal dos Blossoms, a equipe europeia abriu oito fases em um ataque bem orquestrado por Laidlaw, que quase resultou em mais um try, foi concluída com 3 pontos garantidos. O scrumhalf escocês assertivamente pediu o tee após o apito do árbitro, visto as dificuldades do jogo naquele momento.

 

Na pressão do Japão no lado esquerdo do ataque, Tommy Seymour correu de maneira descomunal após recuperação de bola pelos azuis e com um belo chute tentou pegá-la no ingoal, a bola morreu na ultima linha. O lance de Seymour mostrou como os últimos dez minutos seriam.

 

Apesar de uma posse de bola de apenas 35%, o Japão manteve o controle das ações finais do jogo, porém esbarrava nos seus próprios erros. A Escócia de maneira inteligente forçava as falhas evidentes dos Blossoms, principalmente as deficiências no maul e ruck, as azuis tradicionalmente se dão bem neste tipo de jogo. Placar Final: Escócia 23, Japão 13.

 

Apesar de várias descidas, o Japão não conseguiu converter em pontos seu volume imposto no meio do segundo tempo enquanto a Escócia foi um time sólido jogando um rugby bastante inteligente. Um ponto negativo da equipe de Vem Cotter talvez seja justamente sua maior virtude, jogar bem defensivamente, pois abrir pouco o leque de possibilidades dadas pelo adversário pode resultar em períodos longos com a bola no campo defensivo, uma equipe mais qualificada que o Japão que vimos hoje poderia tirar mais proveito disso.

 

O Japão volta a encarar a Escócia no próximo sábado, em Tóquio. Sem Leitch e Goromaru, os Brave Blossoms perderam muito do seu poder, sem chances de ganhar a série agora. Os escoceses estão muito mais inteiros para vencerem novamente, seguindo no bom momento de Vern Cotter no comando da equipe.

 

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Japão 13 x 26 Escócia, em Toyota

Árbitro: Ben O’Keefe (Nova Zelândia)

 

Japão

Try: Horie

Conversão: Tamura (1)

Penais: Tamura (2)

15 Kotaro Matsushima, 14 Mifiposeti Paea, 13 Tim Bennetts, 12 Harumichi Tatekawa, 11 Yasutaka Sasakura, 10 Yu Tamura, 9 Kaito Shigeno, 8 Amanaki Mafi, 7 Shokei Kin, 6 Hendrik Tui, 5 Naohiro Kotaki, 4 Hitoshi Ono, 3 Kensuke Hatakeyama, 2 Shota Horie, 1 Keita Inagaki.

Suplentes: 16 Takeshi Kizu, 17 Masataka Mikami, 18 Shinnosuke Kakinaga, 19 Kotaro Yatabe, 20 Hiroki Yamamoto, 21 Keisuke Uchida, 22 Kosei Ono, 23 Rikiya Matsuda

 

Escócia

Tries: penal try e Nel

Conversões: Laidlaw (2)

Penais: Laidlaw (4)

15 Stuart Hogg, 14 Tommy Seymour, 13 Duncan Taylor, 12 Matt Scott, 11 Damien Hoyland, 10 Ruaridh Jackson, 9 Greig Laidlaw, 8 Ryan Wilson, 7 John Hardie, 6 John Barclay, 5 Jonny Gray, 4 Richie Gray, 3 Willem Nel, 2 Stuart McInally, 1 Alasdair Dickinson.

Suplentes: 16 Fraser Brown, 17 Rory Sutherland, 18 Moray Low, 19 Tim Swinson, 20 David Denton, 21 Henry Pyrgos, 22 Peter Horne, 23 Sean Maitland.

Geórgia vence Tonga em final dramático

Em gira pela Oceania, a Geórgia conquistou sua primeira vitória e foi contra um adversário que os Lelos já haviam vencido na Copa do Mundo: Tonga. Pela falta de bons estádios no país, Tonga foi obrigada a mandar a partida em Fiji e saiu derrotada por 23 x 20 em jogo físico e decidido pela maior capacidade da Geórgia – em clara evolução – de explorar os espaços com sua linha. O centro David Kacharava anotou os dois tries georgianos na partida, incluindo o try da vitória aos 84′. Iongi e Fonua fizeram cruzaram o in-goal para os ‘Ikale Tahi.

 

Tonga enfrenta Samoa no próximo sábado pela Copa das Nações do Pacífico, enquanto a Geórgia encerra sua gira diante de Fiji.

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Tonga 20 x 23 Geórgia, em Suva (Fiji)

Árbitro: Nick Briant (Nova Zelândia)

 

Tonga

Tries: Iougi e Fonua

Conversões: Takulua (1) e Fosita (1)

Penais: Takulua(1) e Fosita (1)

1 Eddie Aholeilei, 2 Elvis Taione, 3 Sione Faletau, 4 Uili Kolo’ofai, 5 Daniel Falefa, 6 Nili Latu (c), 7 Jack Ram, 8 Sione Tau, 9 Tane Tukulua, 10 Kali Hala, 11 Viliami Iongi, 12 Latiume Fosita, 13 Apapuki Ma’afu, 14 Otulea Katoa, 15 David Halaifonua

Suplentes: 16 Kamalia Sakalia, 17 Sione Anga’eelangi, 18 Sila Puafasi, 19 Opeti Fonua, 20 Mikaele Mafi, 21 Wayne Ngaluafe, 22 Viliami Hakalo, 23 Daniel Kilioni.

 

Geórgia

Tries: Kacharava (2)

Conversões: Kvirikashvili (1) e Malaguradze (1)

Penais: Kvirikashvili (3)

1 Zurab Zhvania, 2 Jaba Bregvadze, 3 Anton Peikrishvili, 4 Giorgi Chkhaidze, 5 Giorgi Nemsadze, 6 Shalva Sutiashvili (c), 7 Giga Tkhilaishvili, 8 Beka Bitsadze, 9 Giorgi Begadze, 10 Lasha Khmaladze, 11 Sandro Todua, 12 Merab Sharikadze, 13 Davit Kacharava, 14 Tamaz Mchedlidze, 15 Merab Kvirikashvili.

Suplentes: 16 Shalva Mamukashvili, 17 Karlen Asieshvili, 18 Irakli Mirtskhulava, 19 Nodar Cheishvili, 20 Lasha Lomidze, 21 Vazha Khutsishvili, 22 Lasha Malaguradze, 23 Giorgi Pruidze.