Tempo de leitura: 3 minutos

 

Não contente em desbravar o Rugby irlandês em 2012, o intrépido Lucas Vieira, mais conhecido como Bagé, depois de temporadas bem sucedidas no Curitiba e no Maringá, clubes que defendeu nos últimos anos no Super 10 e na Taça Tupi, resolveu encarar mais uma aventura no Rugby fora do país.

O seu destino dessa vez foi os Estados Unidos, país com alguma tradição no esporte e que assim como o Brasil, vem passando por um momento de transição, mas alguns passos na nossa frente. O cenário é amplamente favorável no país. Há anos se fala sobre a possibilidade da criação de uma liga profissional, cada vez mais vemos jogadores norte-americanos despontando no Seven-a-side e nas ligas europeias e a partida entre as Águias e os All Blacks em Chicago em outubro do ano passado, mostrou que o público existe, basta que se organizem bons eventos, algo que o país domina. O retorno aos Jogos Olímpicos (onde o país é o atual bi-campeão, outra época, é verdade) significa que o esporte recebe mais atenção do Comitê Olímpico do país, acostumado com nada menos que o ouro.

- Continua depois da publicidade -

Acompanhem conosco a trajetória do Bagé, que esperamos mais uma vez triunfe e alcance seus objetivos. Estamos na torcida, pois conhecemos toda sua dedicação e força de vontade.

 

Olá, meu nome é Lucas, tenho 25 anos recém completados no dia 28 de fevereiro, essa é minha segunda viagem internacional para jogar Rugby, em 2013 fui para Dublin, na Irlanda, e agora estou em Thousand Oaks (CA), atuando pelo Ventura County Outlaws, nos Estados Unidos.

A ideia surgiu pesquisando sobre o Rugby norte-americano, vi que eles cogitam criar uma liga profissional e percebi que aqui poderia ser uma experiência interessante. Falei então com o HP do Portal do Rugby e ele me informou que conhecia um antigo Pelicano (Danny Benjamin) que estava gerenciando um time de segunda divisão nos EUA. Ele nos colocou em contato, e tudo fluiu perfeitamente.

Fui acolhido na casa do próprio, cheguei numa segunda e fui treinar terça feira e fui extremamente bem recebido pelos outros jogadores, melhor do que imaginava. Todo treino tem em média 30 pessoas e o nível é muito melhor do que imaginava. Já fizemos três jogos, com duas vitórias e uma derrota. O que é legal aqui é que existem várias colônias da Oceania, jogamos contra um time praticamente formado por tonganeses, e outro jogo um time que tinha cinco samoanos. Existem muitos sul-africanos por aqui também.

A experiência vem sendo ótima e só tende a melhorar. Estamos bem classificados na liga, por enquanto com quatro vitórias e duas derrotas (4o lugar), dentro da zona de classificação para os playoffs. Os dois finalistas vão jogar o nacional contra os finalistas dos playoffs de todo o Estados Unidos, em formato de mata-mata. O interessante aqui é que não tem promoção ou rebaixamento, se o clube acha que tem condições de ir para a divisão acima ele pede, e a confederação avalia se ele realmente vai conseguir competir. Da mesma forma, se o clube acha que está sofrendo muito ele pode pedir o rebaixamento, é bem diferente de todos os outros tipos de campeonato que já vi.

Por enquanto é isso, espero poder chegar ao Nacional para poder entender um pouco melhor do que acontece no Rugby por aqui.

Fiquem ligados e na torcida!