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O encontro grande da 5.ª jornada da DH que colocava frente-a-frente os dois primeiros da classificação terminou com o triunfo do líder CDUL, que venceu Direito por 15-14 num jogo de um ensaio só e onde o 3.ª linha Tiago Girão vestiu a pele de herói. 
Acidental? 
John Eales não desdenharia alguns dos cinco pontapés que o internacional português conseguiu meter.   

 
A partida do EU Lisboa entre os dois melhores quinzes nacionais foi bem interessante de acompanhar. 
Os advogados tiveram algum domínio e mais posse de bola, mas seriam penalizados pelo excesso de faltas no chão, que Tiago Girão – já tinha marcado três conversões na passada semana, nas Olaias, quando Pedro Cabral foi obrigado a abandonar por lesão – penalizou de forma exemplar. 
E ainda desperdiçaria outras duas…   
Até perto do fim apenas pontapés coloriam o marcador – com cinco a cargo de Girão e três para Gonçalo Malheiro, para nada confortáveis 15-9 a favor dos universitários. 
Foi aí que Direito, graças ao labor da sua avançada, construiria em seis ou sete longos minutos, um lance com inúmeras fases, perante a coriácea e tenaz defesa dos campeões nacionais que não conseguiria evitar… o inevitável ensaio alcançado por Adérito Esteves.
Mas só o permitiria tão junto da linha lateral que a difícil conversão tentada por Malheiro, que daria o triunfo aos advogados, acabaria por ser falhada. 
E o CDUL cavava uma vantagem de quatro pontos na tabela para os homens de Martim Aguiar.         
A ronda arrancou com a inauguração oficial do excelente relvado sintético da Guia, com o Cascais a receber e bater o Benfica, por 39-6. 
Mesmo desfalcada de sete habituais titulares (cinco deles nos sub-19), a equipa da Linha não teve problemas para levar de vencida um quinze que mais uma vez provou ser, pelo menos de momento, o mais frágil dos 10 em competição – e único que ainda não somou qualquer ponto. 
Os cascalenses obtiveram sete ensaios, com bis de Sebastião Van Zeller.
O Belenenses jogou pela primeira vez, esta temporada, no Restelo e aproveitou o facto para vencer uma surpreendente (pela negativa) Académica, por 30-11. 
Os azuis já dispuseram de vários dos seus internacionais de sevens – e a presença, a titulares, de António Vieira de Almeida como ponta e de Diogo Miranda a defesa, melhoraram em muito o jogo das suas linhas atrasadas, para lá de ambos terem marcado um ensaio cada.
Os homens do Restelo dominaram a partir da avançada, claramente mais forte que a adversária, e ainda tiveram a ajuda da desinspiração dos ”pretos”, em especial do seu chutador Francisco Serra, autor de um monumental pontapé de penalidade de 50 metros a abrir o resultado, mas que falharia vários outros bem mais acessíveis.       
O Belém apontou quatro ensaios (dois pelo 2.ª linha Rafael Simões) e mereceu ter a sorte que lhe viria a sorrir, pois dois deles foram alcançados logo no pontapé de saída da 2.ª parte e outro no derradeiro lance, a (mal) denominada ”bola de jogo”, por António Vieira de Almeida, o que valeu o pleno de cinco pontos no seu segundo triunfo na prova.
Nas Olaias o Técnico alcançou igualmente a sua segunda vitória na DH, agora perante o CDUP, por suados 29-28, com o ensaio triunfal a surgir – lá está – mais uma vez na “bola de jogo”. 
Numa partida muito equilibrada mas com fraca qualidade e com um final digno de Hitchcock, cada equipa conseguiu três ensaios, com os portuenses a desperdiçarem quatro pontapés aos postes que poderiam ter feito a diferença nesta sua deslocação à capital. 
Mesmo assim os chutadores das duas equipas tiveram grande quota-parte do marcador, com Duarte Marques a fazer 14 pontos para o Técnico e Rodrigo Figueiredo a ficar-se por 13 para o CDUP.  
Nas derradeiras cenas deste empolgante thriller, os engenheiros – que fizeram alinhar três jovens sub-21 sul-africanos da Academia dos Blue Bulls de Pretória (dois avançados e um três-quartos centro, Duran Law, autor de um ensaio) –, venciam por 24-23 até ao último minuto, altura em que o CDUP passou para a frente com um ensaio do argentino Diego Azambuzi (28-24). 
Mas o árbitro ainda concederia o pontapé de recomeço e dali surgiria uma excelente recuperação de bola por parte da equipa da casa para o ensaio final de autoria do ponta Bernardo Baptista, hoje à tarde transformado num verdadeiro 007, “ordem para abater rivais”.       

* Texto: António Henriques – Mão de Mestre

 

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Divisão de Honra – Campeonato Português
 

CDUL 15 X 14 Direito, em Lisboa

Belenenses 30 x 11 Académica, em Lisboa

Técnico 29 x 28 CDUP, em Lisboa

Cascais 39 x 6 Benfica, em Cascais