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ARTIGO COM VÍDEO – Vence o Rugby Championship. O domingo de quartas de final da Copa do Mundo começou com mais um grande triunfo do Hemisfério Sul sobre o Hemisfério Norte. Los Pumas se agigantaram e mostraram que a força de um conjunto que joga quase todo junto faz diferença. Um atropelo de 43 x 20 sobre a bicampeã Irlanda, tirando, como sempre, os irlandeses da Copa do Mundo nas quartas de final. Cheia de desfalques, a Irlanda segue sem jamais ter alcançado as semifinais de um Mundial, enquanto a Argentina voltou a ser uma das quatro melhores seleções do mundo, como em 2007.
A falta de Paul O’Connell e sua liderança, Sean O’Brien, Peter O’Mahony e Jonny Sexton foi sentida desde o início, com os irlandeses sendo totalmente dominados pelos argentinos nas primeiras ações. Muito superior fisicamente, a Argentina deu cedo o ar da graça. O primeiro try saiu rápido, aos 2′, com o erro na bola aérea irlandesa sendo punido com uma ação de mãos rápida dos argentinos, com Santiago Cordero servindo Matías Moroni para o try. Os verdes pareciam não terem entrado em campo e, aos 9′, novamente com grande jogada de Cordero, que chutou para o in-goal e Imhoff mergulhou para apoiar a bola. 14 x 0 em menos de 10 minutos.
Nicolás Sánchez ainda ampliou para os Pumas com penal aos 12′, mas no minuto seguinte Herrera recebeu cartão amarelo e a Irlanda ganhou sua chance de entrar no jogo. Madigan descontou acertando o primeiro penal para os verdes, aos 19′, mas Sánchez repondeu na mesma moeda para a Argentina. Sánchez ainda perdeu penal aos 25′ e os argentinos não deixavam parecer que estavam em inferioridade numérica, fechando os espaços de uma Irlanda que, sem O’Brien e O’Mahony, não levava vantagem clara no breakdown, e, sem Sexton, não era capaz de criar. Foi apenas pouco antes de Herrera voltar que o Trevo quebrou o gelo, com Luke Fitzgerald – que entrou no lugar do lesionado Tommy Bowe – quebrando o tackle argentino para correr para o try verde, aos 26′.
Madigan ainda jogou fora nova chance de penal na sequência, mas o jogo já começava a pender a favor da Irlanda, que se acertava no jogo de contato e não deixava a Argentina se impor no scrum, revertendo a desvantagem na posse de bola. O duelo foi para o intervalo em 20 x 10 para os argentinos, mas em aberto.
E o segundo tempo largou com a Irlanda mostrando mais força, com a Argentina reduzindo seu ritmo, depois de início tão acelerado. Fitzgerald, aos 43′, mostrou que elevara o nível da linha irlandesa, quebrando mais um tackle para servir Jordi Murphy, que voou para o segundo try irlandês, encostando no placar. Porém, a Argentina sabia do que precisava para deter a reação verde e, aos 50′, Sánchez guardou mais um penal. Madigan responde na mesma moeda na sequência, fazendo valer os esforços de Rory Best e Jamie Heaslip, que dominavam os rucks nesse momento. Madigan teve mais uma chance de penal aos 59′ e não teve sucesso, jogando fora as oportunidades de uma virada que seria moralmente importante para os celtas. Sánchez fez sua parte quatro minutos depois e a Argentina se mantinha na frente por 26 x 20.
O gás irlandês começou a faltar no quarto final de jogo e o peso dos embates físicos com Itália e França pesaram mais. Aos 69′, o golpe fatal veio, com a velocidade da irresistível linha argentina. Tuculet acreditou, rompeu a defesa e apoiou a bola na ponta no in-g0al. Try para desmontar a Irlanda. A porta se abriu e Imhoff teve espaço para correr para o quarto try, liquidando a fatura para os sul-americanos. Sánchez ainda chutou mais um penal e o marcador foi fechado em 43 x 20, com muito estilo.
Irlanda 20 x 43 Argentina, em Cardiff
Árbitro: Jérôme Garcès (França)
Assistentes: Romain Poite (França) e Chris Pollock (Nova Zelândia) / TMO: George Ayoub (Austrália)
Irlanda
Tries: Fitzgerald e Murphy
Conversões: Madigan (2)
Penais: Madigan (2)
15 Rob Kearney, 14 Tommy Bowe, 13 Keith Earls, 12 Robbie Henshaw, 11 Dave Kearney, 10 Ian Madigan, 9 Conor Murray, 8 Jamie Heaslip (c), 7 Chris Henry, 6 Jordi Murphy, 5 Iain Henderson, 4 Devin Toner, 3 Mike Ross, 2 Rory Best, 1 Cian Healy.
Suplentes: 16 Richardt Strauss, 17 Jack McGrath, 18 Nathan White, 19 Donnacha Ryan, 20 Rhys Ruddock, 21 Eoin Reddan, 22 Paddy Jackson, 23 Luke Fitzgerald.
Argentina
Tries: Imhoff (2), Moroni e Tuculet
Conversões: Sánchez (4)
Penais: Sánchez (5)
15 Joaquin Tuculet, 14 Santiago Cordero, 13 Matías Moroni, 12 Juan Martín Hernández, 11 Juan Imhoff, 10 Nicolás Sánchez, 9 Martín Landajo, 8 Leonardo Senatore, 7 Juan Martín Fernández Lobbe, 6 Pablo Matera, 5 Tomás Lavanini, 4 Guido Petti, 3 Ramiro Herrera, 2 Agustín Creevy (c), 1 Marcos Ayerza.
Suplentes: 16 Julián Montoya, 17 Lucas Noguera, 18 Juan Pablo Orlandi, 19 Matías Alemanno, 20 Facundo Isa, 21 Tomás Cubelli, 22 Jerónimo De La Fuente, 23 Lucas González Amorosino.
O melhor jogo que vi nessa Copa. Irresistível a Argentina. Ótimos passes, velocidade, e dois tries lindíssimos no final. É o jogo que eu mostraria a alguém que não conhece o rugby.
Tomara que Brasil crezca en rugby teniendo de referencia a los pumas
Ahora vamos por mejorar el rugby en Sudamerica todos juntos. Apoyen las 6 naciones de America, una plataforma para una mayor competencia continental.