Maranhão é um dos contratados pelo Corinthians. Foto: Lais Zampiere

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ARTIGO COM VÍDEOS – Ao redor de 15 mil torcedores vibraram nesta quarta-feira no Estádio do Morumbi, em São Paulo, para um jogaço entre Brasil e Barbarians, o centenário combinado internacional, que reuniu nada menos que três campeões do mundo e outros astros do planeta oval. A partida ainda foi o palco mais que merecido para a aposentadoria de um dos maiores jogadores da história dos Tupis: Lucas Duque, o “Tanque”.

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Levando à risca sua filosofia de jogo aberto e alegre, os Barbarians venceram por 47 x 22, mas o Brasil brilhou com 3 tries sobre o poderoso adversário.  O jogo, aliás, começou com o Brasil esmerilhando em um try de levantar o estádio de Maranhão, após lindo chapéu de Daniel Sancery. A linha brasileira dava o show inicial.

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A resposta veio rápida, com o fijiano Campese Ma’afu e, pouco depois, o sul-africanos campeão do mundo Mapimpi perdeu um try feito. Josh pôs ainda o Brasil na frente com o único penal aos paus no jogo


O jogo dos Barbarians começou a encaixar, com o estilo aberto e envolvente aparecendo. Havili foi o homem do jogo e começou com uma quebra de linha e offload para try do argentino Ezcurra.


Havili ainda fez outras bela jogada e cravou novo try para os Baa-Baas.


Porém, o Brasil reagiu antes da pausa e Monstro, no contato físico, rompeu para o Brasil com o try que levou o marcador em 19 x 15 ao intervalo a favor dos visitantes estrelados, que tiverem levemente mais posse de bola e souberam evitar o contato físico, com mais corridas do que o Brasil.

O segundo tempo começou com try para os Barbarians, na força do australiano Cottrell.

Os Tupis sentiram o golpe e Mapimpi mostrou a que veio, quebrando a linha brasileira para servir seu compatriota sul-africano Vermaak. Novo try dos Baa-baas.

O jogo físico começou a pender para o lado alvinegro, com novo try de Cottrell. “Beast” Mtawarira e Rory Best entraram em campo e o scrum brasileiro nunca conseguiu ser superior. No entanto, os Tupis souberam abrir o jogo quando possível e Felipe Cunha marcou um try muito celebrado, quebrando tackles.

Ainda houve tempo para Havili marcar novo try para os Barbarians, com ninguém menos que Rory Best encerrando o jogo com um chute de conversão. Chute perfeito, ainda mais para um hooker. Barbarians 47 x 22 Brasil, números finais. Jogo de alto nível.

Partida com 60% de posse de bola para os Barbarians e 40% para os Tupis, com o scrum dos Baa-baas sendo impecável desta vez. O número de corridas, como esperado, foi alto do lado dos visitantes: 53 contra 22. Porém, o Brasil levou vantagem nos rucks, em 63 a 54.

Os Barbarians ainda encerrarão o ano enfrentando Gales no dia 30, enquanto os Tupis só voltarão a campo em julho, uma vez que o Americas Rugby Championship foi transferido para o segundo semestre de 2020.

22versus copiar47Barbarians

Brasil 22 x 47 Barbarians, no Estádio do Morumbi, São Paulo

Árbitro: Federico Anselmi (Argentina)

Assistentes: Francisco González (Uruguai) e Cauã Ricardo (Brasil) / TMO: Xavier Vouga (Brasil)

Brasil

Tries: Maranhão, Monstro e Cunha

Conversões: Josh (2)

Penais: Josh (1)

15 Daniel Sancery, 14 Lorenzo Massari, 13 Felipe Sancery (c), 12 Moisés Duque, 11 Daniel “Maranhão” Lima, 10 Josh Reeves, 9 Lucas “Tanque” Duque, 8 André “Buda” Arruda, 7 Arthur Bergo, 6 Cléber “Gelado” Dias, 5 Luiz “Monstro” Vieira, 4 Matteo Dell’Acqua, 3 Joel Ramirez, 2 Wilton “Nelson” Rebolo, 1 Lucas Abud;

Suplentes: 16 Yan Rosetti, 17 Matheus “Blade” Rocha, 18 Leonel Moreno, 19 Gabriel Paganini, 20 Matheus Cláudio, 21 Devon Muller, 22 Felipe Cunha, 23 Lucas “Zé” Tranquez;

Barbarians

Tries: Havili (2), Cottrell (2), Ma’afu, Ezcurra e Vermaak

Conversões: Havili (3), Iglesias (2) e Best (1)

15 David Havili (Nova Zelândia), 14 Bautista Ezcurra (Argentina), 13 Lukhanyo Am (África do Sul), 12 Billy Meakes (Austrália*), 11 Makazole Mapimpi, 10 Santiago Iglesias (Argentina), 9 Jano Vermaak (África do Sul), 8 Josh Strauss (Escócia), 7 Pete Samu (Austrália), 6 Angus Cottrell (Austrália*), 5 Luke Jones (Austrália), 4 Tyler Ardron (c) (Canadá), 3 Hencus Van Wyk (África do Sul*), 2 Andrew Makalio (Nova Zelândia*), 1 Campese Ma’afu (Fiji);

Suplentes: 16 Tendai Mtawarira (África do Sul), 17 Rory Best (Irlanda), 18 Wiehahn Herbst (África do Sul*), 19 Ben Landry (Estados Unidos), 20 Marco van Staden (África do Sul),  21 Joe Powell (Austrália), 22 Mathieu Bastareaud (França), 23 Dillyn Leyds (África do Sul);

1 COMENTÁRIO

  1. O jogo foi realmente ótimo e teve um resultado até melhor do que o esperado. A promoção do evento, porém, nem tanto. Num dos seus jogos mais importantes, o Brasil foi a campo descaracterizado, com um uniforme que repete aquele o horroroso estilo “ovo-frito” já tão criticado na seleção de futebol. A execução do hino britânico foi um vexame à parte. Melhor teria sido chamar a Vanusa para cantá-lo.