Foto: World Rugby

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O World Rugby, a federação internacional de rugby, anunciou mudanças profundas em seu conselho para os próximos anos, começando por 2018. A entidade garante ter pelo menos um terço da representação feminina em todos os seus níveis organizacionais. A proposta recebeu a unanimidade de votos numa recente reunião em Londres entre o atual conselho.

A decisão histórica foi liderada pelo presidente Bill Beaumont. O conselho que, atualmente, permite 32 integrantes, será aumentado para 49 e, dessas, 17 serão obrigatoriamente mulheres.

As 17 mulheres que farão parte do conselho serão enviadas pelas 11 confederações/uniões e 6 associações regionais que, atualmente, têm direito ao voto adicional nas decisões mas não possuem representante no Conselho. A partir de então, terão direito a representação no conselho desde que seja por uma mulher.

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Ou seja, terão representantes mulheres África do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Inglaterra, Gales, Escócia, Irlanda, França, Itália (que contam hoje com 3 votos no Conselho e passarão a ter 3 representantes, ao invés de 2), Japão (que conta com 2 votos) e as federações continentais (que contam hoje com 2 votos cada), isto é, Rugby Europe, Sudamérica Rugby, Rugby Americas North, Rugby Africa, Asia Rugby e Oceania Rugby. O Brasil é hoje representado no Conselho apenas pelas cadeiras da Sudamérica Rugby.

Além desta deliberação, no “Plano Feminino 2017-25”, estão integrados planejamento, apoio e estrutura ao desempenho, liderança e investimento no rugby a nível global, inclusive feminino.

As reformas foram desenvolvidas através da liderança da Women’s Advisory Committee, estabelecido em 2015 em conjunto com o World Rugby.

Depois da uma Copa do Mundo Feminina bater recorde, o retorno muito bem sucedido do Rugby ao programa olímpico no Rio 2016 e o sucesso da Série Mundial de Sevens Feminina, o Rugby feminino experimenta um crescimento elevado e se encontra em seu pico histórico. As últimas estatísticas indicam que mais de 2,4 milhões de mulheres e meninas estão imersas no Rugby, representando mais de um quarto (26%) dos participantes em todo o mundo, representando um aumento de 60% desde 2013.

A World Rugby General Manager of Women’s Rugby, Katie Sadleir, comentou: “Após o sucesso da recente Copa do Mundo de Rugby Feminino na Irlanda, a decisão de aumentar a representação feminina no Conselho em mais de um terço é uma grande transformação para o Rugby. Isso vai mudar a maneira como vamos liderar o esporte no futuro, fazendo a diferença não só para o Rugby feminino, mas para todo o nosso esporte“.

A a primeira mulher nomeada para o Conselho já existe. É Ada Milby, Secretária Geral da federação das Filipinas, depois de ser eleita pela Asia Rugby durante o fim de semana.

 

Nova formação do Conselho do World Rugby:

Inglaterra – 3 representantes (sendo 1 feminino)

Gales – 3 representantes (sendo 1 feminino)

Escócia – 3 representantes (sendo 1 feminino)

Irlanda – 3 representantes (sendo 1 feminino)

França – 3 representantes (sendo 1 feminino)

Itália – 3 representantes (sendo 1 feminino)

Nova Zelândia – 3 representantes (sendo 1 feminino)

Austrália – 3 representantes (sendo 1 feminino)

África do Sul – 3 representantes (sendo 1 feminino)

Argentina – 3 representantes (sendo 1 feminino)

Japão – 2 representantes (sendo 1 feminino)

Canadá – 1 representante

Estados Unidos – 1 representante

Romênia – 1 representante

Geórgia – 1 representante

Rugby Europe (Europa) – 2 representantes (sendo 1 feminino)

Sudamérica Rugby (América do Sul e Central) – 2 representantes (sendo 1 feminino)

Rugby Americas North (América do Norte e Caribe) – 2 representantes (sendo 1 feminino)

Rugby Africa (África) – 2 representantes (sendo 1 feminino)

Asia Rugby (Ásia) – 2 representantes (sendo 1 feminino)

Oceania Rugby (Oceania) – 2 representantes (sendo 1 feminino)

Presidência do World Rugby

Total: 49 representantes com votos (sendo ao menos 17 femininos)