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No domingo, a segunda rodada da Copa do Mundo será encerrada com três partidas nesse domingo. A Austrália abre o dia recebendo o Uruguai, em um dos jogos mais desiguais da primeira fase. Na sequência, é a vez da Escócia buscar sua segunda vitória enfrentando os Estados Unidos, que ainda não somaram pontos, enquanto Irlanda e Romênia fecham o dia em partida que a Irlanda busca manter o 100%.
Wallabies e Teros pela primeira vez
Esta é uma das partidas inédita que o Mundial 2015 produzirá. Até hoje, jamais australianos e uruguaios se enfrentaram no campo de rugby. Os Wallabies venceram sua primeira partida contra Fiji, mas falharam em conquistar o bônus ofensivo, que não poderá faltar na partida contra os Teros. Os uruguaios perderam de cabeça erguida para Gales e vão à partida contra a Austrália em busca de se superarem e arrancarem um histórico try sobre o poderoso adversário.
A Austrália teve apenas três dias de descanso desde o jogo com Fiji e o técnico Michael Cheika alterou todos os 15 que começaram jogada a última partida, para descansar peças importantes. Com isso, o embate com os Teros se tornou a grande chance de vários nomes mostrarem serviço para o técnico, como o scrum-half Nick Phipps, o abertura Quade Cooper e o fullback Kurtley Beale, sedentos pela titularidade.
Pablo Lemoine, técnico do Uruguai, manteve a maior parte do time que jogou bem diante de Gales. As alterações foram as entradas de Leandro Leivas, na ponta, Juan De Freitas, na asa, Franco Lamanna, de segunda linha, German Kessler, de hooker, e Mateo Sanguinetti, de pilar. Mais desgastado, é justamente o pack uruguaio que mais sofreu mudanças, e é ele a grande arma para os Teros buscarem complicar em algum momento do jogo os Wallabies. No mínimo para garantir algum penal.
Sem muita análise, a Austrália é muito superior em todas as posições, ainda mais diante de um time amador.
08h00 – Austrália x Uruguai, em Birmingham – ESPN AO VIVO
Árbitro: Pascal Gaüzère (França)
Assistentes: Jaco Peyper (África do Sul) e Marius Mitrea (Itália) / TMO: Graham Hughes (Inglaterra)
Austrália: 15 Kurtley Beale, 14 Joe Tomane, 13 Henry Speight, 12 Matt Toomua, 11 Drew Mitchell, 10 Quade Cooper, 9 Nick Phipps, 8 Wycliff Palu, 7 Sean McMahon, 6 Ben McCalman, 5 Will Skelton, 4 Dean Mumm (c), 3 Toby Smith, 2 Tatafu Polota-Nau, 1 Scott Sio.
Suplentes: 16 Stephen Moore, 17 Sekope Kepu, 18 Greg Holmes, 19 Kane Douglas, 20 Rob Simmons, 21 Will Genia, 22 Bernard Foley, 23 Tevita Kuridrani.
Uruguai: 15 Gaston Mieres, 14 Leandro Leivas, 13 Joaquin Prada, 12 Andres Vilaseca, 11 Rodrigo Silva, 10 Felipe Berchesi, 9 Agustin Ormaechea, 8 Juan Manuel Gaminara, 7 Matias Beer, 6 Juan De Freitas, 5 Franco Lamanna, 4 Santiago Vilaseca (c), 3 Mario Sagario, 2 German Kessler, 1 Mateo Sanguinetti.
Suplentes: 16 Nicolas Klappenbach, 17 Oscar Duran, 18 Carlos Arboleya, 19 Alejandro Nieto, 20 Diego Magno, 21 Fernando Bascou, 22 Alejo Duran, 23 Alberto Roman.
Histórico: nunca se enfrentaram;
Escócia quer voar contra as Águias
Escoceses e estadunidenses se enfrentam no domingo em partida de boa expectativa em Leeds. A Escócia venceu com contundência o cansado Japão, mas sofreu na primeira etapa diante do bom time asiático, enquanto os EUA perderam de Samoa, mas fizeram uma partida digna e perderam por apenas 25 x 16. O favoritismo é escocês, ainda mais pela forma exuberante de sua linha, mas os EUA mostraram um time em boa forma física que aguentará os 80 minutos com intensidade e muita gana por seguir os passos dos japoneses e chocarem o mundo.
