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Na última semana, o craque australiano Israel Folau, que é cristão devoto, voltou a entrar em polêmica. O jogador publicou em suas redes sociais uma mensagem dizendo “atenção bêbados, homossexuais, adúlteros, mentirosos, fornicadores, ladrões, ateus e idólatras. O inferno espera por vocês. Arrependam-se! Só Jesus salva”. A Rugby Australia (federação australiana) e seu time, o Waratahs (do Super Rugby), imediatamente se manifestaram de forma crítica à mensagem, que é semelhante a outro post feito pelo atleta no ano passado.
Naquela oportunidade, a crise gerada foi apaziguada pela Rugby Australia, que optou apenas por conversar com o atleta, solicitando maior cautela nas redes sociais. Isso porque a entidade tem posto em prática uma política ativa de tornar o rugby um esporte aberto para todos. Entre outras medidas, a Rugby Australia é parte desde 2016 de uma aliança com outros esportes no país de combate à homofobia, ao passo que seu patrocinador principal, a empresa aérea Qantas, também tem se engajado em campanhas anti-homofobia.
Com a reincidência do caso, a Rugby Australia anunciou que terá que romper contrato com o jogador caso ele não voltasse atrás em suas declarações. O Waratahs imediatamente afastou Folau.
Neste fim de semana, Folau deixou claro que não voltará atrás, afirmando seguir a Bíblia e que deixará de jogar rugby se essa for a vontade de Deus. Com isso, o atleta dificilmente defenderá os Wallabies na próxima Copa do Mundo.
A NRL, a liga de Rugby League da Austrália, que tem a mesma política da Rugby Australia, apoiou a decisão da entidade do Rugby Union e não oferecerá contrato a Folau.
O caso, no entanto, está longe de um desfecho. Na Inglaterra, Billy Vunipola se manifestou publicamente em defesa de Folau, com a RFU (a federação inglesa) deixando claro que não compartilha com a visão de Vunipola e deverá conversar com o atleta. A RFU é apoiadora oficial de uma ONG que combate homofobia e coloca no contrato de seus atletas um termo de compromisso de respeito à sua política inclusiva.