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O IRB – agora já World Rugby – nomeou mais quinze grandes personagens da história a seu Hall da Fama, anunciados durante a IRB ConfEx 2014. A grande e grata novidade foi, enfim, a nomeação de nada menos que seis jogadoras, as primeiras mulheres a entrarem para o seleto grupo.

Entraram para o Hall da Fama:

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Nathalie Amiel (França): treinadora da seleção francesa de rugby feminino na última Copa do Mundo, tendo levado antes a França ao título do Six Nations Feminino. Amiel também jogou 56 vezes pela seleção, entre 1986 e 2002;

Gill Burns (Inglaterra): jogadora da seleção inglesa de 1986 a 2002, campeã mundial em 1994, e diretora de rugby feminino da RFUW, entidade máxima do rugby feminino inglês;

Carol Isherwood (Inglaterra): ex-jogadora da seleção inglesa, fundadora da RFUW e primeira mulher a fazer parte do IRB Rugby Committe;

Patty Jervey (Estados Unidos): campeão mundial como jogadora dos Estados Unidos em 1991, jogando pela seleção até 2006;

Farah Palmer (Nova Zelândia): ex-capitã da Nova Zelândia, Farah Palmer jogou pelas Black Ferns de 1996 a 2006, conquistando três títulos mundiais com a equipe;

Anna Richard (Nova Zelândia) (foto): ex-jogadora da seleção da Nova Zelândia, atuando pelas Black Ferns de 1990 a 2010. Richards se sagrou tetracampeão mundial, conquistando a Copa do Mundo Feminina em 1998, 2002, 2006 e 2010. É a jogadora que mais vezes vestiu a camisa da Nova Zelândia, com 40 aparições.

 

Além das seis mulheres que foram nomeadas, outros nove mitos do rugby masculino entraram para o Hall da Fama nesta semana. Foram eles:

Keith Rowlands (Gales): segunda linha que defendeu Gales entre 1962 e 1965 e os Lions em 1962. Rowlands se notabilizou em sua carreira fora de campo, como dirigente, sendo membro do Comitê do IRB, um dos responsáveis pela criação da Copa do Mundo e depois presidente da União Galesa de Rugby;

JPR Williams (Gales): um dos grandes mitos da história do rugby galês, o fullback John Peter Rhys “JPR” Williams foi um dos principais nomes da era de ouro de Gales, atuando pelo país de 1969 a 1981, com 55 jogos e 35 pontos. Atuou também pelos Lions em 1971 e 1974, nas gerações que emergiram vitoriosas contra All Blacks e Springboks;

Ieuan Evans (Gales): ponta galês de 1987 a 1998, Evans fez 157 pontos em 72 jogos pela seleção, além de atuações pelos Lions em três giras (1989, 1993 e 1997). O galês ainda jogou nos primeiros anos do profissionalismo, sendo campeão da Heineken Cup pelos ingleses do Bath em 1997;

Jim Greenwood (Escócia): um dos maiores jogadores da história da Escócia, Greenwood atuou como terceira linha na seleção do país de 1952 a 1959, jogando também pelos Lions em 1955;

Michael Lynagh (Austrália): vice-capitão dos Wallabies no título mundial de 1991, Lynagh é um dos maiores jogadores da história da Austrália. Abertura da seleção de 1984 a 1995, Lynagh fez parte dos Wallabies que venceram o Grand Slam na Europa em 1984 (vencendo ingleses, galeses, escoceses, irlandeses e franceses), único até hoje na história da equipe, e foi o maior pontuador do rugby mundial no momento de sua aposentadoria, somando 911 pontos em 72 jogos pela Austrália;

 – Jo Maso (França): um dos maiores da história do rugby francês, o centro Jo Maso começou no rugby league, mas passou para o union em 1966, jogando pelos Bleus até 1973, com um total de 25 jogos. Maso esteve no primeiro time francês que conquistou o Grand Slam, em 1968;

Keith Wood (Irlanda): melhor jogador do mundo em 2001, o hooker irlandês Keith Wood disputou 58 jogos pela seleção, de 1994 a 2003. Wood jogou também pelos Lions em 1997 e 2001;

Jason Leonard (Inglaterra): pilar inglês campeão do mundo em 2003, Leonard fez 114 jogos pela Inglaterra, de 1990 a 2004, além de outros 5 jogos pelos Lions. O jogador deteve até 2005 o recorde mundial de partidas por seleções;

 – Bill Beaumont (Inglaterra): segunda linha da seleção inglesa de 1975 a 1982, Beaumont fez 34 jogos pela Inglaterra e outros 7 jogos pelos Lions, sendo capitão em 21 oportunidades pela Inglaterra e outras 3 pelos Lions. Depois de sua aposentadoria, Bill Beaumont se tornou dirigente, representando a Inglaterra no Conselho do IRB, eventualmente se candidatando a presidência da entidade. Em 2012, Beaumont se tornou diretor da RFU inglesa.

 

IRB Development Award vai para a Geórgia

Enquanto o Prêmio Espírito do Rugby – IRB Spirit of Rugby Award – foi para o Brasil, ou melhor, para o Curitiba, com seu brilhante projeto “Vivendo o Rugby”, o prêmio de desenvolvimento IRB Development Award foi para o rugby da Geórgia. O premiado foi o ex-Primeiro Ministro do país Bidzina Ivanishvili que, com sua Fundação Cartu, vem financiando o desenvolvimento do rugby do país, com a construção de campos de rugby e centros de alto rendimento, incluindo dois estádios exclusivos para a prática do esporte.