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Apelido: Eagles (Águias)

População: 312.000.000

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Capital: Washington

Continente: América do Norte

Principais títulos: Jogos Olímpicos (1920 e 1924) – medalha de ouro no XV

Mundiais disputados: 6 (1987, 1991, 1999, 2003, 2007 e 2011)

Melhor campanha em Mundiais: 3º lugar na fase de grupos (1987)

Copa do Mundo de 2011: 4º lugar na fase de grupos

Caminho para o Mundial 2015:

17/08/2013 – Estados Unidos 9 x 27 Canadá; 24/08/2013 – Canadá 13 x 11 Estados Unidos; 22/03/2014 – Uruguai 27 x 27 Estados Unidos; 29/03/2014 – Estados Unidos 32 x 13 Uruguai;

Técnico de 2015: Mike Tolkin

2015: Grupo B

20/09 – x Samoa – Histórico*: 3 jogos, 3 derrotas. Último jogo: Samoa 25 x 21 Estados Unidos, em 2007 (Copa do Mundo;

*as equipes se enfrentarão no dia 18 de julho de 2015 pela Copa das Nações do Pacífico.

27/09 – x Escócia – Histórico: 4 jogos, 4 derrotas. Último jogo, Estados Unidos 6 x 24 Escócia, em 2014 (amistoso);

07/10 – x África do Sul – Histórico: 3 jogos, 3 derrotas. Último jogo: África do Sul 64 x 15 Estados Unidos, em 2007 (Copa do Mundo);

11/10 – x Japão – Histórico*: 21 jogos, 12 vitórias dos Estados Unidos, 8 vitórias do Japão e 1 empate. Último jogo: Estados Unidos 29 x 37 Japão, em 2014 (Copa das Nações do Pacífico);

*as equipes se enfrentarão no dia 24 de julho de 2015 pela Copa das Nações do Pacífico.

 

As notícias não podiam ser melhores para o rugby dos Estados Unidos neste ano. Após o sucesso comercial da visita dos All Blacks a Chicago no ano passado, a terra do Tio Sam virou destino valorizado no mundo do rugby, tanto no XV, com a Austrália também visitando Chicago, como no sevens, com São Francisco sendo eleita sede da Copa do Mundo de Sevens de 2018. E a ambição é enorme, com o país se candidatando ainda a sede da Copa do Mundo de 2023 e discutindo vivamente a possibilidade de uma liga profissional em breve, apesar do revés sofrido pela NRFL recentemente.

 

Em campo, as Águias vem apresentando evolução, mas sua seleção de XV ainda está muito abaixo do crescimento que teve sua seleção de sevens, sexta colocada na última Série Mundial de Sevens. Ainda assim, o número de atletas que as Águias contam atuando nos principais países do rugby mundial impressiona, entre eles, o excelente asa Samu Manoa, do Northampton Saints, um dos destaques da Premeirship inglesa, o ponta Taku Ngwenya, ex-mais rápido do planeta, que minguou nos últimos anos com o Biarritz, o segunda linha Scott LaValla, do Stade Français, o terceira linha Hayden Smith, do Saracens, os centros Folau Niua, do Glasgow Warriors, e Andrew Suniula, do Wasps, os confiáveis fullbacks Blaine Scully, dos Leicester Tigers, e Chris Wyles, do Saracens, e o capitão veterano Todd Clever, com passagem pelo Super Rugby.

 

Apesar dos bons nomes e do crescimento do rugby internamente, sobretudo no nível universitário, os Estados Unidos ainda padecem de irregularidade quando enfrentam oponentes de seu nível ou superiores. Prova disso são resultados recentes como o atropelo sofrido contra Tonga e a derrota em casa para o Japão no ano passado, contrastando com vitória sobre a Romênia fora de casa e sobre o arquirrival Canadá em 2014, quebrando o jejum contra os Canucks que se estendia desde 2009.

 

O time do técnico americano Mike Tolkin tem como trunfo maior seu preparo físico, que evolui a cada dia e permite que sua equipe jogue por mais tempo em igualdade com oponentes mais fortes. Os Estados Unidos podem ser a seleção mais fraca de seu grupo, mas duas das três únicas vitórias das Águias na história da Copa do Mundo de Rugby foram conta o Japão, adversário em 2015. A equipe estadunidense deste Mundial é, certamente, a mais experiente que os EUA já tiveram, com muitos atletas bem rodados pelo rugby profissional europeu. No scrum, sobretudo, os americanos se destacam, mas a equipe ainda padece de criatividade na linha, apesar de bons finalizadores. Se em 2011 as Águias venceram a Rússia no Mundial, em 2015 a vida será mais difícil, com o ascendente Japão sendo a seleção mais próxima do nível estadunidense.

 

O time de 2015 pode acabar sendo entendido no futuro como a transição entre gerações, isto é, entre uma equipe que mescla amadores, que atuam no próprio país, oriundos de clubes locais ou com laços familiares no exterior, com jogadores que atuam profissionalmente na Europa, e um novo Estados Unidos que poderá ser visto em 2019, forjado em um ambiente universitário mais forte do que nunca e com muitos atletas oriundos de outros esportes de alto rendimento, ambientados, quem sabe, em uma liga local já profissional, e com passagem pelo núcleo olímpico do sevens ascendente do país. Tudo isto são apenas especulações, mas que estimulam o rugby americano.

 

Para este Mundial, apenas uma certeza os EUA têm: o torcedor americano estará na Inglaterra apoiando sua seleção. Na Nova Zelândia, em 2011, os EUA estiveram na lista dos cinco países que mais levaram torcedores à terra dos kiwis, e agora a sede é ainda mais próxima e íntima de casa.

 

Clique aqui para ver as demais prévias da Copa do Mundo de 2015.

 

Eliminatórias

Uruguai x Estados Unidos, 2014

Estados Unidos x Uruguai, 2014

Estados Unidos x Nova Zelândia, 2014

 

Foto: Estados Unidos x Uruguai, 2014. Getty Images

1 COMENTÁRIO

  1. Excelente Matéria!!! Morei nos EUA e joguei Rugby por 8 anos (99-07) tanto em Nível Universitário , passando pelo o adulto, e tive a felicidade de jogar por 1 ano pelos Eagles.. Naquela época o EUA já era considerado um gigante adormecido, mais pecavam no investimento e no trabalho da Base… Hoje em dia não só as Universidades possuem Rugby de qualidade, mais eles estão investindo muito em High School ( ensino médio) e estão indo mais além, investindo em crianças, e cada ano eles se organizam cada vez mais para sediar grandes eventos, tem o apoio de emissoras de TV onde passam finais de Torneios Universitários e da Categoria Adulta, tanto de XV como de Sevens, divulgando e fazendo um marketing muito grande do Esporte no Pais, e com isso chamando parceiros cada vez mais fortes para apoiar o USA Rugby… A Estrutura de treinamento de todas as categorias e de dar inveja a muitos Pais… Minha opinião, não vai demorar muito para o Rugby virar profissional e o USA despontar entre umas das potencias do Rugby Mundial!!! Excelente Matéria Victor Ramalho