Para a partida, a Escócia teve apenas três dias de descanso, sofrendo o mesmo que o Japão sofrera na última quarta-feira. Com isso, o técnico Vern Cotter, que fez muitas mudanças no elenco. John Hardie ficou de fora por conta de concussão e em seu lugar entrou Ryan Wilson com a camisa 7, ao passo que o hooker Ross Ford entra no lugar de Fraser Brown, deixado no banco. Tim Visser e Sean Maitland entraram nas pontas, enquanto Henry Pyrgos ganhou a posição de scrum-half para Laidlaw descansar. As Águias americanas, por sua vez, tiveram apenas uma mudança, com Phil Thiel ganhando a vaga de hooker no lugar de Fenoglio.
Contra Samoa, os EUA não perderam nenhum scrum, mostrando solidez na formação, mas tiveram nada menos que cinco laterais roubados pelo time da Oceania, um dado alarmante. A Escócia, porém, também caiu diante da pressão japonesa nas formações e perdeu um scrum e um lateral ao longo da partida, mostrando que tem muito espaço para melhorar nas set pieces. Enquanto os forwards escoceses tiveram problemas contra os forwards japoneses no primeiro tempo, a segunda etapa foi um passeio, com a linha escocesa mostrando sua qualidade. A ligação entre Henry Pyrgos e Finn Russell (que seguiu no time) pode produzir verdadeiro pesadelo para os EUA, com a linha escocesa sendo de grande qualidade, mesmo com as trocas efetuadas para a partida. A missão escocesa é não cansar no pack, manter a intensidade até o fim e jogar em cima da linha americana, que não deverá segurar a capacidade ofensiva dos escoceses.
Do lado americano, o abertura MacGinty é um nome de muita criatividade que já provou saber puxar contra-ataques, sendo uma real ameaça à defesa escocesa. Se ele tiver liberdade para criar, os EUA têm armas importantes, como Ngwenya e Wyles, enquanto a terceira linha tem poderio, sobretudo na figura do oitavo Samu Manoa, que será a grande arma para os estadunidenses terem a preciosa posse de bola. Favoritismo escocês, mas os EUA têm suas armas para a surpresa.
10h30 – Escócia x Estados Unidos, em Leeds – ESPN AO VIVO
Árbitro: Chris Pollock (Nova Zelândia)
Assistentes: John Lacey (Irlanda) e Mike Fraser (Nova Zelândia) / TMO: Ben Skeen (Nova Zelândia)
Escócia: 15 Stuart Hogg, 14 Sean Maitland, 13 Mark Bennett, 12 Peter Horne, 11 Tim Visser, 10 Finn Russell, 9 Henry Pyrgos (c), 8 Josh Strauss, 7 Ryan Wilson, 6 Alasdair Strokosch, 5 Richie Gray, 4 Grant Gilchrist, 3 Jon Welsh, 2 Ross Ford, 1 Ryan Grant.
Suplentes: 16 Kevin Bryce, 17 Alasdair Dickinson, 18 Willem Nel, 19 Tim Swinson, 20 Fraser Brown, 21 Greig Laidlaw, 22 Duncan Weir, 23 Matt Scott.
Estados Unidos: 15 Chris Wyles (c), 14 Takudzwa Ngwenya, 13 Seamus Kelly, 12 Thretton Palamo, 11 Blaine Scully, 10 AJ MacGinty, 9 Mike Petri, 8 Samu Manoa, 7 Andrew Durutalo, 6 Al McFarland, 5 Greg Peterson, 4 Hayden Smith, 3 Titi Lamositele, 2 Phil Thiel, 1 Eric Fry.
Suplentes: 16 Zach Fenoglio, 17 Oli Kilifi, 18 Chris Baumann, 19 Cam Dolan, 20. John Quill, 21 Danny Barrett, 22 Shalom Suniula, 23 Folau Niua.
