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Está chegando a hora! Nos dias 21 e 22 de fevereiro, sexta e sábado, a Arena Barueri, na Grande São Paulo, receberá o maior evento da história do rugby brasileiro até agora: a Série Mundial de Sevens Feminina. As melhores seleções do mundo da modalidade estarão no Brasil para a disputa da 3ª etapa do temporada 2013-14, de um total de 5 torneios pelo mundo.

Nas duas primeiras etapas foram as potências da Oceania que falaram mais alto. A Austrália, campeã da Copa do Mundo de 2009, faturou a primeira etapa, em dezembro, em Dubai, batendo na final a Nova Zelândia. As Black Ferns neozelandesas, campeãs da temporada 2012-13 e da Copa do Mundo de 2013, se levantaram na etapa seguinte, no fim de semana passado, em Atlanta (Estados Unidos), derrotando na final o Canadá, com as Wallaroos australianas terminando no terceiro lugar. As Canucks canadenses, que terminaram com o terceiro lugar em Dubai, ocupam a terceira posição da temporada, seguidas pela Rússia, que alcançou as semifinais nos dois torneios e aparece como a potência emergente do circuito. Inglaterra, decepcionando até aqui, Espanha e Estados Unidos alcançaram as quartas-de-final nos dois torneios e completam a lista das seleções mais fortes, ocupando as 7 primeiras posições da temporada. Em oitavo lugar no quadro geral, o Brasil joga em casa podendo diminuir a diferença que tem para as 7 primeiras do mundo no momento.

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Em Barueri, as 12 seleções foram divididas em 3 grupos com 4 equipes cada, sendo que os 2 melhores de cada grupo e os 2 melhores terceiros colocados do geral avançarão às quartas-de-final.

Nessa terça-feira, 18, as primeiras delegações internacionais chegaram ao hotel Bourbon Alphaville, onde todas as equipes estão hospedadas. As atletas da Nova Zelândia e da Holanda visitaram escolas de Barueri, visando divulgar o rugby e a competição.

“Eu acho muito importante irmos numa escola, porque as crianças são nosso futuro. Foi uma grande oportunidade de ensinar algumas técnicas do rugby, como passar a bola e o tackle”, afirma Huriana Manuel, capitã da Nova Zelândia. “É importante para as crianças aprenderem um esporte como o rugby. Nossas meninas ficaram felizes de ir lá e as crianças estavam entusiasmadas com nossa visita”.

 

Brasil busca superação para ir longe

As Tupis têm no histórico desta temporada um 8º lugar em Dubai e um 11º lugar em Atlanta. Em Dubai, o Brasil fez seu melhor torneio, jogando de igual para igual com as melhores do mundo. Nos Emirados Árabes Unidos, o Brasil foi superado pela Austrália na estreia, mas deu a volta e empatou brilhantemente com o Canadá, cedendo a igualdade nos minutos finais para as vice-campeãs mundiais. O time cresceu e bateu a França na sequência, para depois cair diante da Nova Zelândia nas quartas-de-final (após sair na frente no placar). Na Taça Prata, o Brasil perdeu por apenas 2 pontos para a Espanha e para os Estados Unidos, dando provas de que pode jogar no mesmo nível das potências.

Já em Atlanta, as Tupis não obtiveram os mesmos resultados, caindo diante de Espanha, Rússia, Japão e Holanda, mas encerrando a participação com vitória sobre a Irlanda. Contra as adversárias de Barueri, além do empate com as canadenses em dezembro, o melhor resultado do Brasil foi outro empate com a Holanda também no ano passado, na etapa da China da Série Mundial de Sevens. Portanto, a evolução do ano passado traz boas perspectivas e esperanças ao Brasil sobre vitórias inéditas em São Paulo.

“Acabamos de jogar com duas equipes que estão na nossa chave, Espanha e Holanda, e não faz muito tempo que enfrentamos o Canadá, em Dubai. Já conhecemos as adversárias, é um grupo forte, mas estamos preparadas e contamos com a torcida a nosso favor, pela primeira vez”, afirma Paulinha Ishibashi, uma das veteranas da Seleção Brasileira.

“Os três times jogam estilos diferentes e nós teremos que nos adaptar às distintas qualidades de cada um, para podermos competir. Estamos ansiosos pelo desafio e faremos tudo o possível para conseguir os melhores resultados neste torneio, e valorizar o apoio que temos recebido”, ressalta Chris Neill, técnico da Seleção Brasileira.

O Grupo C aparece, sem dúvida, como o mais equilibrado do torneio. Entre as três adversárias das Tupis, a mais forte sem dúvida é o Canadá, que conta com uma das artilheiras do circuito, Bianca Farella, além da excelente Ashley Steacy. Enquanto as Canucks têm uma seleção com um físico de destaque, atropelando as adversárias sempre com um jogo ofensivo e de contato, a Espanha é uma seleção técnica, com atletas do requinte de Barbra Pla e Patricia Garcia, que deverá brigar com o Canadá pelo primeiro posto. As holandesas aparecem como a terceira força, apresentando uma capacidade defensiva notável.

