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A 3.ª jornada da Divisão de Honra foi marcada pela lei do mais forte, com as equipas favoritas a não se deixarem surpreender, como alguns poderiam prever.
Todas venceram com relativa dificuldade e a Académica até abusou, pois abateu o Benfica com uns inconcebíveis 97-10.
No primeiro teste em que as cinco equipas do denominado grupo A da DH, se cruzaram com as cinco do grupo B, os quinzes mais apetrechadas não permitiram veleidades: todas triunfaram com ponto de bónus, à exceção do Belenenses.
Quanto aos clubes teoricamente da metade de baixo da tabela de apostas, só uma – o Técnico – somou bónus defensivo, pela derrota por sete pontos de diferença na Tapada.
Quanto aos clubes teoricamente da metade de baixo da tabela de apostas, só uma – o Técnico – somou bónus defensivo, pela derrota por sete pontos de diferença na Tapada.
O campeão nacional CDUL aproveitou o primeiro jogo da prova em casa, no seu EU Lisboa, para poupar alguns elementos do seu rico plantel (foi pena que, por exemplo, Gonçalo Foro, Carl Murray e até Tiago Girão não estivessem de fora por estarem a reforçar os sevens portugueses em Gold Coast, mas isso são contas de outro rosário…). E mesmo sem Pedro Cabral, o capitão Foro e Bernardo Silveira, não teve problemas para derrotar o CRAV, por 51-10, com nove ensaios, três deles pelo 3.ª linha Tiago Girão.
Em Monsanto, Direito bateu o Cascais (29-10, com quatro ensaios a um), num jogo que não foi tão fácil como o resultado pode indicar. Os homens da Linha aproximaram-se na 2.ª parte até aos 15-10, mas dois ensaios dos advogados – onde regressou António Aguilar, autor de um deles – estabeleceram uma aconchegada vantagem.
Em casa, Agronomia estreou-se a vencer na DH ao derrotar o Técnico, por 31-24, conseguindo cinco ensaios, num bis de João Paiva.
Com 14-9 ao intervalo, os engenheiros ainda empataram a 14 pontos, mas logo a seguir um erro do seu defesa, que em vez de despachar a bola na sua área de 22, se deixou apanhar infantilmente perdendo a bola para o terceiro ensaio agrónomo, esvaziou o balão anímico dos homens das Olaias. Que mesmo assim saíram da Tapada com dois ensaios e um ponto de bónus defensivo no bornal. Grão a grão…
Com 14-9 ao intervalo, os engenheiros ainda empataram a 14 pontos, mas logo a seguir um erro do seu defesa, que em vez de despachar a bola na sua área de 22, se deixou apanhar infantilmente perdendo a bola para o terceiro ensaio agrónomo, esvaziou o balão anímico dos homens das Olaias. Que mesmo assim saíram da Tapada com dois ensaios e um ponto de bónus defensivo no bornal. Grão a grão…
No Sérgio Conceição, a Académica construiu o resultado mais pesado da ronda ao cilindrar o Benfica, por 97-10.
Os “pretos” estabeleceram, logo à 3.ª ronda, o recorde desta temporada que, com o adiantar da época e pelo andar da carruagem, ainda é bem capaz de ser batido…
Os “pretos” estabeleceram, logo à 3.ª ronda, o recorde desta temporada que, com o adiantar da época e pelo andar da carruagem, ainda é bem capaz de ser batido…
Perante uma equipa encarnada demasiado frágil e, pelo menos de momento, sem argumentos para esta DH – é a única que ainda não somou qualquer ponto na prova – a equipa de Carlo Polónio fez 15 ensaios (!), com destaque para o hat-trick do ponta Sérgio Franco e os 32 pontos obtidos por Francisco Serra, autor de 11 conversões e dois ensaios.
