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ARTIGO COM VÍDEO – O templo escocês do rugby estava lotado, mais de 60 mil pessoas foram ao estádio entusiasmados com a participação escocesa na última Copa do Mundo. Viram uma Escócia entusiasmada partir para cima da Inglaterra renovada com o clima do primeiro técnico estrangeiro a dirigir o rugby inglês: Eddie Jones, aquele que participou do resultado mais surpreendente em um jogo da mesma Copa do Mundo.
O jogo começou agitado com as equipes imprimindo um ritmo rápido. Danny Care pela Inglaterra e Finn Russel pela Escócia impuseram seus ritmos irreverentes e acelerados aos seus times e ao jogo. E até os 10 primeiros minutos de jogo, o que se via era Inglaterra e Escócia trocando ataques e defesas frenéticas.
A Inglaterra com Dylan Hartley capitaneando voltou ãs competições mais pegadora, mais brigadora. Mas em compensação, o time da Rosa ainda tem um grande desafio: encontrar um bom abertura para preencher o vazio deixado por Jonny Wilkinson. George Ford ainda não engrenou como abertura da seleção inglesa e não empolga.
Aos 10 minutos George Ford tentou um drop goal, mas fracassou. Parece que os ventos em Murrayfield não estavam dispostos a ajudar os chutadores. No minuto seguinte, uma bela corrida de Jack Nowell para a Inglaterra quase proporcionou o primeiro try da partida, não fosse Stuart Hogg para evitar e pegar a bola pouco antes do ingoal e salvar a jogada. Mas o try da Inglaterra já vinha amadurecendo e aos 13 minutos George Kruis anotou o primeiro try da era Eddie Jones da Inglaterra. E Owen Farrell converteu. A Inglaterra abria 7 x 0 no placar em Edimburgo.
Dois minutos depois, o instinto de Hartley começa a surgir e ele comete penal ao usar as mãos em um ruck. Greig Laidlaw chutou e converteu o penal para a Escócia, deixando o placar em 7 x 3, para a Inglaterra.
A Escócia seguiu se esforçando, mas a defesa da Inglaterra estava bem postada e não permitia que os ataques organizados por Laidlaw e Russel conseguissem passar, mesmo com o time do Cardo melhorando sua postura e começando a dominar as iniciativas de jogo. A pontuação não demora a refletir isso: aos 36 minutos Launchburry sofre tackle e não solta a bola. Isso proporcionou a Laidlaw uma chance de diminuir o placar. E foi o que ele fez. Converteu a cobrança do penal e diminuiu a diferença para 7 x 6 e só não virou o placar no fim da primeira etapa porque Russel errou um drop goal nos acréscimos.
O segundo tempo começou como o jogo, frenético e empolgado, mas esfriou logo. Pelo lado da Inglaterra quando Danny Care deixou o campo – a dupla Youngs-Ford não engrenou.
E os chutadores não colaboraram: O vento ewtava atrapalhando muito em Murrayfield. Farrell perdeu chutes importantes, como o penal aos 8 minutos após o colapso do scrum proporcionado pelos forwards da Escócia.
Dois minutos depois, em uma jogada bem trabalhada pela linha inglesa, a bola chegou ao ponta Jack Nowell que anotou o segundo try da noite. Try que não foi convertido por Farell: a posição era muito desfavorável. Inglaterra liderava o placar em 12 x 6. Com tanto vento atrapalhando, as escolhas de Dylan Hartley por penais para a lateral tornou-se preferida.
Aos 17 minutos, o lance que poderia ter colocado a Escócia no jogo definitivamente: Russel anteviu a troca de passes da linhabofensiva da Inglaterra e roubou a bola em sua linha de 22 metros. Teve a chance de correr até o ingoal adversário, mas decidiu passar a um companheiro com um chute. No chute, a bola saiu pela lateral e a Escócia perdeu um try feito.
Aos 21 minutos, colapso do scrum pela Escócia quase no meio de campo. Farrell arriscou chute de 46 metros e converteu. Sete minutos depois, Lawes, que entrou no segundo tempo, jogou em posição de impedimemto e proporcionou a Laidlaw uma boa chance para mais 3 pontos. E Laidlaw converteu. Neste momento, o placar era 15 x 9, que ficaria até o fim do jogo.
Com este resultado, a Inglaterra volta a vencer e leva a Calcuta Cup pra casa. Assim como a França, a Inglaterra tem 2 pontos no Six Nations, com uma vantagem, venceu fora de casa.
Na próxima rodada, a Escócia vai a Gales dia 13/02 e a Inglaterra vai à Roma enfrentar a Itália no dia 14/02.
Escócia 9 x 15 Inglaterra, em Edimburgo
Árbitro: John Lacey (Irlanda)
Escócia:
Conversões: Greig Laidlaw (3)
15 Stuart Hogg, 14 Sean Maitland, 13 Mark Bennett, 12 Matt Scott, 11 Tommy Seymour, 10 Finn Russell, 9 Greig Laidlaw (c), 8 David Denton, 7 John Hardie, 6 John Barclay, 5 Jonny Gray, 4 Richie Gray, 3 Willem Nel, 2 Ross Ford, 1 Alasdair Dickinson.
Suplentes: 16 Stuart McInally, 17 Gordon Reid, 18 Zander Fagerson, 19 Tim Swinson, 20 Blair Cowan, 21 Sam Hidalgo-Clyne, 22 Duncan Weir, 23 Duncan Taylor.
Inglaterra:
Tries: Kruis e Nowell
Conversão: Farrell
Penal: Farrell
15 Mike Brown, 14 Anthony Watson, 13 Jonathan Joseph, 12 Owen Farrell, 11 Jack Nowell, 10 George Ford, 9 Danny Care, 8 Billy Vunipola, 7 James Haskell, 6 Chris Robshaw, 5 George Kruis, 4 Joe Launchbury, 3 Dan Cole, 2 Dylan Hartley (c), 1 Joe Marler
Suplentes: 16 Jamie George, 17 Mako Vunipola, 18 Paul Hill, 19 Courtney Lawes, 20 Jack Clifford, 21 Ben Youngs, 22 Alex Goode, 23 Ollie Devoto.
Seleção | Jogos | Pontos |
---|---|---|
Inglaterra | 5 | 10 |
Gales | 5 | 7 |
Irlanda | 5 | 5 |
Escócia | 5 | 4 |
França | 5 | 4 |
Itália | 5 | 0 |
Empate = 1 ponto;
Derrota = 0 pontos