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ARTIGO OPINATIVO – Todo início de ano é de especulações. Então, nada melhor do que se enforcar nas previsões e fazer palpites para 2019.

 

7) Tupis precisarão de um plano B de evento: e poderá ser caseiro

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O Americas Rugby Championship será mais difícil neste ano, pelo fato de Uruguai, Canadá e Estados Unidos provavelmente usarem força máxima, pensando na Copa do Mundo. Com apenas 3 eventos (Brasil e Canadá, Brasil e Chile e o Troféu Mundial M20), a CBRu deverá buscar mais um evento para sediar. Os Maori All Blacks apontaram para o desejo de receber ao menos um evento grande por ano, pensando muito nos patrocinadores, e ano de Copa do Mundo é mandatório fazer algum evento, para surfar na popularidade da competição.

O problema é que seleções de Copa do Mundo já estão fechando seus jogos de aquecimento para o Mundial e não deverão vir à América do Sul – com a exceção da Namíbia, que visitará o Uruguai. Uma pista está certamente no Uruguai, que receberá a seleção da América do Sul no início de setembro. Esta é uma aposta quente de oponente que o Brasil poderá ter no segundo semestre. E poderá casar com a preparação para o lançamento da Liga Sul-Americana.

 

6) Liga Sul-Americana em Bento e Sanja

Saberemos como funcionará a Liga Sul-Americana neste ano e uma das maiores questões é onde estarão baseadas as equipes brasileiras. Muitas especulações podem ser feitas e a resposta gira ao redor de quanto dinheiro haverá disponível.

O mais seguro é provavelmente apostar em uma sede pequena e com uma comunidade já consolidada de fãs, com apoio municipal. Por mais que a cidade de São Paulo seja a casa dos Tupis e o maior mercado do rugby, a Liga demandará estádio alugado para provavelmente um mínimo de 8 jogos. O SPAC poderia ser uma solução, seguindo os passos do jogo contra a Colômbia. Mas eu pessoalmente aposto nas soluções mais óbvias: São José dos Campos (Estádio Martins Pereira) e Bento Gonçalves (Estádio da Montanha). Será que aposto certo?

 

5) Farrapos campeão brasileiro

Com isso, eu acredito que o segundo semestre do ano será focado na montagem das franquias, o que poderá significar atletas jogando ainda menos pelos clubes. A Major League Rugby dos EUA começou a preparação de suas equipes um semestre antes do pontapé inicial, que será no último fim de semana de janeiro. Se a liga for bem feita na América do Sul, a preparação começará antes também – ainda mais se argentinos ou fijianos forem importados.

Hoje não há dúvidas que o melhor time do país é a Poli, enquanto o Jacareí é o dono da maior categoria de base do país. Mas em caso de se confirmarem perdas para o segundo semestre a imprevisibilidade será a tônica. O Farrapos normalmente não enche a seleção de atletas e está engasgado após dois vice seguidos dolorosos. Talvez finalmente tenha chegado a vez dos gaúchos.

 

4) Brasil medalhista de bronze no Pan

A Seleção Brasileira Feminina garantirá a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos. A previsão parece simples, pela ordem de forças atual do rugby sevens feminino nas Américas. Mas será algo extremamente importante, uma vez que o Pan terá transmissão na TV aberta pela Record.

 

3) Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

A Seleção Brasileira Feminina é favorita ao feito. As Yaras sofreram forte concorrências das argentinas no último Sul-Americano, mas o crescimento argentino é tardio pensando em Olimpíada. O Brasil estará com as Yaras em Tóquio. Pode escrever.

 

2) A Liga Mundial sairá do papel

Eu acho que sim. O rugby precisa disso para elevar suas receitas globalmente e, ao fim ao cabo, creio que o World Rugby trará as perspectivas e argumentos necessários para fazer tal liga sair do papel. A maior problema está no formato de disputas, mas eu aposto que teremos esta boa novidade.

 

1) Irlanda campeã mundial

Esta previsão é um palpite arriscado demais. Afinal, a Nova Zelândia é a campeã das últimas duas edições da Copa do Mundo e ainda – na minha opinião – é a melhor seleção do mundo. Mas se eu dissesse “All Blacks campeões” seria uma previsão muito… previsível!

A Irlanda tem hoje o segundo melhor elenco do planeta e é o time mais capaz de desbancar a Nova Zelândia, tendo ganho confiança recentemente para isso. Confiança que será essencial para os irlandeses superarem a barreira histórica das quartas de final. A Irlanda jamais passou das quartas e terá um cruzamento certamente difícil – All Blacks ou Springboks. Mas, assumindo que serão os Boks, se a Irlanda quebrar o tabu, será muito difícil segurar os verdes.