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Com vitória fácil, Curitiba Rugby chega a mais uma final no Paraná e enfrenta o Londrina na decisão.
Veja grandes fotos da partida, por Rodrigo Bellé
Pela semifinal do campeonato paranaense 2013, o Curitiba, primeiro colocado da primeira fase, recebeu o Lobo Bravo de Guarapuava, quarto lugar e só teve dificuldades no início da partida até conseguir impôr seu ritmo e melhor forma física.
Os oito primeiros minutos de jogo foram da equipe do interior, com praticamente toda a posse e ganhando os rucks e scrums, o time da região central do estado pressionou muito, mas esbarrou na defesa curitibana em todas as tentativas e em uma delas, já começou a aparecer o melhor jogador em campo, quando Arno Koch (AK), o sul-africano dos Touros roubou um ruck e passou para o hooker Sergio “Chip” Wdoviak. Saindo dos 5m de sua defesa o argentino seguiu com a bola até dez metros do try adversário, onde conseguiu um penal que deu início à contagem pelos pés de Michael, ex-asa, agora jogando de fullback.
Logo após, o centro Enrique “Kiko” Negretti fez boa infiltração e marcou o primeiro try curitibano, não convertido. Então os Lobos voltaram a pressionar e desta vez marcaram, try do scrumhalf Mario César.
A partir disso o Curitiba conseguiu impôr seu ritmo de jogo e fez o que já se esperava do representante paranaense no Super X. Com uma grande jogada pelo meio da defesa, Gustavo Albuquerque, o Rambo, aumentou para 15 x 7 com a conversão e logo em seguida ele mesmo aumentaria para vinte pontos o placar.
Aos vinte e nove minutos, Marreta, atleta de apenas 18 anos porém com quase 130 quilos, atropelou a defesa guarapuavana e marcou um belo try. Ainda daria tempo para mais um try na primeira etapa, anotado por Stefano aos 40 minutos e fechando o placar desta em Curitiba 34 x 7 Lobo Bravo.
O segundo tempo começou morno, e o Lobo começou a dar sinais de cansaço, muito pelas três últimas partidas que fez de forma seguida. Então o Curitiba se reencontrou e se aproveitou disto para ir marcando tries, aos catorze minutos com Chipi, não convertido, aos vinte mais uma vez com Kiko, e com Rambo, marcando seus terceiro e quarto tries aos vinte e dois e vinte e nove, todos eles convertidos e embaixo dos postes.
Os Touros ainda aumentariam o marcador com três tries, de Lucas e Bicudo, não convertidos e para finalizar, ao soar da corneta, o oitavo AK que com uma grande jogada apoiou a bola entre os paus e ainda de forma muito rápida converteu seu próprio try com um drop e pôs números finais à partida, Curitiba 77 x 7 Lobo Bravo.
Destaques: Tenho de fazer uma ressalva nesta cobertura, dando alguns destaques pois a escolha do melhor em campo pode parecer estranha devido ao primeiro deles, os quatro tries de Gustavo Albuquerque, além do número, todos eles foram muito bonitos.
Outro destaque foi a quantidade de knock on’s cometidas pelas duas equipes.
O drop do oitavo Arno Koch Southney (AK) ao final também é algo que não estamos acostumados a ver, e sua partida foi irrepreensível.
Mas o maior deles, na partida, vai para o melhor jogador da partida, o hooker Sergio “Chipi” Wdoviak, que marcou um try, armou mais três com passes, e fez jogadas dignas de um centro. Também há o detalhe de não ter errado nenhum lineout mesmo enfrentando o ex-treinador de seu clube.
O Curitiba recebe em seus domínios o time do Londrina, que venceu, em partida emocionante o Hawks Maringá (relato da partida abaixo). E com promessa de bom jogo, lembrando que foi a única partida em que o time da capital não marcou ponto extra.
Em nota especial deixamos nossos parabéns ao grande Eduardo Lagarrigue, o Lalo, fundador e atual treinador do Curitiba Rugby, querido por todos os clubes e talvez o maior apaixonado pelo esporte no estado.
Placar final: Curitiba 77 x 07 Lobo Bravo
Curitiba Rugby:
Tries: Gustavo Albuquerque “Rambo”(4), Enrico Negretti “Kiko” (2), Marreta, Stefano Padilla, Sergio “Chip” Wdoviak, Lucas, Filipe Bicudo, Arno Koch Southney “AK”
Conversões: Michael Lopes (6), Arno Koch Southney “AK”
Penais: Michael Lopes
Lobo Bravo Rugby:
Try: Mario César
Conversão: Mario César
Árbitro: Carlos Elkan
Local: Paraná Esporte – Curitiba/PR
Artigo por Carlos Gustavo Woellner
Fotos por Rodrigo Bellé
Maringá e Londrina têm batalha épica pela outra vaga na final
Um sábado de clima agradável, sol fraco e pouco vento, um bom público presente para assistir o duelo entra Maringá e Londrina, historicamente o mais imprevisível dos confrontos paranaenses, e este não seria diferente.
Nos primeiros dez minutos de jogo, tudo indicava que seria outra vitória maringaense, com dois penais convertidos pelo Fernando Mazon, mostrando 6 a 0 no placar, mas em pouco tempo as coisas mudariam. Os próximos 30 minutos foram praticamente um treino de ataque do Londrina contra a defesa de Maringá, que se segurou do jeito que pôde, mas não demorou muito para o primeiro centro do Londrina, Fernando Marques, anotasse não um, mas três tries, deixando o placar marcando 6 a 19.
O Maringá se mostrava atônito e sem muita saída diante do ritmo frenético adotado pelos visitantes, então acordaram no minuto final do primeiro tempo e num rápido contra ataque com a sua terceira linha quase marcaram um try, mas sem sucesso, foram para o intervalo com a desvantagem de treze pontos.
Mas como clássico é clássico, tudo pode mudar de repente, no segundo tempo Maringá voltou com tudo, e quem se sentiu acuado dessa vez foi o Londrina. Em dez minutos de jogo, o Maringá encostou no placar, chegando a 18 pontos com um try do ponta Caique Ramos e outro do abertura Lucas Vieira, deixando os trinta minutos para jogar com o placar mostrando apenas um ponto de diferença, e assim foi até o final, com Londrina se segurando e Maringá atacando, mas no fim prevaleceu o primeiro tempo impecável do time visitante, finalizando o jogo em Maringá 18 a 19 Londrina, que faturou a vaga para a Copa do Brasil e para a final do campeonato paranaense.
O Londrina faz a final com o Curitiba, no fim de semana, na capital paranaense
Placar final: Maringá 18 x 19 Londrina
Hawks Maringá:
Tries: Caique Ramos, Lucas Vieira “Bagé”
Penais: Fernando Mazon (2)
Conversão: Fernando Mazon
Londrina Rugby:
Tries: Fernando Marques (3)
Conversões: Mario César (1)
Artigo por Lucas Viñas Vieira – Bagé