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O Comitê Olímpico Brasileiro anunciou nesta segunda-feira, dia 13, a base de valores dos recursos da Lei Agnelo/Piva para as Confederações Brasileiras Olímpicas em 2011. De acordo com a proposta de diminuir a diferença entre as Confederações que já dispõem de patrocínios e as que ainda não contam com esse tipo de recurso, o COB definiu os novos valores iniciais para 2011, sendo que as Confederações ainda irão dispor de um fundo de R$ 14 milhões para a utilização em projetos especiais. "O objetivo do COB é aproximar os valores recebidos pelas Confederações, de forma a proporcionar condições de desenvolvimento às modalidades olímpicas, sobretudo as que não têm patrocínios, levando-se em conta também o histórico das modalidades e as possibilidades de futuras medalhas", explicou o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire.

Para a definição dos valores o COB utilizou cinco critérios básicos: resultados da Confederação em 2010; possibilidade de medalhas em Campeonatos Mundiais, Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011 e Jogos Olímpicos Londres 2012; atletas das Confederações que estejam entre os TOP 10 do mundo; patrocínios recebidos pelas Confederações; e liberação do uso do uniforme de competição em eventos como Jogos Sul-americanos, Jogos Pan-americanos e Jogos Olímpicos. Com isso, o COB estabeleceu um piso de R$ 1,3 milhão para as Confederações que não dispõem de patrocínio e um teto de R$ 3 milhões anuais. Mesmo as Confederações que dispõem de patrocínio receberão aumento em 2011.

As Confederações Brasileiras de Golfe e de Rugby, que iniciam um trabalho de preparação para o Rio 2016, receberão R$ 500 mil cada.

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A Lei Agnelo/Piva destina 2% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do país ao COB (85%) e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (15%). Para 2011 o COB trabalha com uma estimativa de arrecadação de R$ 130 milhões. Dos recursos recebidos, o COB é obrigado por lei a investir 10% no esporte escolar (R$ 13 milhões estimados para 2011) e 5% no esporte universitário (R$ 6,5 milhões em 2011). Dos cerca de R$ 110 milhões restantes, R$ 69 milhões serão aplicados nos programas das 29 Confederações Brasileiras Olímpicas, exceto o futebol. Estes R$ 68,8 milhões estarão divididos entre a soma dos valores iniciais para as Confederações em 2011 (R$ 54,8 milhões) e do Fundo Olímpico (R$ 14 milhões), que será formado para atender os projetos especiais apresentados pelas Confederações. Esses projetos irão priorizar os esportes individuais.

Os cerca de R$ 40 milhões que serão administrados diretamente pelo COB serão utilizados em ações para o desenvolvimento do esporte, como implantação do Laboratório Olímpico, ampliação do Centro de Treinamento Time Brasil, manutenção do Parque Aquático Maria Lenk e do Velódromo, manutenção do próprio COB e despesas com o envio da missão brasileira aos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011 e aos Jogos Sul-americanos de Praia Manta 2011, preparação do Time Brasil para o Rio 2016 e com os preparativos para os Jogos Olímpicos Londres 2012 e para os Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Insbruck 2012.

O Presidente da CBRu, Sami Arap, comemorou a decisão do COB: “Trata-se de recursos fundamentais para o início de um trabalho de alto rendimento para nossas Seleções Brasileiras (adultas e categorias de base).  Já apresentamos projetos complementares e esperamos receber recursos adicionais, visando colocar o Rugby do País em lugar de destaque.  O montante ora destinado pelo COB será aplicado nas Seleções Brasileiras Masculina e Feminina, incluindo parte das remunerações das comissões técnicas e custos da entidade.”