A encerrar a jornada, no campo 2 sintético do Estádio Nacional, no Jamor – estranha decisão da FPR não ter permitido só na sexta-feira, e apesar das excelentes condições climatéricas (ainda se estivesse chovendo…), que o jogo se disputasse no relvado do campo 1 a fim de o poupar para os jogos do Europeu de sub-19, contrariando a autorização da direção do estádio, que afinal parece não mandar muito por ali… – o Belenenses causou a primeira derrota na prova ao CDUP, vencendo por 27-11. A jovem equipa portuense – que provou, neste primeiro duelo com quinzes da DH, estar ainda demasiado tenrinha para os patamares mais elevados da tabela… –, recheada de jogadores sub-21, até começou muito bem, encostando os azuis às cordas.
Dinâmico na avançada e com bons encadeamentos, o CDUP inclinava o campo para o extremo reduto do Belém.
Mas faltava-lhe eficácia e todo esse domínio apenas se traduziria, nos primeiros 20′, em ganhar 12 faltas… e fazer 3-0, por Rodrigo Figueiredo numa falta que excluiu Frederico Melim por 10’.
Manuel Costa empatou a seguir, mas uma falta jogada rapidamente à mão permitiu aos portuenses passarem de novo para a frente com o asa José Maria Soares Franco a marcar em força (8-3), aos 27’.
Mas faltava-lhe eficácia e todo esse domínio apenas se traduziria, nos primeiros 20′, em ganhar 12 faltas… e fazer 3-0, por Rodrigo Figueiredo numa falta que excluiu Frederico Melim por 10’.
Manuel Costa empatou a seguir, mas uma falta jogada rapidamente à mão permitiu aos portuenses passarem de novo para a frente com o asa José Maria Soares Franco a marcar em força (8-3), aos 27’.
À meia-hora de jogo surgiram dois eventos que em definitivo iriam virar a partida e ditar o seu desfecho.
Primeiro, um injusto amarelo ao ponta João Abreu Lima – exemplo de uma arbitragem demasiado irregular de Paulo Duarte – e depois a avançada azul acordou e começou a tomar conta do encontro.
Primeiro, um injusto amarelo ao ponta João Abreu Lima – exemplo de uma arbitragem demasiado irregular de Paulo Duarte – e depois a avançada azul acordou e começou a tomar conta do encontro.
Muito mais forte no corpo-a-corpo e entrando a varrer nos rucks perante uma certa passividade e o menor peso adversário, o pack do Restelo começou a impor-se – e o Belenenses não mais perderia o comando da partida. Em oito minutos virou o resultado que ao intervalo registava já 13-8, com um ensaio do talonador Pedro Jorge e pontapés de Manuel Costa. E nos primeiros 10 minutos do 2.º tempo, os azuis resolveram a função graças a dois ensaios do entrado Sebastião Cunha. O internacional português, que se estreava na DH após algumas lesões, esteve pouco metido no jogo, evitou aglomerados para não ser atropelado mas, esperto e experiente, soube estar no sítio certo para faturar por duas vezes, e fazer os 27-8 que resolviam desde logo a contenda.
O CDUP ainda reduziu por Rodrigo Figueiredo para os finais 27-11, a 20 minutos do fim, com o jogo a “terminar” nessa altura por óbvio desinteresse de 29 jogadores. Sim, que por ele, o centro Diogo Mateus ainda continuava hoje a placar adversários e a tentar furar para marcar um ensaio.
O CDUP ainda reduziu por Rodrigo Figueiredo para os finais 27-11, a 20 minutos do fim, com o jogo a “terminar” nessa altura por óbvio desinteresse de 29 jogadores. Sim, que por ele, o centro Diogo Mateus ainda continuava hoje a placar adversários e a tentar furar para marcar um ensaio.
Raça do homem que não há meio de folgar…
* Texto: António Henriques – Mão de Mestre
Divisão de Honra – Campeonato Português
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CDUL 51 x 10 CRAV, em Lisboa
Agronomia 31 x 24 Técnico, em Lisboa
Direito 29 x 10 Cascais, em Lisboa
Académica 97 x 10 Benfica, em Coimbra
Belenenses 27 x 11 CDUP, em Lisboa