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O Band Saracens foi o responsável pelo grande anti-climax da rodada. Recebendo o São José na partida preliminar ao jogo do Pasteur, o clube fez uma grande partida, segurou os visitantes que precisavam da vitória para depois torcer contra os franceses para levantar mais um título, mas muito nervoso, reagiu tardiamente e terminou com o vice-campeonato.
Veja as fotos da partida, por Daniel Venturole
A partida começou com muita intensidade dos dois lados, disputando cada ruck com todas as suas forças, mas sem ganho territorial, a partida ficou amarrada na intermediária, com algumas subidas de ambos. O São José, dono de um seguro jogo de mãos, errava muitos passes simples e interrompia suas subidas. A ligação entre forwards e linha era muito comprometida, com uma sucessão de erros de handling e de passes. O Band por sua vez começou cedendo muitos penais por offside, e logo foi punido com um penal de Gabriel que abriu o placar para os visitantes.
O troco no entanto não demorou, com o sempre perigoso Marton bloqueando um chute adversário e correndo sem oposição para o try, seguido de conversão de Josh. Pedro Lopes teve boa chance logo após a saída de bola, com boa corrida pela esquerda, mas foi contido quase dentro da linha de 10m. O São José teve mais uma boa chance, dessa vez com o scrum na linha de 5m, mas o Band era implacável na defesa, empurrando o adversário sempre para trás. No embate físico, pior para os joseenses que perderam Brujo por contusão. No final Gabriel descontou com mais um penal.
Na etapa final, o São José conseguiu uma boa interceptação e quase chegou ao try, mas não conseguiu concluir a jogada. Depois foi a vez do band visitar o campo de ataque adversário, e saiu de lá com um try de Gabriel Paganini, em uma bela demonstração de superioridade no scrum e Josh anotou um penal para abrir vantagem e minar o ânimo do São José.
Mas foi justamente nos forwards, onde o Band dava mostrar claras de superioridade, que veio a grande reação dos visitantes. O técnico Maurício Coelho mexeu no time e deu novo gás para seu pack, que logo respondeu com um try de Nelsinho, superando dores ao longo da partida e o hooker vibrou muito, contagiando o time. Poucos minutos depois, nova investida e novo try da primeira linha, dessa vez com Leo Frota, que com a conversão de Gabriel, colocou o time na liderança pela primeira vez na partida.
O momento era do São José na partida, que já passava da metade, e depois de uma série de fases, o clube quase anota seu terceiro try, mas dessa vez o Band conseguiu segurar muito bem os avanços adversários, conquistando a posse de bola depois de quase três minutos tensos defendendo dentro da linha de 5m. A recompensa veio pouco depois, com Josh encarando sozihno a defesa adversária depois de uma série de fases dentro dos 22m. O experiente neozelandês achou uma brecha pela esquerda e conseguiu apoiar no ingoal, para delírio da torcida bandeirantina e do Pasteur, que já se preparava para a partida seguinte.
A partida se encaminhava para os minutos finais, e o São José partiu para o tudo ou nada, tentando manter-se vivo na competição. Com o cronômetro zerado, os joseenses fizeram um bom trabalho de manutenção da posse de bola, avançando com cuidado, e depois de uma sequência de pick and gos perto do ingoal, Benê finalmente apoiou mais uma vez, deixando a equipe apenas um ponto atrás. Na conversão decisiva, Gabriel chutou muito bem, mas a bola passou a centímetros da trave esquerda, garantindo o triunfo do Sarries e o título do Pasteur.
O Portal do Rugby elegeu Marton como melhor jogador da partida
Placar final: Band Saracens (07) 24 X 23 (06) São José
Band Saracens
Tries: Marton, Gabriel Paganini e Josh
Conversões: Josh (3)
Penal: Josh
São José
Tries: Nelsinho, Leo Frota, Benê
Conversões: Gabriel
Penais: Gabriel (2)
Marton Andrade