Histórico: 4 jogos e 4 vitórias da Escócia. Último jogo: Estados Unidos 6 x 24 Escócia, em 2014 (amistoso);
Irlanda em busca do 100%
Depois de vencer com ponto-bônus e muita tranquilidade o Canadá, a Irlanda vai a campo contra a Romênia, no último jogo considerado tranquilo para os verdes. A Romênia, por sua vez, superou as expectativas e fez um jogo muito duro contra a França, sendo derrotada apenas no fim da partida. Porém, os romenos tiveram apenas três dias de descanso para enfrentarem a Irlanda, o que pode ser ainda mais fatal para uma equipe como a Romênia que baseia tanto o seu jogo nos forwards.
A Irlanda vai ao jogo totalmente modificada, com Joe Schmidt optando por descansar a maioria dos titulares, já pensando nos duelos com França e Itália. Jamie Heaslip será o capitão do Trevo, formando uma terceira linha poderosa com Chris Henry e Jordi Murphy, os dois asas que jogarão com muita gana em busca da titularidade. A Romênia fez dura oposição no pack à França, e sua terceira linha tem muita qualidade, com Valentin Ursache comandando as ações, sempre potente no contra-ruck. Contra a França, os romenos arrancaram mais do que o dobro de turnovers, mas perderam muitos laterais, o que pode ser fatal diante da Irlanda, que ter´o gigante Toner na segunda linha. Forte no scrum, a Romênia não começará o jogo com seu pilar mais forte, Mihai Lazar, poupado pelo desgaste. Com isso, a força do scrum romeno não seja a mesma desta vez.
Com a posse de bola em mãos, sobretudo no segundo tempo, quando o vigor físico romeno deve cair, a Irlanda deverá ser fatal, sendo muito superior na linha. Sexton e Murray não jogarão e Madigan e Reddan terão suas chances de provarem valor, enquanto Simon Zebo e Tommy Bowe certamente vão a campo com muito em jogo, pois eram cotados para serem titulares da Irlanda na Copa. Dificilmente a Romênia fará outro jogo da mesma qualidade com tão pouco tempo de recuperação. A Irlanda tem tudo para ganhar seu bônus.
12h45 – Irlanda x Romênia, em Wembley, Londres – ESPN+ AO VIVO
Árbitro: Craig Joubert (África do Sul)
Assistentes: Romain Poite (França) e Leighton Hodges (Gales) / TMO: Shaun Veldsman (África do Sul)
Irlanda: 15 Simon Zebo, 14 Tommy Bowe, 13 Jared Payne, 12 Darren Cave, 11 Keith Earls, 10 Ian Madigan, 9 Eoin Reddan, 8 Jamie Heaslip (c), 7 Chris Henry, 6 Jordi Murphy, 5 Devin Toner, 4 Donnacha Ryan, 3 Nathan White, 2 Richardt Strauss, 1 Cian Healy.
Suplentes: 16 Sean Cronin, 17 Jack McGrath, 18 Tadhg Furlong, 19 Paul O’Connell, 20 Sean O’Brien, 21 Conor Murray, 22 Paddy Jackson, 23 Rob Kearney.
Romênia: 15 Catalin Fercu, 14 Adrian Apostol, 13 Paula Kinikinilau, 12 Csaba Gal, 11 Ionut Botezatu , 10 Michael Wiringi, 9 Valentin Calafeteanu, 8 Daniel Carpo, 7 Mihai Macovei (c), 6 Valentin Ursache, 5 Ovidiu Tonita, 4 Valentin Poparlan, 3 Paulica Ion, 2 Andrei Radoi, 1 Andrei Ursache.
Suplentes: 16 Mihaita Lazar, 17 Otar Turashvili, 18 Alexandru Tarus, 19 Johan Van Heerden, 20 Stelian Burcea, 21 Florin Surugiu , 22 Florin Ionita, 23 Florin Vlaicu
Histórico: 8 jogos e 8 vitórias da Irlanda. Último jogo: Irlanda 43 x 12 Romênia, em 2005 (amistoso).
Seleção | Jogos 2014-16 | Pontos 2015-16 | Pontos 2014-16 |
---|---|---|---|
Luxemburgo | 8 | 20 | 36 |
Eslovênia | 8 | 14 | 28 |
Sérvia | 8 | 10 | 18 |
Áustria | 8 | 05 | 11 |
Dinamarca | 8 | 05 | 08 |