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ARTIGO COM VÍDEOS – Langford, no Canadá, recebeu neste fim de semana a penúltima etapa da temporada 2016-17 da Série Mundial de Sevens Feminina. E quem falou mais alto foi a Nova Zelândia, que conquistou seu quarto torneio em cinco disputados e só perderá o título mundial agora em caso de desastre na etapa final.

 

O Brasil, por sua vez, não teve o resultado que precisava na luta contra o rebaixamento, mas não está morto na briga pela permanência. As Yaras não conseguiram o objetivo de terminaram o torneio canadense na 11º posição, com uma vitória sobre a convidada Holanda no último jogo. A Espanha acabou no 10º lugar, aumentando para 4 pontos sua frente sobre as Yaras, com um torneio para o fim. A última etapa será nos dias 24 e 25 de junho, em Clermont, na França, e o Brasil precisará no mínimo chegar às quartas de final para não ser rebaixado da elite mundial.

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<strong>Sábado de apreensão</strong>

O primeiro dia de jogos foi de apreensão para o Brasil, que caiu em um grupo difícil do torneio. No primeiro duelo, as Yaras encararam as anfitriãs canadenses e não conseguiram equilibrar as ações. O Canadá foi superior e triunfou sem sustos por 33 x 05, com 5 tries. Claudinha fez o try para o Brasil.

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No segundo compromisso, as Yaras flertaram com a vitória contra a Rússia, em um jogo de muitos erros das eurasianas, que viram o Brasil sair na frente com try de Maíra, na garra explorando o espaço na base do ruck com inteligência. Apenas no lance final do primeiro tempo as russas igualaram com try de Lushina. O Brasil manteve as ações parelhas após o intervalo e, mesmo com Mikhaltsova guardando o segundo try para a Rússia, as Yaras pressionaram em busca da vitória e tiveram tudo para virar o jogo quando as russas foram reduzidas a 6 atletas. Mas, um erro de passe na bola da vitória levou ao contra golpe a partir de lateral e ao terceiro try russo, de Zdrokova . O tempo ainda não estava esgotado quando a conversão foi perdida e as russas mantiveram a bola viva para o quarto try, de Perestiak, fechando o jogo no placar enganoso de 20 x 05.

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E o Brasil acabou pagando pela inabilidade de não saber se impor com uma jogadora a mais. No jogo final, contra a França, as Yaras ficaram com uma atleta a mais quando as Bleues foram reduzidas logo no começo a 6 jogadores por um cartão vermelho. Edninha correu para dar 5 x 0 a favor do Brasil, mas as francesas deram uma aula impondo seu jogo mesmo em desvantagem numérica, apoiadas na força física de Corson, que fez dois tries antes do intervalo para virar o placar. No segundo tempo, só deu França, que fez mais quatro tries para selar a vitória em 36 x 05.

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O Brasil esperou até o fim pelo resultado da Espanha que, no Grupo C, conquistou uma grande vitória sobre Fiji em seu segundo jogo, 12 x 07. Mas, a derrota para a Austrália por 26 x 00 deixaram as Leonas com saldo ruim e no jogo decisivo as espanholas perderam por 21 x 00 para a Irlanda, de clara evolução no circuito, e terminaram como as piores terceiras colocadas, não conseguindo a vaga nas quartas de final, para o alívio brasileiro. Fiji ainda tentou reagir e arrancou um empate com a Austrália no jogo final, mas a derrota para a Irlanda jogou as fijianas para o último lugar e no caminho do Brasil no domingo.

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No Grupo A, a Nova Zelândia, líder do circuito, mesmo usando um elenco mais jovem e sem várias atletas importantes, se impôs abocanhando o primeiro lugar, apesar do susto na estreia, quase perdendo para a Holanda. Os Estados Unidos impressionaram e ficaram com o segundo posto, com a Inglaterra decepcionando com apenas o terceiro lugar.

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<strong>Domingo de sentimentos duplos</strong>

Para o Brasil, o jogo contra Fiji era crucial e as Yaras mostraram evolução de um dia para o outro, fazendo uma grande apresentação. Ravisa marcou primeiro para Fiji, mas Claudinha e Haline levaram problemas para a defesa fijiana e cravar dois tries na velocidade para o Brasil. Antes do intervalo, Raquel ainda interceptou passe e voou para o terceiro try, que colocava o Brasil com 19 x 7 em vantagem. Mas, Fiji mostrou por que é um dos times mais temíveis do circuito e virou o marcador no segundo tempo com tries de Naiobasali  e Nakosi duas vezes, o último no lance final, punindo o erro brasileiro no alinhamento lateral. 24 x 19.

