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Toda edição da Copa do Mundo de Rugby reserva recordes a serem quebrados. Quais seriam os recordes que podem ser quebrados em 2019?

 

Springboks ou Wallabies podem igualar os All Blacks

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Apenas uma seleção tem 3 títulos mundiais: a Nova Zelândia. Mas Austrália e África do Sul contam com 2 e se vencerem o Mundial de 2019 se igualarão aos neozelandeses como os maiores vencedores da história. Quem aposta neste recorde já está fazendo seu bet365 cadastro.

A África do Sul, porém, poderia ser considerada acima dos All Blacks em caso de título, uma vez que não pôde disputar os Mundiais de 1987 e 1991 por conta do boicote contra o regime do apartheid. Ou seja, mais títulos, em menos oportunidades.

 

Steve Hansen pode quebrar um tabu

Jamais um treinador foi campeão de mais de uma edição da Copa do Mundo. O neozelandês Steve Hansen tem a chance de conquistar tal ineditismo, já que foi treinador dos All Blacks no título de 2015 e segue no cargo em 2019.

 

Read, Whitelock e Sonny Bill em busca do tri

Apenas 20 jogadores foram campeões mundiais de 2 Mundiais, sendo que 14 deles são All Blacks que venceram tanto o Mundial de 2011 como o de 2015. Apenas 3 deles poderão ser campeões pela terceira vez: Kieran Read (e como capitão), Sam Whitelock e Sonny Bill Williams.

 

François Steyn pode ser o bicampeão com mais tempo de espera

Apenas 1 sul-africano em 2019 poderá ser bicampeão do mundo: François Steyn, que venceu o Mundial de 2007 e estará nos Springboks novamente em 2019. São 12 anos de espera: um recorde. A Austrália conta com 5 atletas que foram campeões em 1991 e 1999, mas a espera foi de apenas 8 anos. O Du Randt é o único sul-africano até hoje bicampeão: 1995 e 2007. Steyn igualaria os 12 anos de espera e o bicampeonato de seu compatriota.

 

Ashley-Cooper: o maior da história?

O polivalente jogador da linha australiana, Adam Ashley-Cooper, de 35 anos, está indo para sua quarta Copa do Mundo e ele tem chances de sair dela como o maior artilheiro de tries da história do torneio. Hoje, Ashley-Cooper tem em sua conta 11 tries, ocupando o quinto lugar geral. Mas todos os jogadores acima dele já se aposentaram: Doug Howlett (Nova Zelândia), com 13; Drew Mitchell (Austrália), com 14; Bryan Habana (África do Sul) e Jonah Lomu (Nova Zelândia), com 15.

Marcar 4 tries no Mundial de 2019 pelos Wallabies não é tarefa impossível, ainda que não seja fácil.

 

Pollard pode quebrar recorde?

É improvável, mas o abertura sul-africano Handré Pollard é o jogador com mais chances de bater o recorde de mais penais chutados com sucesso na história dos Mundiais. Pollard tem 23 e o líder do Ranking é Jonny Wilkinson (o famoso inglês), com 58. Pollard, no entanto, chutou todos os seus penais em 2015 (um só Mundial!). O Springbok pode ao menos sonhar com realismo com o 2º lugar do Ranking, hoje ocupado pelo escocês Gavin Hastings, que chutou 36 (em 3 Mundiais).

O recorde de penais em um mesmo torneio é de 31, de Gonzalo Quesada (pela Argentina, em 1999)

 

Rory Best: o mais velho campeão?

Já o hooker irlandês Rory Best tem chances reais de bater o recorde de atleta mais velho a ser campeão do mundo (ou a chegar a uma final), que hoje é do neozelandês Brad Thorn, em 2011, que jogou a decisão aos 36 anos. Best está com 37 e ainda por cima é o capitão da Irlanda, tendo marcado já sua aposentadoria para o final do Mundial. Seria a primeira final ou o primeiro título de seu país.

 

Nigel Owens duas vezes?

Jamais um árbitro apitou duas finais de Copa do Mundo e o galês Nigel Owens tem chances de repetir o feito, já que apitou a grande final de 2015.

 

Final repetida?

