David Campese, um dos grandes ídolos da Austrália. Foto: Hong Kong Sevens

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ARTIGO COM VÍDEOS – Depois de levantarmos 10 ídolos do rugby dos anos 2000, é hora de relembrar 10 craques dos anos 90 que qualquer fã de rugby precisa conhecer. O critério é simples: tem que ter sido nomeado para o Hall da Fama do World Rugby e alcançado algum grande feito entre 1991 e 2000.

Justamente por isso, alguns nomes maiúsculos da década não puderam aparecer na lista, como os neozelandês Chris Cullen e Zinzan Brooke, que não estão no Hall da Fama. Alguns outros nomes de peso que você pode estar sentindo falta, na verdade, podem aparecer na nossa próxima lista, a dos anos 80. Fique ligado.

Obs: a lista não está na ordem de quem é melhor!

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Jason Leonard (Inglaterra)

Um dos maiores ídolos do rugby inglês, Jason Leonard é tido como um dos grandes pilares de todos os tempos do rugby mundial. Além de ter conquistado 4 vezes o Grand Slam do Six Nations e ter vencido a Copa do Mundo em 2003 (e vice do Mundial em 1991), Leonard foi um dos grandes nomes da vitória dos British and Irish Lions em 1997 sobre os Springboks. Mais que isso, Leonard jogou 114 jogos pela Inglaterra – ninguém defendeu a Rosa (a Inglaterra) tanto quanto ele.

Martin Johnson (Inglaterra)

O maior capitão da história da Inglaterra? O segunda linha icônico Martin Johnson liderou a Inglaterra ao topo do mundo como capitão da Copa do Mundo de 2003. Mas, nos anos 90 ele já brilhava, tendo sido justamente o capitão dos British and Irish Lions triunfantes na África do Sul em 1997. Johnson ainda liderou o Leicester Tigers à hegemonia do rugby inglês e europeu.

Fabien Pelous (França)

“A Montanha”. A França produziu alguns dos times mais empolgantes da década de 90 com uma linha fenomenal. Mas sem um pack de forwards com Fabien Pelous os títulos os 6 títulos do Six Nations entre 1997 e 2007 teriam sido bem mais complicados. O segunda linha titânico da França é até hoje o homem com mais jogos pela seleção francesa, 118, e esteve no time famoso que foi vice campeão do mundo em 1999. No rugby de clubes, Pelous foi um dos líderes de dois títulos europeus do poderoso Toulouse.

Gavin Hastings (Escócia)

Quer um jogador escocês incontestável? Gavin Hastings foi o líder da última era de ouro da Escócia, quando os azuis ainda venciam o Five Nations nos anos 90. Mais que isso, além de ter sido o grande nome do título europeu de 1990, Hastings foi o maior nome da campanha escocesa até as semifinais da Copa do Mundo de 1991 – e aquele jogo o assombra até hoje, por ter perdido o penal que levaria a Escócia à grande final. Exímio chutador, o fullback ainda foi o último escocês a ser capitão dos British and Irish Lions, em 1993.

John Eales (Austrália)

Os anos 90 foram a década da Austrália. Mais que isso, foram a década de John Eales. “Mr. Nobody” (porque “nobody is perfect”, ou seja, “ninguém é perfeito”) foi um dos maiores segunda linhas da história do rugby e capitaneou o time da Copa do Mundo de 1999, além de também ter sido protagonista no título de 1991. Os Wallabies viveram o auge e Eales quebrou paradigmas de sua posição, sendo inclusive chutador (segunda linha que tem no currículo 34 penais, 31 conversões e 2 tries pela Austrália).


Tim Horan (Austrália)

Enquanto Eales dominava o pack de forwards pelos Wallabies, o centro Tim Horan era o cérebro criativo no miolo da linha australiana. Horan foi campeão do mundo com a Austrália em 1991 e 1999 e marcou uma geração com sua quebras de linha e defesa acima da média.

David Campese (Austrália)

Além de Horan, outro gênio da linha australiana foi David Campese, campeão do mundo em 1991 e para muitos o maior jogador da história do país. O ponta brilhante era capaz de tudo com a bola em mãos e esteve no grupo que inaugurou a era dourada dos Wallabies já com grandes feitos nos anos 80. Mas foi na década de 90 que ele chegou ao auge, sendo eleito o melhor jogador do Mundial de 1991. Foram 101 jogos com a camisa dourada, criando o “goose step”, o drible que foi sua marca registrada. “O Mágico de Oz” foi ainda um dos primeiros profissionais do mundo, quando desbravou o rugby italiano.

George Gregan (Austrália)

Para completar os australianos brilhantes dos anos 90, George Gregan. O scrum-half que igualmente marcou uma geração, virando até nome de jogada. Gregan foi um dos líderes do título mundial de 1999 e do vice campeonato de 2003. O camisa 9 chegou a bater recorde de jogos como capitão pelos Wallabies e foi vice campeão do Super Rugby com os Brumbies. Curiosamente, Gregan nasceu na Zâmbia e não na Austrália.

Joost van der Westhuizen (África do Sul)

Um dos maiores scrum-halves da história, Joost van der Westhuizen não apenas foi um dos líderes do título dos Springboks em 1995 como também capitaneou a África do Sul ao seu primeiro título do Tri Nations (atual Rugby Championship) em 1998.

François Pienaar (África do Sul)

François Pienaar foi o capitão dos Springboks na Copa do Mundo de 1995 e é reconhecido como o líder que conduziu o time sul-africano ao tão necessário título mundial. Porém, Pienaar foi muito mais que isso. Grande jogador, o asa também liderou o Transvaal (atual Lions) ao título da edição do Super 10, em 1993. O torneio viraria em 1996 o atual Super Rugby.

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ELE NÃO CONTA

Porque você certamente o conhece e por isso não está na nossa lista de “10 jogadores que você precisa conhecer”.

 

Jonah Lomu (Nova Zelândia)

O ídolo maior dos All Blacks é para muitos o maior da história e fez sua fama nos anos 90. Primeiro, como a sensação da seleção neozelandesa de 1995. Lomu revolucionou a posição de ponta e foi bicampeão do Super Rugby com os Blues nas duas primeiras edições da competição. Porém, sua carreira foi abreviada no auge por conta de uma rara doença renal e Lomu não teve a honra de erguer a taça da Copa do Mundo. Porém, até hoje, ninguém fez mais tries em Copa do Mundo que ele.