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A preocupação brasileira aumentou com a Espanha despachando a Holanda no outro jogo semifinal do Challenge Trophy, 31 x 00. Mas, as espanholas caíram contra Fiji na decisão do 9º lugar e o Brasil se reergueu na disputa de 11º posto vencendo muito bem a Holanda por 28 x 07. Foi uma partida de domínio total das Yaras, que abriram 21 x 00 no primeiro tempo com um hat-trick (3 tries) de Baby. Bianca ainda deixou o seu no segundo tempo e as holandesas descontaram apenas no fim.

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Já na luta pelo título, as quartas de final não tiveram surpresas, com Canadá, Austrália, França e Nova Zelândia se impondo contra Inglaterra, Estados Unidos, Irlanda e Rússia, respectivamente. A grande campanha francesa acabou interrompida na semifinal pela Nova Zelândia, ao passo que Canadá e Austrália travaram uma empolgante batalha na outra semifinal, com as australianas ainda sonhando em quebrar o jejum de títulos, que vinha desde o Rio 2016. Mas, as Canucks estavam em casa e não desapontaram, fazendo 17 x 10 com Landry, Greenshields e Williams.

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Nas disputas menores, quem lamentou foi Inglaterra e Irlanda, que caíram nas semifinais pelo 5º lugar e praticamente ficaram sem chances de se classificarem antecipadamente para a Copa do Mundo de Sevens de 2018, devendo ter que garantir classificação por meio do Grand Prix Europeu. Quem levou a melhor na disputa do 5º lugar foi a Rússia, que venceu os EUA na prorrogação. Já na disputa de bronze, deu Austrália sobre a França, 26 x 12.

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Na grande final, a Nova Zelândia voou e abriu 12 x 00 sobre o Canadá, com tries de Blyde e Nathan-Wong. As canadenses descontaram com try da artilheira Greenshields antes do intervalo, mas as Black Ferns seguraram bravamente o ataque das Canucks no segundo tempo e mataram o jogo no fim com try vencedor de Saili. 17 x 07. A kiwi Ruby Tui, arrebentando, foi eleita a melhor atleta da final. Ela e Blyde (a melhor jogadora da etapa) foram as neozelandesas do “dream team” de Langford, junto da aussie Sharni Williams e das canadenses Charity Williams, Landry, Farella e Benn.

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<strong>Brasil</strong>: Bianca Santos (São José), Cleice Lopes (São José), Raquel Kochhann (Charrua), Beatriz “<span class=”_5yl5″>Baby” Futuro (Niterói), Haline Scatrut (Curitiba), Maíra Bravo (SPAC), Edna Santini (São José), Paula Ishibashi (SPAC), Cláudia Jaqueline Teles (Niterói), Isadora Cerullo (Niterói), Luiza Campos (Charrua) (c) e Aline Furtado (USP);
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<a href=”https://www.portaldorugby.com.br/2015/wp-content/uploads/2015/12/SWS-2015-16-logo.jpg”><img class=” wp-image-32190 alignnone” src=”https://www.portaldorugby.com.br/2015/wp-content/uploads/2015/12/SWS-2015-16-logo.jpg” alt=”SWS 2015-16 logo” width=”109″ height=”109″ /></a>

<strong>Canada Sevens –</strong> 5ª etapa da Série Mundial de Sevens Feminina

*Horários de Brasília

<span style=”text-decoration: underline;”>Sábado, dia 27 de maio</span>

14h30 – Inglaterra 19 x 21 Estados Unidos

14h52 – Nova Zelândia 17 x 10 Holanda

15h14 – Fiji 14 x 19 Irlanda

15h36 – Austrália 26 x 00 Espanha

15h58 – Rússia 07 x 24 França

<strong>16h20</strong> – Canadá 33 x 05 <strong>Brasil</strong>

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17h14 – Inglaterra 26 x 00 Holanda

17h36 – Nova Zelândia 07 x 00 Estados Unidos

17h58 – Fiji 07 x 12 Espanha

18h20 – Austrália 21 x 00 Irlanda

<strong>18h42</strong> – Rússia 20 x 05 <strong>Brasil</strong>

19h04 – Canadá 33 x 00 França

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19h58 – Estados Unidos 57 x 00 Holanda

