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O Papai Noel logo mais estará saindo da Lapônia e nós estamos fazendo nossos pedidos para 2017. O que queremos para o rugby do próximo ano? Não vale pedir tudo, então vamos a uma listinha de 10 presentes, um de cada tipo?

 

É o início de nossos especiais de fim de ano! E você, qual é o seu pedido? Comente!

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  • – Seleção Brasileira Masculina de XV: chegar à Copa do Mundo de 2019. O objetivo é, certamente, ambicioso, mas a cada dia se houve falar mais nessa meta dos Tupis. O Sul-Americano de 2017, em abril ou maio, fará parte das Eliminatórias para a Copa do Mundo, com o campeão ganhando vaga para encarar Estados Unidos ou Canadá, valendo uma vaga no Mundial. Porém, antes dele o Brasil ainda terá o desafio da segunda edição do desafiador Americas Rugby Championship, uma verdadeira preparação de luxo antes de se partir para a busca do objetivo máximo do ano. O pacote de torneios irá demandar dos Tupis seu melhor e, para que o sonho se materialize já, será preciso quebrar tabus e vencer Uruguai (o que não ocorre desde 1964) e/ou Chile (que não acontece desde 2014). Ter os pés no chão é preciso, pois saber que o Brasil não é favorito à vaga a 2019 é necessário. Nenhuma pressão deve recair sobre os ombros dos atletas e comissão técnica, pois o horizonte mais plausível é 2023, não 2019. Mas, ter humildade e realismo não significa deixar de ter ambição. E é isso que se espera dos Tupis: evolução constante e crença em seus sonhos, porque uma hora eles se materializarão;

 

  • – Seleção Brasileira Feminina: permanecer na elite do sevens feminino mundial. É esse o objetivo central da seleção brasileira em 2017. A conquista obtida nos Jogos Olímpicos, de se tornar uma seleção central da Série Mundial de Sevens, jogou à seleção feminina desafios ainda maiores. Chegar lá é uma coisa, permanecer é um desafio ainda maior, sobretudo com o nível cada vez mais forte, profissional e competitivo do circuito. Para conseguir a permanência o Brasil precisará quebrar alguns tabus, vencer seleções que hoje estão um degrau acima do nosso. Evolução constante, renovação com qualidade e paciência serão essenciais para o sucesso das Iaras;

 

  • – Seleção Brasileira Masculina de Sevens: após o Rio 2016, ficou claro que o sevens masculino sofrerá mudanças em termos de investimentos, com o XV ganhando o foco. O sevens deverá ser um estágio importante para jovens atletas e nada melhor do que a renovação começar com mais vitórias sobre uruguaios e chilenos no Sul-Americano de janeiro e com classificação para Hong Kong novamente;

 

  • – Seleção Brasileira Juvenil: em 2016 vimos as seleções masculina e feminina dando passos decisivos adiante, com vitórias históricas. Mas, ainda resta que o mesmo passo seja dado com a seleção M19, que ainda não conseguiu bater chilenos e/ou uruguaios, essencial para em um futuro próximo o Brasil se afirme como a segunda potência sul-americana. Para isso, a seleção juvenil precisa de um calendário de jogos mais forte a cada ano. Em 2016, vimos um aumento das atividades, que foi um ótimo sinal. Será este o ano que festejaram uma grande vitória do M19?

 

  • – Rugby nacional: sem dúvida, o que mais vem sendo discutido nas redes sociais é a questão do rugby fora do Sul-Sudeste. Para um rugby verdadeiramente nacional, nosso pedido é que tenhamos um plano de integração bem estruturado de mais estados ao universo da CBRu, sem passos maiores que as pernas, mas com um horizonte. O rugby brasileiro é de todo o Brasil;

 

  • – Rugby estadual: muito é preciso ser feito para que as federações estaduais sigam no caminho da estruturação e que mais clubes passem a figurar em todas as categorias de competições de seus estados. Está mais do que na hora de termos um ano que o número de campeonatos juvenis e de clubes com equipes juvenis disputando competições cresça em todos os estados. Mais clubes jogando nos circuitos femininos, mais clubes jogando as divisões inferiores dos estaduais adultos. O caminho do crescimento passa pelo regional, sempre, é ele o centro de tudo!

 

  • – Rugby feminino: há anos o Portal do Rugby advoga a favor do Rugby XV feminino. E 2017 é O ano do XV feminino, com a Copa do Mundo rolando em agosto na Irlanda. Queremos que isso sirva de estímulo para o desenvolvimento completo da modalidade no Brasil, com treinadores(as) e jogadoras capacitados para desenvolverem o XV entre as mulheres em seu melhor, com muitos scrums, mauls e tackles;

 

  • – Rugby infantil e juvenil: mais, sempre mais rugby infantil e juvenil, é disso que o Brasil precisa. Precisa falar mais? Sem jovens jogando não há futuro e os números do rugby nacional só tendem a crescer para o rugby escolar, tag e touch, com os programas da Confederação e os projetos privados, das ONGs e dos clubes;

 

  • – Rugby na mídia: o crescimento que o rugby teve nos últimos anos só foi possível por sua presença constante na mídia, na TV e na internet. A paixão pelo rugby se cultiva dentro e fora dos gramados e as transmissões dos jogos de rugby internacional e de rugby nacional são parte essencial disso. Em 2016, vimos um espaço importante sendo conquistado na Rede TV e no UOL. Na ESPN, uma passo adiante foi dado com a exibição dos Tupis no Americas Rugby Championship, mas o espaço do rugby internacional teve um leve abalo, com jogos importantes do Super Rugby ficando sem exibição na reta final do torneio. No BandSports, por outro lado, não há melhoras na exibição do sevens, que segue sendo um problema. Para 2017, o desejo é que o espaço na Rede TV e no UOL se consolide, o SporTV siga passando eventos do rugby nacional e a ESPN aumente ainda mais as transmissões internacionais, que são essenciais também no fomento da paixão pelo jogo. Já a Série Mundial de Sevens precisa ser melhor tratada, seja pelo BandSports ou por outro canal que assuma essa missão. Afinal, quando o Brasil estiver no exterior, queremos assistir!

 

  • – Senhores(as) árbitros(as): sem árbitros não há rugby! E sem capacitação e aprimoramento constantes não se evolui. O rugby brasileiro precisa de mais clubes incentivando seus atletas ou ex atletas a virarem árbitros e a CBRu e as federações estaduais precisam aumentar o trabalho de revisão e aprimoramento dos árbitros atuais. Reclamar de juiz é fácil e não devia fazer parte do rugby. O trabalho precisa guinar em outra direção!

 

Foto: João Neto/Fotojump