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A crise que vem abalando o rugby australiano, com êxodo de atletas e déficit orçamentário, levou nesta semana a União Australiana de Rugby (ARU) a tomar uma atitude enérgica e drástica. A partir de agora, a seleção australiana poderá contar com atletas que atuam no exterior. Austrália e Nova Zelândia eram os últimos países que ainda trabalhavam com a proibição de convocação de atletas que não atuam no próprio país, como forma de incentivar seus jogadores principias a jogarem no Super Rugby.
A nova medida tornará possível que jogadores do nível de Matt Giteau, Drew Mitchell (ambos do Toulon, da França) e George Smith (do Lyon, também da França) estariam livres para atuarem pelos Wallabies na Copa do Mundo. E o treinador Michael Cheika já está trabalhando com a hipótese de convocar os três. Para completar e garantir a força do elenco, a ARU acertou contratos centrais com mais dois atletas da seleção, James Slipper e Rob Simmons. Já Bernard Foley, que está de transferência dos Waratahs para o rugby japonês, terá um contrato flexível com a ARU, podendo seguir jogando pelos próximos dois anos com o Ricoh Black Rams, mas atuando também pela seleção.
Outro nome que está fortemente ligado à Top League japonesa, com rumores dando conta de que sua transferência para o Kobelco Steelers é certa, Israel Folau também deverá ter um acordo semelhante ao de Foley.
E os Jogos Olímpicos?
Enquanto a União Neozelandesa de Rugby está trabalhando com a possibilidade de contar em seu elenco de sevens, após a Copa do Mundo, com alguns dos grandes nomes atuais do XV, a Austrália não deverá ter atletas dos Wallabies no sevens.
A possibilidade foi levantada justamente pela possibilidade de Foley e Folau jogarem pela seleção de sevens, mas Bill Pulver, CEO da ARU, já afirmou que eles terão que escolher entre o XV e o sevens.
Foto: Matt Giteau, com camisa dos Wallabies