20h20 – Nova Zelândia 43 x 07 Inglaterra

20h42 – Irlanda 21 x 00 Espanha

21h04 – Austrália 24 x 24 Fiji

<strong>21h26</strong> – França 36 x<strong> 05 Brasil</strong>

21h48 – Canadá 24 x 10 Rússia

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Grupo A: 1 Nova Zelândia, 2 Estados Unidos, 3 Inglaterra, 4 Holanda

Grupo B: 1 Canadá, 2 França, 3 Rússia, 4 <strong>Brasil</strong>

Grupo C: 1 Austrália, 2 Irlanda, 3 Espanha, 4 Fiji
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<span style=”text-decoration: underline;”>Domingo, dia 28 de maio</span>

14h30 – Quartas de final – Canadá 33 x 05 Inglaterra

14h52 – Quartas de final –  Austrália 22 x 10 Estados Unidos

15h14 – Quartas de final – França 19 x 05 Irlanda

15h36 – Quartas de final –  Nova Zelândia 24 x 00 Rússia

15h58 – Semifinal pelo Challenge Trophy – Espanha 31 x 00 Holanda

<strong>16h20 </strong>- Semifinal pelo Challenge Trophy – Fiji 24 x 19<strong> Brasil</strong>
Channel (@TheRugbyChannel) <a href=”https://twitter.com/TheRugbyChannel/status/868912509071372289″>May 28, 2017</a>
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17h36 – Semifinal pelo 5º lugar – Inglaterra 14 x 26 Estados Unidos

17h58 – Semifinal pelo 5º lugar – Irlanda 00 x 17 Rússia

18h20 – Semifinal pelo Ouro – Canadá 17 x 10 Austrália

18h42 – Semifinal pelo Ouro – França 05 x 28 Nova Zelândia

<strong>19h02</strong> – Disputa pelo 11º lugar – Holanda 07 x<strong> 28 Brasil</strong>

19h26 – Final do Challenge Trophy – Espanha 07 x 31 Fiji

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20h20 – Decisão do 7º lugar – Inglaterra 10 x 14 Irlanda

20h42 – Decisão do 5º lugar – Estados Unidos 21 x 26 Rússia

21h04 – Disputa do Bronze – Austrália 26 x 12 França

21h30 – FINAL – Disputa do Ouro – Canadá 07 x 17 Nova Zelândia
<blockquote class=”twitter-video” data-lang=”pt”><p lang=”en” dir=”ltr”>HAKA: <a href=”https://twitter.com/BlackFerns”>@BlackFerns</a> 7s with their Haka after their big win at the <a href=”https://twitter.com/hashtag/Canada7s?src=hash”>#Canada7s</a> <a href=”https://t.co/kns1aOlTgM”>pic.twitter.com/kns1aOlTgM</a></p>&mdash; World Rugby Sevens (@WorldRugby7s) <a href=”https://twitter.com/WorldRugby7s/status/869001384573718528″>29 de maio de 2017</a></blockquote>
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<blockquote class=”twitter-video” data-lang=”pt”><p lang=”en” dir=”ltr”>? Some of the toughest athletes on the planet. It&#39;s been an action-packed <a href=”https://twitter.com/hashtag/Canada7s?src=hash”>#Canada7s</a> so far <a href=”https://twitter.com/DHLRugby”>@DHLRugby</a> <a href=”https://t.co/CW6VqhoxC6″>pic.twitter.com/CW6VqhoxC6</a></p>&mdash; World Rugby Sevens (@WorldRugby7s) <a href=”https://twitter.com/WorldRugby7s/status/868916142353657857″>28 de maio de 2017</a></blockquote>
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SeleçãoPontuação totalEtapa 1Etapa 2Etapa 3Etapa 4Etapa 5Etapa 6
Nova Zelândia116201620202020
Austrália100181418161618
Canadá98102016181816
Rússia661681012128
Fiji6612121214412
Estados Unidos622181481010
França60810861414
Inglaterra3714331061
Irlanda34466486
Espanha19324334
Brasil13142222
*tabela com somente as equipes fixas
- 4 melhores entre Austrália, Inglaterra, França, Rússia, Fiji, Brasil e Irlanda irão à Copa do Mundo de Sevens de 2018;
- Rebaixamento para o 11º colocado;

- Pontuação: 1º lugar, 20 pontos / 2º, 18 pts / 3º, 16 pts / 4º, 14 pts / 5º, 12 pts / 6º, 10 pts / 7º, 8 pts / 8º, 6 pts / 9º, 4 pts / 10º, 3 pts / 11º, 2 pts / 12º, 1 pt.

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<em>Foto: Michael Lee – KLC – World Rugby</em>