Samoanos lideram protestos contra Liga Mundial.

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A repercussão da criação da Liga Mundial foi negativa entre os atletas de rugby mundo afora. Além dos críticas vindas do All Black Kieran Read e do próprio Agustín Pichot, vice presidente do World Rugby, Jonny Sexton (Irlanda) e Owen Farrell (Inglaterra) lideraram as críticas na Europa, levantando a voz sobre os riscos que a competição teria para a integridade física dos jogadores, sobretudo com a proposta de 5 jogos consecutivos em novembro, que incluem semifinais e final.

Mas a ameaça mais séria foi colocada pela Pacific Rugby Players Welfare, entidade que promove os direitos e interesses dos atletas profissionais das Ilhas do Pacífico, contando hoje com 600 atletas de Fiji, Samoa e Tonga que atuam na Europa como associados.

O diretor da entidade, o samoano Dan Leo, ex atleta que defendeu Samoa nos Mundiais de 2007 e 2011 e fez carreira com Wasps, Bordeaux, Perpignan, London Irish e London Welsh na Europa, conclamou os atletas fijianos, samoanos e tonganeses e boicotarem a Copa do Mundo de 2019 caso a proposta da Liga avance. Para Leo, a Liga seria desastrosa para o futuro das seleções das Ilhas, com uma possível onda de naturalizações de atletas das Ilhas pelas seleções da Liga, o que teria efeito nocivo na saúde das federações desses países e no desenvolvimento da modalidade nesses países. O boicote de Fiji, Samoa e Tonga seria extremamente danoso para a imagem da Copa do Mundo de Rugby.

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Liga abortada?

Para o jornal britânico Telegraph a proposta da Liga Mundial morreu com os protestos dos atletas de ponta do rugby mundial, que teria deixado os dirigentes surpresos.

A ideia de encerrar as negociações da Liga agradou a alguns dirigentes do Six Nations, uma vez que os países que integram a competição já estavam em andamento com planos de remodelarem a comercialização dos direitos de transmissão do torneio e dos amistosos envolvendo os 6 países europeus. O plano aumentaria os rendimentos e daria maior controle aos europeus nas negociações dos amistosos contra países do Hemisfério Sul, mas estava congelado por conta das negociações sobre a Liga.

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