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ARTIGO COM VÍDEO – Uma máquina perfeita. A Nova Zelândia alcançou neste sábado sua quinta vitória bonificada em cinco jogos pelo Rugby Championship e poderá alcançar na semana que vem o feito inédito de fechar a campanha com 100% de aproveitamento de pontos (30 em 30 possíveis, caso nova vitória bonificada sobre a África do Sul venha na rodada final). Jogando em Buenos Aires, no estádio do Vélez Sarsfield, diante de 31.527 apaixonados torcedores argentinos, os All Blacks se impuseram e com um primeiro tempo implacável fecharam o jogo em

 

Os neozelandeses abriram o marcador logo a 3′ com penal chutado por Barrett, mas os argentinos começaram bem a disputa, com algumas boas infitrações e linhas de vantagem ganhas e muita pressão no pack, que garantiu um placar inalterado até os 28′, quando os Pumas não resistiram à pressão na base. Perenara mostrou a qualidade da transição que os All Blacks conseguem operar entre formações e jogo aberto, abrindo para Barrett, que atraiu o tackle e largou para o centro Lienert-Brown romper para o primeiro try do jogo.

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Sánchez reduziu para os Pumas com penal aos 34′, porém a Nova Zelândia chegaria ao segundo try em um vacilo argentino. O capitão Creevy errou no lateral e os All Blacks contra-golpearam de forma fulminante, com Ryan Crotty cruzando o in-goal para os visitantes. O golpe foi sentido e logo na sequência Iglesias falhou em chute sob pressão de tackle e mais um contra-golpe veio, com Dane Coles cravando o terceiro. E tinha mais antes do intervalo. Mais um contra-ataque no minuto final e try de Perenara, depois de Crotty criar o espaço. Insaciáveis 29 x 03 na primeira etapa e decepção em Buenos Aires, com um primeiro tempo de muitos erros de tackle do lado argentino.

 

O segundo tempo largou com mais pressão neozelandesa, para impedir qualquer esboço de reação argentina. Aos 45′, Savea quebrou a linha de defesa, Lienert-Brown ganhou terreno na ponta e largou para Ben Smith marcar o quinto try neozelandês. Com brio, os Pumas buscaram a resposta e, aos 51′, Tuculet quase conseguiu o try, perdendo o controle da bola dentro do in-goal em jogada de velocidade. Mas, no lance a Nova Zelândia foi penalizada e Moody recebeu amarelo. Com um homem a mais, os Pumas impuseram pressão no scrum e Facundo Isa cravou o try no push over, levando ao delírio o estádio, aos 58′. Isa terminaria o jogo ainda como um do destaques argentinos, liderando à estatística de metros corridos (91).

 

O try deu ânimo à Argentina e Sánchez quase cravou mais um try, sendo detido por tackle alto de Tuipolotu perto do in-goal. Os 20 minutos finais foram de grande equilíbrio, com os argentino provando que se não fosse o “apagão” na reta final do primeiro tempo a história poderia ter sido diferente, ainda que os All Blacks tenham reduzido seu ritmo com o jogo já ganho. Ainda assim, quem primeiro quase chegou ao try foi a Nova Zelândia, aos 71′, com Savea derrubando a bola na hora de apoiá-lo no in-goal em grande arranque pela ponta. Aos 77′, veio a resposta argentina e com muita classe. Iglesias viu Tuculet na ponta, chutou em cima do debutante Damian McKenzie, que falhou e viu o fullback argentino não perdoar, fazendo o segundo try dos anfitriões. 36 x 17 no marcador final, com a Argentina ganhando da Nova Zelândia na posse de bola e no território, 59% a 41%.

 

Na última rodada, a Nova Zelândia visitará a África do Sul, ao passo que a Argentina mandará seu jogo contra a Austrália em Londres.

 

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Argentina 17 x 36 Nova Zelândia, em Buenos Aires

Árbitro: Jaco Peyper (África do Sul)

 

Argentina

Tries: Isa e Tuculet

Conversões: Sánchez (1) e Iglesias (1)

Penais: Sánchez (1)

15 Joaquin Tuculet, 14 Santiago Cordero, 13 Matías Moroni, 12 Santiago González Iglesias, 11 Ramiro Moyano, 10 Nicolás Sánchez, 9 Martín Landajo (c), 8 Facundo Isa, 7 Javier Ortega Desio, 6 Pablo Matera, 5 Matías Alemanno, 4 Guido Petti, 3 Ramiro Herrera, 2 Agustín Creevy, 1 Nahuel Tetaz Chaparro.

Suplentes: 16 Julian Montoya, 17 Lucas Noguera, 18 Enrique Pieretto, 19 Juan Manuel Leguizamón, 20 Leonardo Senatore, 21 Tomás Cubelli, 22 Jerónimo De la Fuente, 23 Matías Orlando.

 

Nova Zelândia

Tries: Lienert-Brown, Crotty, Coles, Perenara e Ben Smith

Conversões: Barrett (4)

Penais: Barrett (1)

15 Ben Smith, 14 Israel Dagg, 13 Anton Lienert-Brown, 12 Ryan Crotty, 11 Julian Savea, 10 Beauden Barrett, 9 TJ Perenara, 8 Kieran Read (c) 7 Ardie Savea, 6 Liam Squire, 5 Brodie Retallick, 4 Patrick Tuipulotu, 3 Owen Franks, 2 Dane Coles, 1 Joe Moody.

Suplentes: 16 Codie Taylor, 17 Wyatt Crockett, 18 Ofa Tu’ungafasi, 19 Samuel Whitelock, 20 Elliot Dixon, 21 Tawera Kerr-Barlow, 22 Lima Sopoaga, 23 Damian McKenzie.

 

 

PaísJPPaísJP
Grupo AGrupo B
Austrália38Nova Zelândia39
Fiji37França37
EUA36Espanha35
Colômbia33Quênia33
Grupo C
Grã Bretanha39
Canadá37
Brasil35
Japão33Veja mais

 

Foto: UAR/Rodrigo Vergara

1 COMENTÁRIO

  1. Primeiro tempo demostrou a eficiência dos All Backs mas Os Pumas fez erros primários para ajudar.
    A reação dos Pumas eu esperava mas questiono se o primeiro try dos Pumas foi um pushover try.
    Parecia que a bola foi levantado pelo Facundo, antes dela alcançar o goal-line e ele levou a bola ao
    in-goal para fazer o touch down. Achei o árbitro muito fraco no 2º tempo e, sem querer, ajudou os All
    Blacks gastar o tempo durante os períodos dos cartões amarelas. E dois cartões foram poucos.
    Estamos bem acostumados a ver os All Blacks dominar os seus jogos mas neste segundo tempo ao
    serem dominados pelo adversário, usaram todo tipo de atemanha para se defenderem e os Pumas
    faltaram resultado melhor devido ao árbitro confuso. Quando é que o World Rugby vai melhorar o
    equipamento de som dos arbitros. Ver o juiz de linha constantemente tentando arrumar o problema que
    o árbitro teve com o aparelho parecia muito amador demais e deve ter contribuido pela confusão do árbitro
    na partida.