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Uma notícia alarmante para  o rugby mundial. Em entrevista para o PlanetRugby.com, Dan Leo, samoano que atua pelo London Irish, revelou uma prática que está se tornando comum no rugby europeu. O jogador denunciou que vem sofrendo pressão para abandonar sua seleção nacional, com o risco de perder até 40% de seu salário.

 

Leo revelou que tais pressões vem sendo sofridas por vários jogadores de Samoa, Tonga e Fiji, que estão recebendo suas propostas salariais sempre em duas versões: com ou sem seleção. De acordo com o jogador, são os atletas dos países das pequenas ilhas do Pacífico Sul que sofrem mais com o problema, uma vez que têm remunerações muito baixas da parte de suas seleções nacionais, o que confere maior poder de barganha para os clubes, umas vez que os jogadores são dependentes deles. Países como Irlanda, Gales, Itália, Escócia, Nova Zelândia, Austrália e África do Sul têm maior controle sobre as práticas salariais de suas equipes, uma vez que trabalham no sistema de franquias, ao passo que França e Inglaterra, que têm clubes independentes, têm maior capacidade de remunerar os atletas pelos dias gastos com as seleções, o que minimiza o impacto da pressão dos clubes.

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O problema não é novo, com atletas de Fiji protestando contra as mesmas práticas ao menos desde 2011. Sem poder impor hoje uma regulação que impeça os clubes de darem esse “jeitinho” e oferecerem contratos distintos a atletas que querem jogar pelas suas seleções, o World Rugby não tem ainda meios para lidar com a situação, ameaçando a própria credibilidade da Copa do Mundo, de acordo com Leo.

 

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3 COMENTÁRIOS

  1. Quando vejo esses comentários me causa indignação e ver que existe romantismo no mundo profissional. Afinal são os clubes que pagam ao funcionário deles jogarem a partir de um planejamento do clube. Seleção é consequência do trabalho do clube, A confederação está se apropriando do talento criado pela empresa (clube) e não o contrario. vamos parar de besteiras e ver o esporte profissional como profissional e não brincadeira de moleque ou de encontro de amigos. Por isso existe “a várzea” apenas para divertimento. Se vcs verem como é tratado o atleta nos EUA para jogar na seleção talvez possam entender como é um relação entre confederação, clube, atleta,…Quem paga é o clube e mais ninguém através de patrocinadores.

  2. Isto não acontece apenas com os jogadores de Samoa, Tonga ou Fiji. Acontece com os jogadores de todos os pequenos países do mundo do rugby, duma forma ou de outra.
    Por exemplo Portugal tem sofrido constantemente com a privação de muitos dos seus jogadores que jogam em França, e que vivem dos salários pagos pelos seus clubes.
    Todos os anos é necessário negociar com os clubes a sua cedência, e isto ainda se sente mais porque os calendários das divisões inferiores em França não são elaborados pensando no calendário do Torneio das Seis Nações, por exemplo, como acontece com o da Top-14, e é naquelas divisões que joga o grosso dos portugueses que estão em França, com excepção do Julien Bardy e do Pedro Ávila.

  3. Rugby não é negócio, não é empresa e não é fabrica de dinheiro. O jogador tem a prioridade de jogar a Copa do Mundo sim. Se no contrato está estipulado que ele irá ganhar menos por jogar pela sua seleção, assine essa clausula, e não a que vai ganhar mais. Quer ganhar mais, saia da seleção, quer jogar a Copa, ganhe menos, simples assim. All Blacks e Wallabies, cada um com 2 conquistas fazem essa politica, por quê os outros paises não podem?