Dois confrontos já ocorreram duas vezes na final da Copa do Mundo: Nova Zelândia contra França (1987 e 2011) e Austrália versus Inglaterra (1991 e 2003). Se essas seleções se encontrarem de novo na final de 2019 será um recorde.

Nova Zelândia contra África do Sul, Austrália contra França e África do Sul versus Inglaterra ocorreram apenas uma vez e caso ocorreram em 2019 se igualarão aos duelos mais repetidos.

 

Final e centésimo confronto?

Este não é exatamente um recorde, mas um número muito interessante. All Blacks e Springboks duelarão na fase de grupos da Copa do Mundo e esse será o 99º duelo da história entre os dois grandes rivais. Os dois times só poderão se enfrentar de novo no Mundial em plena final: e seria o 100º jogo da história daquele que é considerado o maior clássico do mundo do rugby.

 

64: número mágico para o “Tier 2”

Placares elásticos são comuns na Copa do Mundo de Rugby e os maiores placares de cada Mundial sempre assustam o segundo escalão mundial. O Mundial de 2015 foi o que teve o menor “maior placar”: África do Sul 64 x 00 Estados Unidos. Portanto, se nenhum jogo de 2019 tiver diferença de pontos menor que 64, haverá novo recorde positivo.

 

Sergio Parisse em 5 Mundiais

O capitão da Itália, Sérgio Parisse, igualará o recorde do samoano Brian Lima de 5 Mundiais disputados assim que entrar em campo no Mundial 2019. Porém, Lima foi 2 vezes às quartas de final (1991 e 1995), enquanto Parisse jamais passou da fase de grupos.

 

Petaia em busca de recordes de idade

O recorde de jogador mais jovem a disputar uma Copa do Mundo não será batido neste ano, pois o recorde é do georgiano Vasil Lobzhanidze, que jogou o Mundial aos 18 anos. Os atletas mais jovens em 2019 têm 19 anos, com o ponta australiano Jordan Petaia tendo 19 anos, 4 meses e 7 dias. Mas o recorde de atleta mais jovem a vencer a Copa do Mundo tem chance de ser quebrado. Ele pertence ao sul-africano François Steyn, campeão em 2007 aos 20 anos, 5 meses e 6 dias.

Pegando apenas os atletas das seleções com ambições reais de título, o Wallaby Jordan Petaia poderá ser campeão aos 19 anos. Nenhum outro atleta de uma seleção de ponta poderá bater Steyn.

Petaia poderá ainda quebrar o recorde de atleta mais jovem a marcar um try em Mundiais, que hoje é do galês George North, que em 2011 fez try com 19 anos, 5 meses e 13 dias. Apenas um atleta mais poderá bater esse recorde: o hooker georgiano Vano Karkadze, que estreará no Mundial com 19 anos, 2 meses e 29 dias. Karkadze poderá tirar eventual recorde de Petaia também.

 

Eugene Jantjies e o recorde indesejável

O scrum-half da Namíbia, Eugene Jantjies, está indo para seu quarto Mundial e poderá quebrar o recorde negativo de mais derrotas sofridas em um mesmo Mundial. O recorde é do romeno Ovidiu Tonita, com 12 derrotas. Jantjies já perdeu 11 jogos estando em campo e a tendência é bater a marca neste Mundial.

 

Japão poderá igualar Inglaterra: negativamente

Caso o Japão seja eliminado na primeira fase do Mundial de 2019, os japoneses igualarão os ingleses de 2015 como os únicos países sede a caírem na primeira fase da competição.

 

Os recordes que podem sempre ser quebrados

Além dessas marcas, há recordes que sempre podem ser quebrados em qualquer mundial por qualquer atleta. Destaques para:

  • Mais tries marcados em um mesmo torneio: 8, por Bryan Habana (África do Sul, em 2007), Jonah Lomu (Nova Zelândia, em 1995) e Julian Savea (Nova Zelândia, em 2015);
  • Mais pontos marcados em um mesmo torneio: 126, de Grant Fox (Nova Zelândia, em 1987);
  • Mais drop goals em um mesmo torneio: 8, Jonny Wilkinson (Inglaterra, em 2003);
  • Mais tries no mesmo jogo: 6, Marc Ellis (Nova Zelândia, em 1995);