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Na última segunda-feira, 23, o presidente da União Sul-Africana de Rugby, Oregan Hoskins, disse, de acordo com a imprensa local, que “jogadores negros, mais especificamente negros africanos, deveriam ter mais chances” entre os Springboks.
A mensagem foi direcionada ao treinador dos Boks, Heyneke Meyer durante uma reunião do Comitê Olímpico Sul-Africano na semana passada, em Johannesburg. “Falei com o técnico e ele concordou comigo. Acredito que veremos algumas mudanças já na partida do próximo final de semana, contra a Escócia”, disse Hoskins ao jornal Die Beeld.
Contudo, a AfriForum, organização pelos direitos civís na África do Sul, está preparando uma notificação oficial ao IRB posicionando-se contra ao que chamam de “sistema de cotas” dentro do rugby. “As instruções da SARU ao técnico da equipe são uma demonstração nua e crua de discriminação racial e um indício de que a organização cedeu à pressão do Ministro dos Esportes, Fikile Mbalula”, disse Kallie Kriel, chefe executivo da AfriForum. “Um sistema de cotas desfavorece jogadores que tenham qualidade, independente de raça”, continua.
Hoskins, por sua vez, disse que não tem as ameaças da AfriForum: “eles têm escrito para o IRB há tempos. Não é a primeira vez. Não vou nem me manifestar sobre isso”.
A AfriForum se baseia na lei terceira do estatuto do IRB, que condena qualquer forma de discriminação racial no esporte. “A SARU e o governo deveriam é investir na formação de jogadores ainda nas escolas em vez de tentar manipular as coisas entre os profissionais”, sentenciou Kriel.