 

Black Ferns e Wallaroos favoritas

Nos Grupos A e B, haverá maior previsibilidade, mas não menos emoção. No Grupo A, a Nova Zelândia desponta largamente como a favorita, mas terá a pedreira inglesa pela frente, sedenta por fazer sua melhor aparesentação até aqui. As Black Ferns contam com algumas das melhores jogadoras do mundo, como Kayla McAlister (melhor do mundo em 2013 e irmã do ex-All Black Luke McAlister), artilheira da temporada até aqui, Honey Hireme, Carla Hohepa, Selica Winiata e Portia Woodman, sendo as favoritas para o torneio.

As inglesas não contam com as atletas do XV, que disputam no momento o Six Nations, tendo no artilheira Natasha Brennan a referência. Irregular nas primeiras etapa, a Inglaterra se preocupará muito mais em vencer os Estados Unidos, que aparecem como concorrentes da Inglaterra ao segundo lugar. Com Jessica Javelet e Victoria Folayan em alta, as estadunidenses chegam a São Paulo confiantes após boa vitória sobre as inglesas em Atlanta. A briga promete. A Irlanda completa o Grupo A e não tem grandes expectativas. Com um time muito jovem e sem as estrelas do XV, as verdes competem no circuito deste ano para renovar sua equipe e dar mais experiência a algumas atletas.

No Grupo B, Austrália e Rússia prometem um embate épico em Barueri. As australianas chegam credenciadas pelo título de Dubai e pelas brilhantes e habilidosas atletas que têm, como Emilee Cherry, Ellia Green, Rachel Crothers e Sharni Williams, que fazem um quarteto devastador. Talvez a seleção com melhores chances de deixar as Black Ferns para trás, a Austrália tem classificação certa ao lado da Rússia, mas a primeira colocação está completamente em aberto. As russas têm a seleção mais temível fisicamente do circuito, com a poderosa Baizat Khamidova rompendo defesas e sendo o terror das adversárias. Ekaterina Kazakova, Marina Petrova e a pequena Nadezda Yarmotskaya são atletas perigosas e que tornam a Rússia um dos times mais fortes do mundo.

O Japão é a terceira força do grupo, com um time muito técnico e rápido, e a Argentina aparece como o time mais fraco do torneio, mas que vem crescendo muito e chega credenciado por vitórias em torneios recentes na América do Sul (que não tiveram a participação brasileira).

 

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Bradesco Rugby Brasil Sevens – 3ª etapa da Série Mundial de Sevens Feminina 2013-14 – em Barueri, São Paulo, Brasil

Grupo A: Nova Zelândia, Inglaterra, Estados Unidos, Irlanda

Grupo B: Austrália, Rússia, Japão, Argentina

Grupo C: Canadá, Espanha, Holanda, Brasil

 

Sexta-feira, dia 21 de fevereiro

14h30 – Nova Zelândia x Irlanda

14h52 – Inglaterra x Estados Unidos

15h14 – Brasil x Espanha

15h36 – Canadá x Holanda

15h58 – Austrália x Argentina

16h20 – Rússia x Japão

17h14 – Nova Zelândia x Estados Unidos

17h36 – Inglaterra x Irlanda

17h58 – Canadá x Brasil

18h20 – Espanha x Holanda

18h42 – Austrália x Japão

19h04 – Rússia x Argentina

19h58 – Estados Unidos x Irlanda

20h20 – Nova Zelândia x Inglaterra

20h42 – Brasil x Holanda

21h04 – Canadá x Espanha

21h26 – Japão x Argentina

21h48 – Austrália x Rússia

 

Sábado, dia 22 de fevereiro

Finais, das 14h30 às 22h00

 

SERVIÇO

Bradesco Rugby Sevens Brasil (Circuito Mundial de Rugby Feminino)

Dias: 21 e 22 de fevereiro

Horário: A partir das 14h

Onde: Arena Barueri

A Arena Barueri se localiza na Av Prefeito João Villalobo Quero, 1001, em Barueri, na altura do km 32 da Rodovia Castelo Branco. O estádio está próxima também da Estação Jardim Belval da CPTM, Linha 8 Diamante (Júlio Prestes-Itapevi, com conexão com a Estação Barra Funda, da Linha 3 Vermelha do metrô, e com as estações Osasco e Presidente Altino, da Linha 9 Esmeralda da CPTM).

 

Ingressos: https://www.ingresse.com.br/ingressos-bradesco-rugby-sevens-brasil

Ingresso p/ 1º dia – R$13 (inteira) / R$8,00 (meia)

Ingresso p/ 2º dia – R$R$18,00 (inteira) / R$10,50 (meia)

Ingresso conjunto válido para os dois dias – R$23,00 (inteira) / R$13,00 (meia)